23 novembro, 2017

Eu sou da Emídio

 

 

Sinopse

O presente livro é um case study de uma escola técnica histórica, que se apresenta nos anos 50, 60 e 70 como uma referência no distrito de Setúbal e que, após a extinção das escolas técnicas e dos liceus, em 1978, soube preservar a identidade e a herança de ciência e tecnologia na sua oferta formativa. A publicação assenta numa análise socio-histórica de 60 anos da escola, alicerçada numa investigação documental diversificada, da qual faz parte um conjunto alargado de testemunho de professores e alunos, devidamente enquadrada nas mudanças e permanências do trabalho escolar decorrentes das diversas políticas educativas, reformas curriculares e correntes pedagógicas.

É igualmente um exercício de preservação da memória, do quotidiano escolar, do clima de escola, das práticas educativas e do ofício de ser aluno e de ser professor, ao longo do tempo. É ainda uma oportunidade para alertar para a necessidade e urgência de cuidar da relação memória e arquivo em educação.

 

 

Eu sou da Emídio - História(s) da Escola Secundária Emídio Navarro

·         Autor: Carlos Abreu

·         Data de publicação: Novembro de 2017

·         Número de páginas: 436

·         ISBN: 978-989-52-1256-9

·         Colecção: Compendium

·         Género: Ensaio

·         Idioma: Pt

 

06 novembro, 2017

Miss Eucalipta

Miss Eucalipta,
FA tal que cortou em 20 milhões o orçamento para defesa de florestas.
FA tal que liberalizou a plantação de eucaliptos e dificultou a plantação de árvores autóctones como o sobreiro.
Nota: ela é dona duma das maiores explorações de sobreiro do país.....
FA tal cujo governo fez uma lei que proíbe a PJ de investigar os culpados em caso de mão criminosa nos incêndios.
FA tal que antes de ir para o governo do Passos Coelho, trabalhava na empresa de advogados que defende a Monsanto.
FA tal que humilhou Portugal ao votar contra o fim dos neonicotinoides junto com mais 4 países pequenos da União Europeia.
FA tal que agora culpa todos pelos incêndios e o abandono da floresta.
FPodia continuar mas as pessoas ainda ficam a pensar que me refiro a um personagem de ficção e não a uma ex-ministra.

01 novembro, 2017

SLBenfica- mulher séria não responde a varina

“Mulher séria não responde a varina”

Que me perdoem as varinas, mas este velho ditado é muito antigo e contínua actual.

Apanhado na desgraça e aproveitado pelo FCP para poder comer uma “bucha”, este dito jornalista não passa de mais um arregimentado e intelectualmente emparedado por Pinto da Costa, vomitando a sua própria bílis,  para esconder aquilo que os “portistas” não querem ou não sabem ver.

“Os cães ladram e a caravana passa”

 

Marcelo e os petardos?

O chefe supremo das forças armadas, não tem mesmo dado nenhum afecto aos petardos devolvidos.

Foram gastos noutros temas mais popularuchos?

 

“Assaltantes de Tancos devolveram uma caixa a mais de material

O chefe do Estado-Maior do Exército revelou hoje que apareceu uma caixa de petardos a mais na relação do material furtado nos paióis de Tancos recuperado pela Polícia Judiciária Militar.”

 

FW: António Barreto e actual Comunicação Social.

 António Barreto sobre a Actual Comunicação Social,

 ANTÓNIO BARRETO

 

É simplesmente desmoralizante. Ver e ouvir os serviços de notícias das três ou quatro estações de televisão é pena capital. A banalidade reina. O lugar-comum impera. A linguagem é automática. A preguiça é virtude. O tosco é arte. A brutalidade passa por emoção. A vulgaridade é sinal de verdade. A boçalidade é prova do que é genuíno. A submissão ao poder e aos partidos é democracia. A falta de cultura e de inteligência é isenção profissional.

Os serviços de notícias de uma hora ou hora e meia, às vezes duas, quase únicos no mundo, são assim porque não se pode gastar dinheiro, não se quer ou não sabe trabalhar na redacção, porque não há quem estude nem quem pense. Os alinhamentos são idênticos de canal para canal. Quem marca a agenda dos noticiários são os partidos, os ministros e os treinadores de futebol. Quem estabelece os horários são as conferências de imprensa, as inaugurações, as visitas de ministros e os jogadores de futebol.

Os directos excitantes, sem matéria de excitação, são a jóia de qualquer serviço. Por tudo e nada, sai um directo. Figurão no aeroporto, comboio atrasado, treinador de futebol maldisposto, incêndio numa floresta, assassinato de criança e acidente com camião: sai um directo, com jornalista aprendiz a falar como se estivesse no meio da guerra civil, a fim de dar emoção e fazer humano.

Jornalistas em directo gaguejam palavreado sobre qualquer assunto: importante e humano é o directo, não editado, não pensado, não trabalhado, inculto, mal dito, mal soletrado, mal organizado, inútil, vago e vazio, mas sempre dito de um só fôlego para dar emoção! Repetem-se quilómetros de filme e horas de conversa tosca sobre incêndios de florestas e futebol. É o reino da preguiça e da estupidez.

É absoluto o desprezo por tudo quanto é estrangeiro, a não ser que haja muitos mortos e algum terrorismo pelo caminho. As questões políticas internacionais quase não existem ou são despejadas no fim. Outras, incluindo científicas e artísticas, são esquecidas. Quase não há comentadores isentos, ou especialistas competentes, mas há partidários fixos e políticos no activo, autarcas, deputados, o que for, incluindo políticos na reserva, políticos na espera e candidatos a qualquer coisa! Cultura? Será o ministro da dita. Ciência? Vai ser o secretário de Estado respectivo. Arte? Um director-geral chega.

Repetem-se as cenas pungentes, com lágrima de mãe, choro de criança, esgares de pai e tremores de voz de toda a gente. Não há respeito pela privacidade. Não há decoro nem pudor. Tudo em nome da informação em directo. Tudo supostamente por uma informação humanizada, quando o que se faz é puramente selvagem e predador. Assassinatos de familiares, raptos de crianças e mulheres, infanticídios, uxoricídios e outros homicídios ocupam horas de serviços.

A falta de critério profissional, inteligente e culto é proverbial. Qualquer tema importante, assunto de relevo ou notícia interessante pode ser interrompido por um treinador que fala, um jogador que chega, um futebolista que rosna ou um adepto que divaga.

Procuram-se presidentes e ministros nos corredores dos palácios, à entrada de tascas, à saída de reuniões e à porta de inaugurações. Dá-se a palavra passivamente a tudo quanto parece ter poder, ministro de preferência, responsável partidário a seguir. Os partidos fazem as notícias, quase as lêem e comentam-nas. Um pequeno partido de menos de 10% comanda canais e serviços de notícias.

A concepção do pluralismo é de uma total indigência: se uma notícia for comentada por cinco ou seis representantes dos partidos, há pluralismo! O mesmo pode repetir-se três ou quatro vezes no mesmo serviço de notícias! É o pluralismo dos papagaios no seu melhor!

Uma consolação: nisto, governos e partidos parecem-se uns com os outros. Como os canais de televisão.

 Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.