13 agosto, 2009

Crise - afinal o que se passa?

O,3%
Não era de imaginar algo diferente do que se está a passar.
Os números são números.
Redondos ou bicudos.
Para para alguns políticos os números só interessam quando estão a seu favor.
Vai dai, rebuscam os mais variados argumentos para sustentar argumentos a favor das multiplas leituras desses numeros.
O 0,3% como não tem o rabisco atrás que lhe muda o valor, para muito profeta da desgraça, já não interessa.
Mas se o 0,3% indica crescimento hoje, tem o mesmo valor, nem sofre a habitual contestação a quem o produz e divulga, porque razão quando era negativo não sofria contestação e era aceite pela oposição como valor correcto e inquestionável?
Não podem os politicos aceitar hoje os dados publicados porque lhes interessam e, amanhã, porque sendo a seu desfafor, dizer que não representam nada de espacial ou que não são reflexo da verdade, porque contrariam os seus argumentos.
« Economia cresceu 0,3 por cento no trimestre
Sócrates diz que o Governo está no caminho certo
O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje que os dados divulgados pelo INE, que indicam que a economia cresceu 0,3 por cento no segundo trimestre, mostram que o Governo está num caminho seguro para sair da crise.Sócrates considerou que os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) são "animadores" e "positivos" e "mostram que o Governo está num caminho seguro para sair de uma das mais graves crises da economia". A economia portuguesa inverteu a tendência de queda, ao crescer 0,3 por cento no segundo trimestre do ano em relação aos três meses anteriores, segundo dados hoje divulgados pelo. "Isto não é o fim da crise, mas sim o princípio do fim da crise. Há ainda desafios a enfrentar, mas os dados evidenciam o sinal de inflexão, uma viragem na economia", disse José Sócrates, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Ministros. José Sócrates disse também que os dados divulgados hoje "confirmam as projecções do Governo e põem de lado projecções mais catastróficas", salientando o facto de Portugal ser "um dos primeiros países a sair da situação de recessão", a par da Alemanha, França, Grécia e Eslováquia. Questionado sobre se a evolução do desemprego poderá condicionar o futuro da economia, o primeiro-ministro reconheceu ser ainda "muito cedo" para dizer qual será o impacto, uma vez que a recuperação será "mais retardada". Esta recuperação, segundo José Sócrates, só acontecerá nos próximos meses. »

3 comentários:

Anónimo disse...

Como acima é dito, os números, "redondos ou bicudos" interessam ora à oposição, ora ao governo.
Neste momento parece que interessam ao governo. Mas, contrariando a euforia de Sócrates, uma coisa é certa: por razões óbvias, Portugal nunca será dos primeiros países a sairem da situação de recessão.
De resto, governar um país não é apenas atender à sua economia. Sócrates só tem desgovernado!
ARC.

Anónimo disse...

Devemos apropriar as palavras ao factos.
Socrates não comentou os numeros com euforia - disse que possivelmente eram um indício do começo do fim da crise. Não cosnta que tenha deitado foguetes e feito uma festa, como o vem fazendo a oposição, na ansia de ganhar votos dos descontentes com a crise.
Esquecendo essa oposição o seguinte. Quem tem o seu salário certo, vive melhor hoje que há um ano atrás.
Nem a crise, nem a melhoria do nivek de vida, não são de responsabilidade unica de Socrates.
Ainda há por aí muito "papalvo" que aceita tudo o que os "donos da verdade única dizem. Um velho ditado diz - a seguir a mim, virá, quem de mim bom fará.
Esperemos

Anónimo disse...

O aforismo popular que termina o comentário anterior está mais do que certo. A prova já foi feita...