BANCO DA FOME ENGORDA A IGREJA CATÓLICA
Temos que acabar com a caridadezinha que mais não serve para esquecermos os direitos dos portugueses que não têm o mínimo para viver com dignidade e qualidade. Temos que arranjar soluções que estão à vista e não fazer a caridade que nos envergonha a todos.
Os politicos que acordem e deixemo - nos de esmolas.
BANCO ALIMENTAR A ENGORDA DA IGREJA CATÓLICA
1 - Os meios de comunicação social dominantes e os piedosos moralistas defensores da especulação caritativa deram azo à sua veia "humanista", neste últimos tempos, enaltecendo o "trabalho" de uma entidade chamada Banco Alimentar contra a Fome por uma recolha "monumental" de produtos alimentares que, segundo os seus promotores, serão entregues a 2116 "instituições de solidariedade social" com quem aquele mantém "acordos".
De onde vieram os produtos? dos próprios contribuintes. Boa malha.
Chama-se isto "auto-abastecimento" para ser distribuído pelas "capelas".
Porque não recorreu o Banco Alimentar aos dividendos dos accionistas dos bancos, aos chorudos lucros dos capitalistas para "ajudar" quem passa fome?
É o Banco uma instituição idónea, independente? Não.
Os três directores executivos para o triénio de 2012-2014, são Isabel Jonet, José Manuel Simões de Almeida e Sérgio Augusto Sawaya, que foi até, há alguns anos atrás, administrador do Banco BPI (que curiosamente tem como principal accionista a catalã La Caixa, ligada à Opus Dei).
Todos se afirmam católicos e praticantes.
O iniciador do Banco, segundo a sua história oficial, teria sido o comandante José Vaz Pinto, mas a sombra tutelar foi o destacado membro da Companhia de Jesus padre António Vaz Pinto, tido como co-fundador com o engenheiro Manuel Lencastre.
E no historial faz questão de se destacar que: "a sede social da nova instituição foi instalada, provisoriamente, no Centro Universitário Padre António Vieira".
Foi criada - acrescenta-se - uma Comissão Instaladora constituida pelo comandante José Vaz Pinto, pelo snr. eng. Manuel Ferrão de Lencastre e pelo sr. Padre António Vaz Pinto".
Tudo dito e reafirmado, para que conste.
É, portanto, necessário, dizemo-lo com todas as letras: Pertence à Igreja Católica e os benefícios reais vão direitos para essa super-estrutura do actual sistema capitalista, de que ela é uma das principais traves-mestras nos negócios obscuros, como fugas de capitais, e, consequentemente, na responsabilidade directa do despoletar da crise financeira especulativa.
O Vaticano - e as suas sucursais em cada país - é, na actualidade, um dos "pilares" mais influentes do capitalismo financeiro internacional, em perfeita parceria e união, com Wall Street e a City Londrina.
(O Banco Central Europeu tem, como seus accionistas, alguns dos principais grandes bancos ligados ao IOR, ou seja, o principal banco da Santa Sé).
Iremos, mais tarde, ao fundo da questão.
2 - Convém explicar, até com pormenor, qual a razão prática da inutilidade destes Bancos "moralistas", que são, apenas, instituições privadas, que não produzem riqueza, nem fomentam o emprego produtivo, nem educam as massas populares para exigirem os seus direitos, que são deles próprios, porque fazem descontos, logo, pagam impostos.
É função do Estado - e não de qualquer empresa privada, apelidada de de "solidariedade", ou de "caridade" - de prover o bem-estar dos seus súbditos.
A chamadas Instituições de Solidariedade Social - na sua esmagadora, imensamente esmagadora - estão sob controlo financeiro, político e social da Igreja Católica portuguesa. O dinheiro não provem da sua acção.
É o Estado que transfere os dinheiros públicos para os homens-fortes dessas instituições (IPSS, Misericórdias, e outras) os hierarcas religiosos, que dependem dos bispos.
E a dotação orçamental do Estado (OE), repito do Estado ultrapassou em 2011 os 1,2 milhões de euros.
Além do mais os utentes, nos casos dos lares, entreguem ainda até 80 por cento das suas reformas. Um duplo ganho para os cofres da Igreja Católica.
Do ponto de vista do progresso humano, da evolução societária, não podemos ser cúmplices das falsificações dos tipos de solidariedade colectiva social e das próprias relações sociais que atravessam todo o sistema da actividade humana.
