30 setembro, 2009
Que grande trapalhada em que este “contabilista” sofisticado se meteu.
Não conseguiu ponderar entre o deve e o haver.
Arrumar as malas e sair de Belém seria o que conteceria em qualquer democracia a sério.
No Diário de Notícias
“O editorial do Diário Notícias defende que não só Cavaco se "fragilizou ainda mais" como "Sócrates ficou com uma enorme vantagem de capital pessoal e político para gerir no imediato sem o contraponto que um Presidente de todos os portugueses poderia e deveria estabelecer".
A recandidatura deixa também de ser certa, acredita o editorialista.
Para o DN, a comunicação de Cavaco não foi capaz de ser directo e "não esclareceu se o assessor continua ou não a trabalhar em Belém". Considera ainda uma "insensatez que não seria perdoada em qualquer democracia mundial, em Portugal é não só possível como pode ser vista como um direito de cidadania, absolutamente inesperada".
Cavaco Silva
[Publicado por Vital Moreira] [Permanent Link]
Decididamente, o desatino tomou conta o Palácio de Belém. A comunicação de Cavaco Silva há-de ficar nos anais do nonsense político entre nós. Lembremos os factos. Em Agosto, o Público relata que uma fonte da Presidência da República informa que Belém suspeita de estar a ser "vigiada" pelo Governo. A história é logo transformada num caso de "escutas" a Belém. Cavaco Silva não desmente nem esclarece a acusação, dando a entender que concorda com a grave alegação. O PSD e explora longamente essa estória contra o Governo e o PS, construindo a teoria da "asfixia democrática", com largo apoio da comunicação social. Cavaco Silva nem se demarca nem se distancia, deixando que a questão renda politicamente ao PSD. Em Setembro o Diário de Notícias publica um email entre jornalistas do Público -- cuja genuinidade não foi posta em causa --, onde se relata que a fonte da tal noticia era um conhecido assessor de Belém, e que este terá dito que estava a actuar a pedido do Presidente. Nem o dito assessor nem Cavaco Silva desmentiram nem esclareceram os factos relatados no email, apesar do clamor geral nesse sentido.É evidente que pelo seu silêncio ruidoso, Cavaco Silva deixou que uma história inventada em Belém fosse aproveitada politicamente pelo PSD. Vir agora acusar o PS de ter tentado "arrastá-lo para a luta política" é o cúmulo da hipocrisia e do farisaísmo.Algo não está bem com o Presidente da República.
Cavaco Silva e as escutas
«1. Durante a campanha eleitoral foram produzidas dezenas de declarações e notícias sobre escutas, ligando-as ao nome do Presidente da República e, no entanto, não existe em nenhuma declaração ou escrito do Presidente qualquer referência a escutas ou a algo com significado semelhante.
Desafio qualquer um a verificar o que acabo de dizer.
E tudo isto sendo sabido que a Presidência da República é um órgão unipessoal e que só o Presidente da República fala em nome dele ou então os seus chefes da Casa Civil ou da Casa Militar.»
Cavaco não só não desmentiu s notícias como permitiu que as falsas suspeitas lançadas pelo Público fossem transformadas em discurso político por Manuela Ferreira Leite.
Em bom português “quem cala consente”, foi isso que cavaco Silva fez até ao momento em que o Diário e Notícias reproduziu o famoso mail entre jornalistas do Público.
Transmito-vos, a título excepcional, porque as circunstâncias o exigem, a minha interpretação dos factos.
Outros poderão pensar de forma diferente. Mas os portugueses têm o direito de saber o que pensou e continua a pensar o Presidente da República.
Durante o mês de Agosto, na minha casa no Algarve, quando dedicava boa parte do meu tempo à análise dos diplomas que tinha levado comigo para efeitos de promulgação, fui surpreendido com declarações de destacadas personalidades do partido do Governo exigindo ao Presidente da República que interrompesse as férias e viesse falar sobre a participação de membros da sua casa civil na elaboração do programa do PSD (o que, de acordo com a informação que me foi prestada, era mentira).
E não tenho conhecimento de que no tempo dos presidentes que me antecederam no cargo, os membros das respectivas casas civis tenham sido limitados na sua liberdade cívica, incluindo contactos com os partidos a que pertenciam.
