Gonçalo Amaral está mesmo de candeias às avessas com os Ingleses. Lá terá as suas razões.
Matéria de facto
O Reino Unido, país com dificuldade em responder a pedidos de cooperação, solicitou acesso às contas bancárias do nosso primeiro-ministro.
Parece que tal pedido se torna imperioso face a meras hipóteses e a poucos ou nenhuns indícios de práticas ilegais no caso Freeport. No 'caso Maddie' apenas se pedia registos de cartões de crédito dos pais e amigos.
A resposta foi hilariante: "Desconhece-se contas bancárias e quaisquer cartões de crédito." Aqueles médicos tinham hipotecas e usavam cartões de crédito para viajar e adquirir bens e serviços, no entanto a informação foi negada, nem com carta rogatória se obteve o que se considerava essencial para a investigação, baseada em fortes indícios e não em meras especulações.
Se neste momento, por razões políticas, a morte daquela criança é considerada, em Inglaterra, assunto de segurança nacional, o que dizer do ataque britânico ao primeiro-ministro de um país independente e democrático. Será que os ingleses continuam a pensar Portugal como uma república das bananas em que por tudo e por nada se diz sempre 'sim'? Vai sendo tempo de dizer 'não'.
Espera-se uma resposta que respeite o princípio da reciprocidade: não são conhecidas contas bancárias nem cartões de crédito do nosso primeiro-ministro…
Gonçalo Amaral, ex-inspector da PJ
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