Tudo isto nasce, de uma situação de favor, crismada por um documento leonino para o Vaticano que se chama Concordata.
Por muitas incompreensões que possam surgir, estes factos tem de ser denunciados.
As saudações dessa gentalha tem o seu quê de balofo, de hipócrita, de metamorfoses das verdadeiras, das reais intenções que enquadram toda a panóplia que está por detrás do Banco Alimentar contra a Fome, que é, nem mais nem menos, do que, em Portugal a Igreja Católica portuguesa, e, no Mundo, o Vaticano.
É natural que numa situação de empobrecimento real da população, que busca, em primeiro lugar, a sobrevivência, as pessoas - e são em número elevado - pensem na sua "barriga" e na alimentação, ainda que mínima, e dos seus próximos.
Naturalmente, os apaniguados da caridade, como reacção, lançar-se-ão, como leões esfaimados, contra aqueles que denunciam os manipuladores da miséria, os hipócritas do bem fazer, encobertos com a perfídia de evitar que os instigadores do empobrecimento do povo, sejam apontados e severamente castigados.
2 - O Banco Alimentar contra a Fome (BACF) é "uma grande empresa e tem de ser gerido como uma grande empresa", confessa à revista da CIA norte-americana "Selecções Reader`s Digest", numa entrevista conduzida por uma senhora chamada Anabela Mota Ribeiro à Presidente da Direcção da citada entidade, Isabel Jonet.
Ora, uma empresa em gestão capitalista tem de dar lucro, pois, caso contrário, deixará de existir.
Ela referencia, aliás, o seu papel: "o de gestora eficiente e quase implacável".
E a empresa tem recursos?
Ela responde, que sim: "temos recursos que nos são confiadas por pessoas e empresas que acreditam em nós".
E a recolha de produtos é canalizada para quem? Isabel Jonet cita, na entrevista: "1.554 instituições".
Consultado o relatório do BACF de 2010, verifica-se que o grosso da distribuição de produtos se espalha, essencialmente, por "conferências vicentinas", "centros paroquiais", "centros sociais" e "associações", umbilicalmente, ligadas à Igreja Católica portuguesa.
Naturalmente, o BACF tem, ao seu serviço, muitos voluntários, mas igualmente trabalha com "profissionalismo", ou seja há um sector que recebe dos "donativos" para seu favor. Como sempre, em instituições da Igreja Católica, os valores monetários são "enrolados", obscurecidos, como por encanto.
Vamos referir e enquadrar a parte a que isso diz respeito no relatório de actividades de 2010, que tem a assinatura principal de Isabel Jonet.
Circulam, portanto, produtos, mas também dinheiro - não sabemos quanto, porque o relatório não o divulga.
"Em 2010, registou-se um grande acréscimo (19,7%) no total de produtos angariados relativamente ao ano anterior, resultante sobretudo da dotação orçamental extraordinária aprovada pelo Conselho de Ministros da UE para o Programa Comunitário de Ajuda a Carenciados (excedentes da União Europeia), em resposta à crise vivida na União Europeia e à qual Portugal não escapou", assinala o Relatório, ou seja a UE deu dinheiro ao Banco.
No mesmo relatório, pag. 12, são explanadas, em traços, largos, as contas, em dinheiro, repito, em dinheiro, que são "movimentadas", não sabemos como!!!, com os títulos gerais "Custos" e "Proveitos". Os primeiros, no total, ascendem, em 2010, a 17.500.303,38 euros, e os "Proveitos" somam 17.510.470,89 euros.
Dos custos, retiramos que foram "gastos", nesse ano, 16.585.250,47 euros em bens alimentares doados distribuídos, e entregues 278.197,70 em "renumerações e respectivos em encargos".
Foram gastos ainda 117.322,24 euros em "transportes e combustíveis", bem como cerca de 20 mil euros "deslocações e despesas com voluntários".
Além de que nesta rubrica geral, há uma sub-rubrica chamada "provisões", não explicitada, com o valor de 101.069,19 euros.
Dos produtos, doados pelas grandes empresas, como Pingo Doce, SONAE, entre outras, recebem os "restos", bem como do MARL, ao fim do dia, ou seja quando se encontram, provavelmente, em fase de degradação.
Estamos perante uma domesticação grosseira das necessidades das pessoas carenciadas.