Considerei graves aquelas declarações, um tipo de ultimato dirigido ao Presidente da República.»
Ao de um líder partidário ou na elaboração de programas partidários. Mas se acha que os seus assessores podem fazer o que querem porque razão lhes perguntou se a notícia era verdadeira?
Não foi a primeira vez que os assessores foram notícia pelo seu envolvimento nas actividades do PSD, o Expresso chegou a noticiar a colaboração de assessores de Belém. Porque razão nessa ocasião a Presidência da República desmentiu a notícia (mas o Expresso respondeu mantendo-a) e desta vez nada fez e o Presidente diz que os seus assessores podem fazer o que querem? Dessa vez também os questionou sobre a veracidade da notícia?
Porque considerou um ultimato declarações de deputados eleitos pelos portugueses, também eles titulares de um órgão se soberania e não reagiu ao ultimato de Pacheco Pereira que não só fez um ultimato em plena campanha eleitoral e nestes dias fez insinuações sobe o que Cavaco ia dizer?
Pretendia-se, quanto a mim, alcançar dois objectivos com aquelas declarações:
Foi esta a minha leitura e, nesse sentido, produzi uma declaração durante uma visita à aldeia de Querença, no concelho de Loulé, no dia 28 de Agosto.»
Um Presidente da República não faz conjecturas toma posições com base em factos, é para isso que foi eleito, é por isso que fala enquanto Presidente da República. Se acha que pode dizer opiniões pessoais nada o impediria de dizer na comunicação oficial a opinião da Dona Maria ou do seu genro Montês.
Incluindo as interrogações que qualquer cidadão pode fazer sobre como é que aqueles políticos sabiam dos passos dados por membros da Casa Civil da Presidência da República.
Incluindo mesmo as interrogações atribuídas a um membro da minha Casa Civil, de que não tive conhecimento prévio e que tenho algumas dúvidas quanto aos termos exactos em que possam ter sido produzidas.
Mas onde está o crime de alguém, a título pessoal, se interrogar sobre a razão das declarações políticas de outrem?
Repito, para mim, pessoalmente, tudo não passava de tentativas de consolidar os dois objectivos já referidos: colar o Presidente ao PSD e desviar as atenções.»
Cavaco não teve conhecimento prévio do que disse Fernando Lima, mas teve-o quando as insinuações do seu assessor foram manchete no Público. Mas optou pelo silêncio deixando o primeiro-ministro carregar com as suspeitas enquanto Ferreira Leite usava as notícias para fazer campanha.
Curiosamente quando se refere ao envolvimento de assessores na elaboração do programa Cavaco confia na sua palavra e assegura que a notícia não foi verdadeira. Mas quanto ás escutas parece que Cavaco não se preocupou muito em confirmar os factos, diz agora que tem “algumas dúvidas quanto aos termos exactos em que possam ter sido produzidas”. Afinal o seu assessor não lhe contou muito bem o que disse ao jornal público, ou foi confuso na explicação?
Desconhecia totalmente a existência e o conteúdo do referido e-mail e, pessoalmente, tenho sérias dúvidas quanto à veracidade das afirmações nele contidas.
Não conheço o assessor do Primeiro-Ministro nele referido, não sei com quem falou, não sei o que viu ou ouviu durante a minha visita à Madeira e se disso fez ou não relatos a alguém.
Sobre mim próprio teria pouco a relatar que não fosse de todos conhecido. E por isso não atribuí qualquer importância à sua presença quando soube que tinha acompanhado a minha visita à Madeira.»
Se Cavaco tem dúvidas sobe o conteúdo do mail não deve ficar pelo palpite ou insinuação, deve esclarecer cabalmente os portugueses sobre as razões dessas dúvidas.
O mais importante desse mail não era a referência ao assessore de Sócrates, mas sim o que o assessor do Presidente terá dito ao jornalista sobre as escutas e, pior do que isso, de que estava mandatado pelo Presidente para informar o jornal. Sobre isto Cavaco nada diz, não explica o mais importante, porque razão o assessor oi substituído na pasta da imprensa?
