Ao Governo:
Para a frente com as reformas.
Tenho achado curioso que, desde que o Ministro da Saúde, bateu com a porta e saiu, não houve mais problemas com o INEM, com as Maternidades, com as Urgências.
Como é que, umvulgar mortal, causou tantos problemas.
Está tudo na mesma como estava quando ele era ministro. Nada foi alterado.
E, por obra do destino, acabaram as entrevistas das TV sobre os acontecimentos, as manifestações sobre o INEM, sobre as urgências aqui e ali, etc etc.
Tudo corre sobre esferas.
Se o Prof Correia de Campos soubesse que isto ia acontecer, nem tinha ceite ir para o Governo.
Apesar de tudo, foi pena que tenha ido embora.
Agora sobre os professores....
Vale bem a pena ler
Saída
No dia em que um governo se visse impedido de levar a cabo uma reforma essencial do seu programa, por rebelião dos profissionais de um serviço público apoiada pela oposição, só teria uma saída democraticamente digna, ou seja, pedir a demissão ao Presidente da República para convocar eleições antecipadas a fim de saber quem governa: se o Governo eleito ou a oposição, se os cidadãos eleitores ou uma classe profissional na rua.
[Publicado por Vital Moreira]
Despojos
Vai por aí grande celebração pelo sucesso da manifestação dos professores (e ofícios correlativos), com os diversos partidos apoiantes a disputar aos sindicatos os louros da vitória. O problema é a divisão dos despojos políticos pelo PCP, pelo BE e pelo PSD. O PCP não costuma partilhar os ganhos da rua...
Reformas
A "lógica da acção colectiva" é conhecida desde há muito. Os pequenos grupos organizados em função de fortes interesses comuns têm sempre mais capacidade de acção colectiva do que os grandes grupos difusos. É fácil mobilizar o protesto de grupos profissionais contra as reformas que afectam os seus interesses corporativos. A maioria da população que pode apoiar essas mesmas reformas não tem nem a mesma intensidade de interesses nem a mesma capacidade de mobilização. Para começar, nem sequer tem sindicatos...É essa a dificuldade das reformas que mexem com fortes interesses profissionais. Como é o caso dos professores.
Publicado por Vital Moreira em: Causa Nossa
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