Roubam-se salários, roubam-se pensões, lançam no desemprego milhões de pessoas, e depois entregam o dinheiro a uns "seres morais" que, privadamente, com o dinheiro público e as doações populações, servem as refeições aos esfomeados.
O desprezo mais repugnante pela condição, a hipocrisia do falso moralizador que, hipocritamente, se intitula em salvador e em benfeitor.
3 -O Vaticano - sejamos precisos, a Igreja Católica Apostólica Romana - com sede em Roma é hoje o maior Estado capitalista mundial, cujos tentáculos empresariais e negociais se estendem por todo o Mundo: Desde a União Europeia até aos Estados Unidos, passando pela China, Ásia e África.
É o Estado mais pequeno, mais também o mais autocrático. É regido, sem qualquer repartição de poder, por um único homem, que se intitula Papa, que movimenta biliões e biliões de euros, sem prestar contas a ninguém, nem sequer torna conhecido o seu Orçamento.
Controla bancos, grandes empresas industriais, redes de transportes ferroviários, rodoviários e marítimos, sistema inteiros privados e públicos de saúde, enquadra redes transnacionais de comércio e, acima de tudo, trafica em tudo o que é ilegal, desde branqueamento de capitais, dinheiro do tráfico de droga e humanos, negócios mais escabrosos do armamento.
A Igreja Católica somente teve um papel preponderante, ao longo da História, quando teve acesso ao controlo de dinheiro. Assim ocorreu na Idade Média e no Renascimento e, assim, veio a suceder, na primeira metade do século XX, quando se aliou aos fascistas italianos em troca de uma quantidade enorme de dinheiro.
Quando perdeu poder - e isso aconteceu em plena fase da independência italiana, com a perda dos chamados Estados Papais - a Santa Sé ficou reduzida à sua insignificância.
Vamos, então finalmente, ao fundo da questão, tal como atrás apontávamos.
Em 1927, através de um Tratado que se chamou de Latrão, a Santa Sé, do falecido Papa Pio XI, em troca do apoio ao sistema fascista italiano, em todas as vertentes, recebeu das mãos de Benito Mussolini um valor de cerca de 100 milhões de dólares, que os financeiros do Vaticano aplicaram em negócios em todo o Mundo. Primeiro, em Itália, depois, na Inglaterra e Nos Estados Unidos.
Esse dinheiro foi aplicado em investimentos rentáveis imediatos e títulos de Tesouro (uma parte substancial do Tesouro inglês pertence ao Papado). O Banco do Vaticano, o Istituto per la Opere de la Religione (IOR), tornou-se um banco sem controlo, com completa imunidade nas transacções, de acordo com o Tratado citado.
O Tratado estipulava ainda que três alíneas (29, 30 e 31) que isentavam de impostos as chamadas "instituições eclesiásticas", incluindo o IOR, ou seja as nossos Instituições de Solidariedade Social e Misericórdias, entre outras, bem como o pagamento de salários aos padres
Com a permissão de Mussolini, o Papado começou a tomar conta de grandes empresas, principalmente das que ficavam sob a alçada do IRI - Istituto di Reconstruzioni Industriale, entidade criada para gerir os fundos estatais destinados a salvar empresas e bancos.
As empresas de águas das principais cidades saltaram para as mãos do Vaticano, bem como as redes de gás e grande parte da indústria automóvel e petrolífera e praticamente de mais de 3/5 do sistema bancário.
A Santa Sé interligou com a finança judia internacional, especialmente norte-americana, e hoje tem uma quota-parte significatica do investimento de Wall Street e da City Londrina (J.P.Morgan, General Electrics, Hambros Bank, Chase Manhattan, First National Bank, etc etc. Não falando já no Barclays Bank, o Santander, O Crédit Suisse,
O Vaticano tem uma supremacia acentuada, em parceria estratégica com o capital judeu (Rotschild/Rockfeller), no Banco Central Europeu.
Domina, praticamente, o Banco Central Italiano ( com bancos accionistas como as Cassa de Risparmio, Intesa saoPaolo, Unicredit, Assicucurazioni General e Unibanca), para não falar em bancos dispersos por outros países que são accionistas do BCE: como o grupo Allianz, Deutschbank, Commerzbank, Abn Amro, Barclays Bank, BNP Parisbás, grupo Santander, Royal Bank of Scotland e Bankia.
Autor desconhecido!