Liguei imediatamente a publicação do e-mail aos objectivos visados pelas declarações produzidas em meados de Agosto.
E, pessoalmente, confesso que não consigo ver bem onde está o crime de um cidadão, mesmo que seja membro do staff da casa civil do Presidente, ter sentimentos de desconfiança ou de outra natureza em relação a atitudes de outras pessoas.»
Foi por isso, e só por isso, que procedi a alterações na minha Casa Civil.»
Enfim, Cavaco não é o garante do regular funcionamento das instituições, é o garante do seu nome e pouco mais.
Foi para esclarecer esta questão que hoje ouvi várias entidades com responsabilidades na área da segurança. Fiquei a saber que existem vulnerabilidades e pedi que se estudasse a forma de as reduzir.»
O que Cavaco disse em pela campanha eleitoral é que as questões de segurança são importantes e ia fazer perguntas depois das legislativas. Afinal perguntou a especialistas em informática aquilo que qualquer criança que tenha o Magalhães já sabe!Depois desta comunicação, assente em inverdades, opiniões meramente especulativas, afirmações de ignorância no domínio da informática e de insinuações conclui-se que Portugal já não tem um presidente de todos os portugueses, tem um presidente de 29% dos eleitores. Que não tem na Presidência alguém apostado na colaboração institucional mas sim alguém que está mais preocupado com a imagem dos seus assessores do que com a do primeiro-ministro. Que tem na Presidência alguém que deixa o primeiro-ministro ser difamado com base em insinuações dos seus assessore ou na deturpação das suas declarações.
Cavaco Silva não esclareceu nada, imitou-se a juntar às dúvidas lançadas há 17 meses mais algumas insinuações. Para Cavaco Silva a sua imagem é bem mais importante do que a estabilidade política. Começa a ser difícil ajudá-lo a terminar o mandato com dignidade, agora são muitos mais os portugueses que desejam que o acabe depressa e já que durante estes anos não ajudou o país, como prometeu na campanha eleitoral, então que ele e os seus assessores não acrescentem a uma grave crise económica mais uma grave crise política.
Se a substituição de Fernando Lima foi o funeral político de Cavaco Silva esta comunicação parece a homilia da missa do sétimo dia.
29 setembro, 2009
Isaltino mais à frente ?
Quem não quer se lobo, nem lhe vista a pele.
Os submarinos começaram a meter água
Podem chamar-lhe o que quizerem, casualidade, coincidência, mas deixaram o caso dos submarinos em banho Maria até que as legislativas tivessem passado.
“Os investigadores estarão à procura "de documentação do advogado Bernardo Diniz Ayala", antigo sócio do escritório, escreve a revista.
Neste processo, aberto em 2006, a partir de uma certidão retirada do processo Portucale,
uma das questões "que tem intrigado os investigadores do DCIAP é saber onde está afinal o contrato de financiamento associado à aquisição dos submarinos". [ionline]
Louça e o BE
Fala, fala, fala
PROFESSORES - Comentário
A oposição achou que o tal modelo de avaliação era mau, mas não sugeriu nenhum. Os 'tadinhos' dos professores acham que são todos bons e sugeriram um modelo de autoavaliação. Isso também eu queria, em vez de ser avaliada segundo critérios definidos pela empresa e revistos 2 vezes ao ano... Cá para mim, na avaliação dos professores devia haver uma parte em que as partes interessadas (no mundo real os chamados 'customers' = alunos e pais) fossem inquiridos acerca da qualidade do professor, facilidade de comunicação, clareza na explicação dos temas, capacidade de ajudar os alunos com dificuldades na aprendizagem, etc. O professor não tem que ser um 'gajo porreiro, pá!' mas profissionalismo não é só trinta e um de boca. De certeza que as coisas não mudaram assim tanto desde os meus tempos de escola. Dos muitos professores que passaram pelas salas de aula que eu frequentei, mais de metade não conseguia transmitir com clareza nem estava disponível para realmente ensinar. Se aprendes muito bem se não desenrasca-te porque o resto não está nas minhas funções.... [Público]
Cavaco Silva - espiado
Outro dos assuntos que poderá ser abordado pelo PR será o convite a José Sócrates para formar Governo, depois da vitória nas legislativas, sem maioria absoluta.
