Em 01 de Maio de 2007 era assim:
Cerca de 170 alunos frequentam actualmente a escola do primeiro ciclo José Canas e o infantário Pingolé, edificados sobre um terreno que a população de Vila Fria, na freguesia de Porto Salvo, garante ter-lhe sido doado por José Canas, um morador já falecido.
Recentemente, e após uma vistoria aos estabelecimentos, os serviços de Saúde da Câmara de Oeiras detectaram deficiências nas condições de higiene da cozinha e da despensa e aconselharam o encerramento das instalações.
De acordo com a Carta Educativa do concelho, a primária deverá ser desactivada até 2010/2011, após a construção de uma nova escola noutra localidade de Porto Salvo, prevendo-se a realização de obras no Pingolé, que deverá permanecer aberto pelo menos nos próximos três anos.
A solução não agrada, no entanto, à população, que, segundo Armanda Gonçalves, da comissão de moradores, não acredita nas melhorias e rejeita a transferência dos alunos para fora da localidade.
«Não podemos mandar as crianças daqui para fora porque não temos transportes nenhuns. Vila Fria não está no mapa», lamentou à Lusa, acrescentando que os estabelecimentos «podem não ter instalações de luxo», mas são «muito bem tratados» a nível de limpeza.
«Entra chuva lá dentro, há ratazanas, mas a culpa é da Câmara, que nunca nos deu mais do que indiferença. O Pingolé é provisório desde que foi construído com o nosso sacrifício, há 31 anos», acrescentou.
Armanda Gonçalves afirma não entender por que razão a autarquia não constrói uma nova escola primária no mesmo terreno, já que não poderá usá-lo para outro fim sem o consentimento dos moradores.
«O terreno é nosso e se a Câmara o roubou estamos dispostos a ir para tribunal», defende, apesar de o presidente do município, Isaltino Morais, ter garantido o contrário sexta-feira, em Assembleia Municipal.
Segundo o autarca, a Câmara disponibilizou-se para apoiar a Santa Casa da Misericórdia, gestora do Pingolé, na realização de obras de requalificação.
Quanto ao ensino primário, Isaltino Morais garante que as condições da nova escola de Porto Salvo irão «convencer» os moradores de Vila Fria.
«Queremos para este concelho escolas com refeitórios amplos, salas de computadores, para as associações de pais, para os professores, espaços para brincar, enfim, condições que os pequenos equipamentos escolares não podem dar», justificou.
O aumento da oferta pré-escolar e a requalificação do primeiro ciclo são os principais objectivos estratégicos da Carta Educativa de Oeiras, que prevê a construção de sete estabelecimentos e o encerramento de quinze até 2016.
A proposta da Divisão de Educação da Câmara de Oeiras, aprovada quinta-feira pelo executivo e que terá de ser submetida à votação da Assembleia Municipal, está avaliada em 20 milhões de euros e implica o aumento da capacidade de acolhimento do pré-escolar e do primeiro ciclo em 41 e 13 por cento, respectivamente.
O documento terá de ser posteriormente submetido a homologação do Ministério da Educação.
2 comentários:
Nao acho bem fecharem esta escola. Irá ser um grande sacrificio para as crianças que a frequentam ter de ir para outro sitio!
Lol. Só agora é que vi que o artigo não é de agora. Mas afinal a escola vai ser desactivada ou não? Abraço
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