28 janeiro, 2009

Freitas do Amaral versus Freeport

Em entrevista à SIC, Freitas do Amaral, explicou e deu algumas opiniões com uma clareza e simplicidade, uqe lhe é apanágio, mas que passa ao lado da maioria do comum dos mortais.

Assim, explicou que sobre o tal decreto que sempre tem sido posto em causa pelos antagonistas de Socrates, que o mesmo do ponto de vista do Direito Administrativo não enferma de qualquer irregularidade ou vício.

Melhor, esclareceu e trouxe ao conhecimento de quem ouviu a entrevista, que o mesmo só foi publicado quando Durão Barroso já era Primeiro Ministro empossado. Mais, o Presidente da Republica de então, pediu explicação a Durão Barroso sobre o dito decreto e este, por ele próprio ou por alguém do seu governo, mandatado para o efeito, respondeu ao Presidente da Republica, que nada tinha a opor.

Ora bem, esse decreto foi assinado pelo Presidente da Republica e referendado por Durão Barroso. Disse ainda Freitas do Amaral que, por via disso, alguém se lembraria de considerar que o Presidente da Republica ou Durão Barroso também poderiam estar envolvidos na teia das suspeitas de corrupção?

Por falta de venda de jornais, por falta de telespectadores, por saberem que Sócrates conseguiu fazer o que muitos prometeram e não fizeram, não será mesmo coincidência a caça às bruxas que lhe andam a fazer?

Alguem da área da justiça se tem preocupado com as fugas de informação em segredo de justiça para os jornais e TV?

3 comentários:

Anónimo disse...

Penso que não se trata de caça às bruxas. De resto o problema parece ter sido levantado fora deste pobre país, como é sabido.
Tal como é apanágio do Professor Freitas do Amaral, também este texto, que agora comento, é claro...
Mas dele retiro uma frase com a qual não posso estar de acordo: «Socrates conseguiu fazer o que muitos prometeram e não fizeram»
É verdade que José Sócrates pretendeu alterar algumas coisas que neste país estavam erradas ou careciam de inovação. Mas se num ou noutro caso até é aceitável ou mesmo plausível o seu trabalho, no resto, que é quase tudo aquilo em que mexeu, é uma desgraça, provando que não sabe o que faz nem o que manda fazer, ou então enganando deliberadamente o povo português, o que moralmente é muito mais grave, iludindo a Europa, comendo, ele e os seus correligionários, o "pão de cada dia" da maior parte dos portugueses e levando o meu Querido Portugal à ruína cultural, educativa, cívica,e, ao contrário do que se pensa, económico-financeira.
O pior, no meio disto tudo, é que eu era um Socratista ferrenho, sentindo-me, agora, frustrado e até culpado por ter ajudado a pô-lo no puleiro. Mas sobretudo enganado. Não que estivesse a contar com o "ovo no cu da galinha", passe o dito popular, até porque não sou dos se aproveitam das oportunidades..., mas porque fui vigarizado, assaltado, sabendo que os valores que me roubam vão parar aos bolsos dos que já têm demais ou são esbanjados nas futilidades descaradas de autoria governamental.

MEU POBRE PAÍS!

Anónimo disse...

Pois, não se pode ter um Primeiro Ministro para cada português.
Tambem gostava que Socrates tivesse feito muito ou tudo daquilo que eu gostava que ele tivesse feito. Para isso só há uma solução - criar um Partido e ganhar as eleiçoes de modo a ser indigitado como primeiro Ministro e, depois logo se veria se tudo era feito de acordo com essa "una" vontade.
Pois, numa familia, mesmo que pequena, não é fácil criar unanimidade na maioria das situações, não se pode querer que quem governa este país,o coniga fazer a contento de todos.
Muitos dos que dizem que votaram Socrates, não foram enganados, nem Socrates os enganou, enganaram-se a eles próprios.
SLBento

Anónimo disse...

É verdade caro SLBento, enganaram-se a si próprios, como eu me enganei. Mas não pense que foi por ser um novato. Pois quando Sócrates nasceu já eu lutava por um pais livre, democrático e sobretudo justo para com todos os cidadãos. O 25 de Abril, que surgiu por interesses pessoais de uns quantos, não para libertar verdadeiramente o país do atraso, da tacanhez e da ditadura em que vivíamos, embora fosse imediatamente aproveitado pelos idealistas,como eu, pelos utópicos e sobretudo por alguns candidatos a políticos que acabaram por transformar as esperanças dos que apenas queriam o melhor para Portugal em frustrações, desencanto, descrença. Mas, mesmo sem o desejarem, também fizeram com que os crentes de outrora aprendessem a não confiar em ninguém que apenas quer chegar ao poder.
Disso me dei conta bem cedo, mesmo sabendo que também lá poderia ter chegado, se não a 1º Ministro, pelo menos a qualquer de quase todos os cargos governamentais ou parlamentares. Por isso recusei convites, para não ter de usar várias caras.
A frase com que inicia o seu comentário diz tudo. É que de facto não se pode ter um 1º Ministro para cada português. Mas devia haver um 1º Ministro para todos oa portugueses, o que não acontece.
A lucidez do 1º comentador diz-nos alguma coisa. Foi um dos que acreditou, coitado! Só agora enxergou a realidade em que vivemos. Mais vale tarde do nunca.
O problema é que se as ditaduras não são aceitáveis nem desejáveis, por todas as razões, as democracias não passam de "bluffs" favoráveis a uns centos de oportunistas.
R.F.