Ontem, quando confrontado pelos jornalistas sobre quando falaria sobre o chamado 'caso das escutas' e sobre o afastamento do seu assessor Fernando Lima, o Presidente da República limitou-se a dizer que manteria "silêncio total" até ao dia das eleições.» [Diário de Notícias]
28 setembro, 2009
SOCRATES eo PS VENCEDORES
O resultado das eleições europeias foi para o PS e para José Sócrates o farol que lhes iluminou as mentes no sentido de ainda poderem manter ou ganhar em minioria as legislativas que já estavam no horizonte.
Não é fácil encontrar em qualquer democracia alguem ou algum partido que tenha, durante 4 anos sofrido o que Sócrates e o PS sofreram e apresentar-se ao eleitorado e vencer novamente as legislativas.
Todos aqueles que chamaram de arrogante durante meses a fio, foram eles próprios, despoduradamente, que acabaram por vestir essa pele que tanto criticaram.
A lider do PSD, Manuela Ferreira Leite, tão convencida de que já tinha recebido de barato o primeiro lugar na corrida eleitoral, tal qual aluno cábula e pregfuiçoso, nem se ter deu ao incómodo de apresentar um programa eleitoral. Convencida de que já estava eleita, colocando-se por detrás do slogam da Verdade, acabou por transformar-se na derrotada nesta campanha, deixando que o PS e Sócrates saissem os seusvencedores.
O PS foi o vencedor. Manteve um núcleo de apoiantes e de simpatizantes que passaram por cima de todas as campanhas de que Sócrates foi alvo, aceitaram as dificuldades de governação face à maior crise financeira mundial dos últimos 80 anos, ao maior aumento do preço dos combustíveis dos últimos 35 anos, ao maior aumento de preços de produtos agrícolas de que há memória e, especialmente, à maior coligação de interesses corporativos contra um governo de que há igualmente memória.
O futuro continua. Portugal tem que Avançar
27 setembro, 2009
A qualidade da democracia
Se a qualidade da democracia fosse medida pelo comportamento do cidadão anónimo teríamos uma democracia exemplar, ninguém diria que tem uma história recente. Mas se olharmos ao que vimos no comportamento de alguns políticos e jornalistas teremos de concluir que a democracia portuguesa não tem tanta qualidade como isso.
Alguns políticos e jornalistas actuam como se os portugueses fossem uns idiotas, como se “comessem” tudo o que lhes diz. Só isso justifica as campanhas negras, velhacarias e canalhices que marcaram os últimos meses. Assessores do presidente numa verdadeira orgia conspirativa, jornalistas a montarem mentiras e campanhas de difamação, políticos a promoverem o medo para se afirmarem libertadores, livros distribuídos por mail com o apoio de campanhas publicitárias na rádio, valeu de tudo um pouco.
Esta divisão de um país em dois, com as supostas elites de um lado e o Zé Povinho do outro não se vê apenas no comportamento cívico, uma divisão profunda da sociedade, uma divisão entre os que têm lugar privilegiado no acesso à riqueza e às mordomias e os que têm que trabalhar no duro para viver um dia a dia sufocado por sucessivas crises económicas.
O problema mis grave não reside no parasitismo de algumas elites, reside no facto de para manterem um sistema que os favorece tudo fazem para que nada mude, para que a lógica do poder do voto seja substituída pela da manipulação da opinião.
Em Portugal os privilégios ou são considerados naturais ou são direitos adquiridos, tudo deve ficar como está e os políticos que governam não devem questionar os pilares de um sistema que tem um profundo desprezo pelos cidadãos.
Quem se mete com os magistrados leva, quem se mete com os jornalistas leva, quem se mete com os directores de jornais e televisões leva, quem se mete com grupos corporativos instalados leva. Tudo deve ficar na mesma para que uns continuem a beneficiar de um modelo de sociedade que os alimenta, o mesmo tempo que o país não desnvolve. [O Jumento]
26 setembro, 2009
Votar é preciso
Por Eduardo Pitta Sexta-feira, 25 Setembro , 2009, 20:22
Na recta final da campanha permito-me ser pleonástico. Domingo é preciso votar no Partido Socialista. Não vou falar das razões de natureza económica ou fiscal. Este blogue reúne contributos mais do que suficientes para esgotar o tema. E quem diz economia e fiscalidade diz saúde, educação, justiça, ambiente, energias renováveis, política externa, cultura, investigação e ensino superior.
