A comunicação social utiliza as notícias em proveito da venda das suas audiências.
Queima as notícias com a mesma voracidade com que um cachorro faminto lambe um pedaço de manteiga.
É bem claro que todos os meios de comunicação andam a reboque das notícias que são susceptíveis de chamar mais a atenção dos consumidores.
A moral, a ética, a nobreza de princípios, ficam na maioria das situações, bem arredados daquilo que deveria ser o centro das atenções da notícia.
As máquinas editoriais, nas mãos de grandes blocos empresariais, apenas visam a obtenção do lucro.
Muitas vezes o lucro imediato quando tal pode acontece.
Aproveitam o teor da notícia ou os seus protagonistas e dão a cor, o som e o enquadramento da notícia no tempo o no espaço, para fazerem luzir esses interesses.
Outras vezes, utilização a notícia, como o fogo na cortiça. Vai minando, moendo e, quando damos por isso, não há senão os restos de cinza. Tudo foi consumido.
Podemos estar errados.
O crime do Oeiras Parque está a ser limpo da memória da maioria daqueles que não estão perto dos familiares das vítimas.
O que se passou é de uma gravidade tamanha que merecia, no mínimo que os responsáveis do Oeiras Parque viessem a público dar uma palavra de apoio às vítimas e aos seus familiares.
Mas não só, deixar bem claro que o que aconteceu, dificilmente possa voltar a acontecer, com a implementação de medidas e meios de segurança adequados imediatos, tendentes a não permitir que tal possa voltar a acontecer com a impunidade que agora aconteceu.
A responsabilidade de tudo o que acontece dentro daquelas instalações não será da responsabilidade dos seus proprietários?
E o senhor presidente da câmara, tão lesto a aparecer por tudo o que é petiscada e pose fotográfica, será que não deveria, publicamente condenar o sucedido?
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