Vou antes lembrar o óbvio: as questões civilizacionais. Aquilo a que a opinião de direita, com trejeitos maliciosos, chama questões fracturantes. Coisas simples de que depende a dignidade e o progresso das sociedades. Estou a pensar na possibilidade dos casais inférteis poderem recorrer à procriação medicamente assistida; em leis que acautelem os direitos de quem vive em união de facto; no casamento entre pessoas do mesmo sexo; na possibilidade de divórcios não litigiosos; na integração social dos imigrantes; nas leis da paridade, etc. Nenhum país moderno pode viver ao arrepio das mudanças civilizacionais.
Há cem anos, o divórcio era um anátema. Hoje é um lugar-comum. Há 35 anos, uma mulher não atravessava a fronteira sem o consentimento do marido. Há 35 anos, a polícia prendia homossexuais acusando-os de vagabundagem. Há 35 anos, o casamento religioso era indissolúvel. Felizmente, tudo isso ficou para trás.
Em 35 anos de democracia, muita coisa mudou. Mas, se pudesse, a direita punha um travão no que ainda falta mudar. Votar no Partido Socialista é apostar numa sociedade mais justa. [Simplex]
BE
A campanha eleitoral dos "BEtinhos da Esquerda" continuou em tom muito mais acentuado de uma doentia e paranóica cruzada contra o PS e contra o Primeiro Ministro.
Desde há muito que se pressentia que o BE apenas lhe interessava desancar o PS.
O seu radicalismo inconsistente foi-se sempre refinando, de tal forma que, até aqueles que após o namoro a Alegre, acreditaram que poderia haver algum entendimento político, lhes fique a lição de que com aquela miscelãnia de neocomunistas, não será nunca possivel qualquer acordo.
BE -
Eleições Legislativas 2009
Há quem insista, por ingenuidade ou má fé, que nas eleições do próximo Domingo quem está em julgamento é única e exclusivamente o governo socialista e o primeiro-ministro. Os portugueses julgam, naturalmente, a governação dos últimos 4 anos; mas julgam também a oposição, o que fez ou não fez durante estes 4 anos, e, sobretudo, o que representam e propõem como alternativa política (não como o jogo das cadeiras). Neste julgamento eleitoral não deixa de contar o facto de o PSD ter tido em 5 anos – entre 2004 e 2009 – 5 presidentes: Durão Barroso, Santana Lopes, Marques Mendes, Luís Filipe Menezes e Manuela Ferreira Leite. Os portugueses julgam o que foi feito pelo governo, mas também julgam a oposição: o que fez, quem propõe e o que propõe como alternativa. Isto parece-me elementar." [ Hojeháconquilhas]
25 setembro, 2009
Filipe Menezes e o TGV
O antigo presidente do PSD defende o TGV e enumera pontos que, segundo ele, devem nortear as relações entre Portugal e Espanha"
[Publico]
Guincho - Praia do Abano
Muitos gostavam de ver Portugal neste estado. Depois diriam que a reconstrução seria da sua responsabilidade.
Certamente que não terão nem um nem outro gosto.
Avançar Portugal, é o caminho.
Que se cuidem os que ficarem para trás, nesses caminhos ínvios do lascismo, das ideias retrógradas e dos pensamentos subversivos.
Portugal sempre teve futuro e vai assim continuar
Subscrevemos com uma monumental chapelada
“”Os que em vez de fazerem propostas credíveis para ajudar os portugueses a superar a crise, que se limitaram a sonhar com o agravamento da situação económica das famílias portuguesas excitando-se com as más notícias e ficando em silêncio quando surgiram as primeiras boas notícias, não ganharão.
Os que instrumentalizaram a justiça, que em vez de usarem os instrumentos colocados à disposição dos tribunais para tornar Portugal um país mais justo e democrático usaram-nos para manipular a opinião pública usaram-nos para denegrir os governantes que ousaram tocar-lhe nas pequenas mordomias, não ganharão.
Os aprendizes de jornalismo que julgam os portugueses tão idiotas que votam ao sabor da sua manipulação da informação, não ganharão.
Os que consideram que o Estado serve para assegurar o bem-estar das suas corporações com o dinheiro dos contribuintes, tornando o serviço público refém dos seus interesses ou de estratégias partidárias, não ganharão.
Os que ganharam dinheiro a rodos com negócios pouco transparentes com o BPN e que agora esperam voltar ao poder ou deter todo os poderes, não ganharão.
Os que sabendo da justiça e necessidades de reformas como as do Sistema Nacional de Saúde, optaram pelos argumentos populistas que tiravam partido da ignorância popular em vez de analisarem essas reformas com honestidade intelectual, não ganharão.
Os que dirigem jornais e enquanto pensavam que bajulando o governo influenciavam as decisões governamentais e que quando estas decisões prejudicaram os seus patrões transformaram jornais credíveis em pasquins, não ganharão.
Os que pretendem governar sem apresentarem qualquer projecto político ou limitando-se a manobras de bastidores, não ganharão.
Os que estão mais interessados no seu próprio enriquecimento, que põem os seus interesses acima dos do país não ousando derrubar governos que lhes toquem nos interesses, não ganharão.
Os que não hesitam em boicotar empresas indispensáveis ao país só para impor a sua lógica partidária nas relações laborais, não ganharão.
Os que usam a credibilidade das instituições democráticas para promoverem conspirações contra a democracia, não ganharão.
Não sou nem nunca fui militante do PS, nem sequer sou simpatizante deste partido, mas este foi um dos poucos governos portugueses das últimas três décadas que governou, que teve a coragem de promover reformas que há muito deveriam ter sido implementadas, que enfrentou problemas como a dependência energética, que apostou consequentemente na modernização.
Certamente cometeu erros, provavelmente demasiados, mais do que os que teriam sido cometidos se tivesse tido uma oposição credível, se todos os sindicatos tivessem negociado a pensar no interesse dos profissionais e do país. Talvez tenha sido arrogante, talvez não tenha sabido travar a arrogância de alguns serviçais, mas foi o mesmo governo que nunca se esquivou a debates no parlamento, que deu condições de igualdade à oposição.
Nenhum governo, nem mesmo os de Marcelo Caetano, mereceram uma oposição tão feroz por parte da esquerda conservadora, nenhum foi tão odiado pelos grupos corporativos, alguns deles herdeiros de mordomias vindas do tempo do fascimo. Mesmo assim e apesar de um contexto económico adverso teve a coragem de governar, porque governar é decidir o que em cada momento e a pensar no futuro deve ser decidido.
Uma derrota do PS e de Sócrates seria uma vitória dos interesses corporativos que sempre se opuseram ao desenvolvimento do país, seria uma derrota do futuro de Portugal. Uma derrota do PS significa que este país nunca será capaz de dar os passos necessários para romper com a pobreza e o desenvolvimento. Por isso vou votar PS e no dia seguinte voltarei a ser a voz crítica independentemente de quem ganhar estas eleições.”” [ in O Jumento]
PSD – Os barões devem estar noutro planeta
“Sociais-democratas dizem que imagem do Presidente não está fragilizada, mas que este devia ter falado sobre o 'caso das escutas' antes das legislativas para não 'contaminar' campanha” [DN ]
Cavco Silva anda com azar
Até a Igreja... senhor.
Cavaco antecipou-se e confirmou vinda do Papa em 2010
Deverá ser uma viagem curta, diz o patriarca de Lisboa, que desvaloriza a divulgação, só pela Presidência, da notícia da vinda de Bento XVI a Portugal em Maio [Publico]
Professores – insucesso escolar
Será que os professores terão algo a ver com isto?
Será da Responsabilidade da Ministra?
Projecto português de combate ao insucesso escolar apresentado em Nova Iorque
O projecto português “Mediadores para o Sucesso Escolar”, que permitiu aumentar em 14 pontos percentuais o sucesso escolar de alunos do ensino básico, é hoje apresentado como um “case-study” na conferência Clinton Global Initiative, em Nova Iorque. [Publico]
Pacheco Pereira
Ontem pela noite dentro, "Quadratura do Círculo" na SIC-NOTICIAS:
- Conciliador, António Costa. A defender a honra (perdida?) do PR Cavaco Silva.
- Iluminador em decadência intelectual e tendenciosamente demagógico, Pacheco Pereira foi interrompendo por sistema António Costa, e assumindo o erro de ter subestimado a capacidade “manobradora do PS”. E a assumir-se como o estratega do PSD-MFL.
BE – os dentistas que se cuidem. Serão nacionalizados
Nos dis de hoje, é demasiado ridiculo para ser verdade
“A última nova que tive do programa do BE, a sua oposição ao cheque-dentista, por ser contrária, na opinião deles, à integração dos cuidados dentários no Serviço Nacional de Saúde, deixou-me surpreso. Reflecte, numa metáfora perfeita, toda a incompreensão da dinâmica política, que marca as propostas do BE.
Não importa se os dentistas não estão hoje no SNS.
Deviam estar.
E por aqui se fica o BE.
Julgando o mundo a dois estados: o sim (estão) e o não (não estão).
Sem mais.” [ in Simplex]
De Marcelo para Cavaco
Um recado para todos os lados.
Não será Socrates a condenar Cavaco Silva, será a grande maioria do povo português que irá compreender e ajuizar das manobras ocultas daquele que nunca mais será, a partir de agora, o Presidente de todos os portugueses.
Que se cuide, porque nenhum dos Presidentes do pós 25 de Abril teve um comportamento tão censurável como o que Cavaco Silva está a ter.
Marcelo, já está fora de moda. Já está em tempo de se reformar. A RTP bem pode tomar essa iniciativa pois esta personagem já não tem nada de novo para oferecer e já começa mesmo a enjoar.
«O comentador político Marcelo Rebelo de Sousa afirmou esta quinta-feira que "é um grave erro de José Sócrates- quer ganhe, quer perca-, que na noite das eleições, ele ou alguém por ele, ataque o Presidente, ou comece os ataques ao Presidente da República [ a pensar nas eleições presidenciais]. O presidente é, goste-se ou não se goste, o referencial de estabilidade em Portugal. E com um governo minoritário que inevitalmente vai sair das eleições, é ele o fusível da democracia portuguesa".» [Correio da Manhã]
Ferreira Leite versus Filipe Menezes
Jás começou a levar umas “facadinhas” e ainda agora a procissão vai no adro.
«Luís Filipe Menezes foi esta quinta-feira o grande ausente da campanha do PSD para eleições legislativas. À mesma hora em que Manuela Ferreira Leite visitava a empresa ALERT [uma empresa de tecnologias de informação para a saúde] na terra liderada pelo autarca, Menezes estava num centro de emprego, bem perto, e garantiu à RTP que decidiu não estar presente porque não foi convidado.
«Não há convites», reagiu Manuela Ferreira Leite. «Sei que não está aqui por tinha outras tarefas». «Mas Menezes estaria disposto a vir apoiá-la se fosse convidado...», insistem os jornalistas. «Não tenho dúvidas que o Dr.º Menezes me apoia; sempre foi um social-democrata convicto e muito empenhado neste novo projecto». » [Portugal Diário]
Louçã e a saga devastadora da maioria do PS
Há sempre quem se dêm bem, vivendo no mal dos outros, especialmente quando não pretende construir nada e tudo destruir. As teorias já aplicadas por Louçã, foi nisso que sempre resultaram. Infelizmente até na política o sado-masoquismo tambem existe.
«Francisco Louçã reagiu com satisfação à sondagem TVI/Rádio Clube Português efectuada pela Intercampus, ainda que esta demonstre uma queda nas intenções de voto no Bloco de Esquerda: há uma semana eram 12 por cento, esta quinta-feira são 9,4 por cento.
«Estes números demonstram que o PS, com a vantagem que tem, não alcança a maioria absoluta. Isso é, para nós, uma extraordinária vitória. Esta sondagem confirma o BE como a força que tira a maioria absoluta ao PS e fico muito feliz se estes resultados se confirmarem no domingo», disse, no final de um debate na Universidade de Aveiro. » [Portugal Diário]
24 setembro, 2009
IRS dos políticos
Segue-se o primeiro-ministro e líder do PS que declarou ter auferido mais de 103 mil euros. Quanto ao IRS, Sócrates pagou cerca de 28 mil euros, menos de metade do que Ferreira Leite.
Paulo Portas aparece na terceira posição em termos dos maiores contribuintes. O líder do CDS-PP apenas declara o rendimento da sua actividade de deputado: 56 mil euros por ano, pelos quais teve de pagar mais de 14 mil euros de IRS.
Sensivelmente o mesmo rendimento tem Francisco Louçã; 56 mil euros que têm origem na sua actividade de deputado. Apesar de ser professor universitário, Louçã já disse publicamente que não aufere qualquer rendimento da sua actividade docente. Mesmo assim, o líder do BE conseguiu pagar menos mil euros de IRS do que Paulo Portas. Uma consequência directa do Plano Poupança Reforma (PPR) que subscreveu e que lhe deu vantagens fiscais.
Também Jerónimo de Sousa declarou como rendimento apenas aquele que recebe da Assembleia da República: 56 mil euros. Mas dos três líderes partidários que apenas declaram rendimentos do Parlamento, o secretário-geral do PCP é quem paga menos IRS. Foram cerca de 11 mil euros para os cofres do Estado, menos três mil do que Portas e menos dois mil euros do que Louçã para rendimentos equivalentes.
Em termos de rendimentos declarados às Finanças, Manuela Ferreira Leite declara mais do que Portas, Jerónimo e Louçã juntos e paga quase o dobro de imposto do que a soma dos líderes do CDS-PP, PCP e Bloco de Esquerda.
Tomando em consideração que José Sócrates apenas declara o seu salário de primeiro-ministro, a única prejudicada financeiramente pela vitória eleitoral seria Manuela Ferreira Leite. Todos os demais líderes da oposição, veriam o seu rendimento aumentar substancialmente em caso de vitória nas legislativas.
PORMENORESSALÁRIO DE SÓCRATES
O vencimento do primeiro-ministro é 75% do salário do Presidente, logo 5561 euros/mês.
Ferreira Leite ocupava um cargo no Santander Totta antes de assumir a liderança do PSD.
[Correio da Manhã]
Sonnyboy
Quanto à sua opositora do PSD, «é uma campeã dos tradicionais valores da família, que acusa os socialistas de despesismo, enquanto o país tenta sair da crise económica». [Sol]
Jornalistas
A Comissão da Carteira Profissional de Jornalista vai instaurar dois processos de inquérito à Sábado e ao Diário de Notícias. Em causa está a notícia sobre a compra de votos de António Preto que a revista avançou na edição da semana passada e a publicação de um e-mail no DN sobre o caso das escutas. [ SOL]
Cavaco Silva - as dúvidas
Cavaco Silva tinha pedido a fiscalização preventiva de uma norma do documento sobre a qual tinha dúvidas.
Cavaco Silva
Tudo mal.
Surpreendeu meio mundo tal o inusitado da alegada situação, minou as já difíceis relações institucionais entre Presidente da República e primeiro-ministro e aniquilou esta campanha eleitoral, sobrepondo-se e abafando todos os outros assuntos que importava discutir. Isto por um lado. Por outro, mal se compreende a actuação do Presidente da República que, por mais voltas que dê, não se vê como possa sair desta situação sem nódoas no casaco, tal o lamaçal em que se transformou a questão. Se existia caso, haveria que, em tempo, dele tratar nos devidos termos. Se não existia e era apenas o produto de uma maquinação urdida por um assessor tão imaginativo quanto irresponsável, haveria que ter colocado fim à história e o assessor no olho da rua.
Calendários impossíveis.
Comunicação ao país.
Tanto tempo.
Preocupação.
Há motivos bastantes para estarmos todos muito preocupados, tanto mais que o Presidente dá mostras de ter perdido sentido de oportunidade de intervenção. É mais uma coisa grave a juntar à gravidade da coisa toda.____
Rita Marques Guedes, Jurista