21 junho, 2011

Palavras sábias

Ainda sobre o copianço dos futuros magistrados:

"Nunca vi um magistrado ser punido por desonestidade nas suas decisões e, no entanto, eles são tão (des)honestos como outros profissionais. Em todas as profissões e funções (advogados, médicos, engenheiros, professores, funcionários públicos, polícias, autarcas, deputados, governantes, etc.) há pessoas desonestas, mas quando chegamos aos magistrados eles são todos honestos. É falso. Eles não são feitos de uma massa diferente da do comum dos mortais. O problema é que eles julgam-se uns aos outros, protegem-se uns aos outros, exculpam-se uns outros, muitas vezes sem qualquer pudor. Algumas das piores desonestidades a que assisti em toda a minha vida foram praticadas em tribunal por magistrados, sobretudo juízes, sem quaisquer consequências porque a desonestidade deles é absorvida pelas sua independência e irresponsabilidade funcionais."(jn-Marinho Pinto)

Políticos - ódio sobre eles

Convem não esquecer que sem políticos não há democracia.

"O ódio aos políticos chegou a um ponto em que a inexperiência executiva é vista como um bom currículo para os novos ministros. Como bem explica Vasco Pulido Valente, um ministro que não conhece o Estado é engolido por ele, um académico que não conhece as repercussões políticas e sociais de cada decisão que toma e que não está preparado para lidar com elas estampa-se sempre. Fica espantado o teórico sem mácula quando os seus maravilhosos modelos não funcionam no ingrato mundo real. E paralisado na sua virginal inocência, não consegue mudar nada. Não, não há governantes espontâneos. "(Expresso).Daniel Oliveira

20 junho, 2011

Nobre - rejeitado pela segunda vez

Agora, só com o rabo entre as pernas é que pode abandonar o Parlamento.

"O deputado independente da bancada do PSD Fernando Nobre falhou hoje, pela segunda vez, a eleição para presidente da Assembleia da República, por não conseguir uma maioria de 116 votos favoráveis em 230, disse à Lusa fonte parlamentar."

Assunção Cristas

Super mulher

Nobre

Homem de vergonha não se expunha a este vexame.
A porta do Parlamento está aberta. Agora, nem a sua saída o limpa desta vergonha.
Passos Coelho, fica logo mal nesta primeira fotografia.

"O independente Fernando Nobre, indicado pelo PSD, falhou esta segunda-feira a sua eleição como presidente da Assembleia da República, recebendo 106 votos, menos dez do que os necessários."

Medina Carreira

Li, por aí, naquelas frases que passam sem parar por baixo nos ecrans das televisões,  que Medina Carreira acredita neste Governo.

Não será caso para pensar, se o homem desta vez de esqueceu do travo amargo que sempre tinha na boca quando falava de todos os outros governos?

BE - eles são e serão sempre assim

Para quem osa conhece desde há muito, alguma vez poderia duvidar que se iam modificar?


"Francisco Louçã e Luís Fazenda, que são ao mesmo tempo, um e outro, o pai e a mãe do Bloco de Esquerda, desatinaram completamente com a estrondosa derrota eleitoral de 5 de Junho. Luís Fazenda, ressabiado, pergunta quem é Daniel de Oliveira? Francisco Louçã, com medo de fazer de Maria Antonieta do Bloco, ataca vergonhosamente Rui Tavares, um eurodeputado eleito pelo Bloco, só porque este tem opinião. Estão a deixar cair a máscara. A cultura política das seitas de extrema-esquerda que estão na origem do Bloco está a vir ao de cima. Não há nada a fazer."

Junta de Freguesia de Porto Salvo

Esta, será uma das muitas centenas de Juntas de Freguesia que não tem nem uma razão para existir.
Servem apenas para gastar o dinheiro dos impostos dos mais pacatos cidadãos.
Não custa reconhecer que nos dias de hoje, aliás como já foi reconhecido na cidade capital, que há Freguesias que mais não são que um sorvedouro do dinheiro dos impostos.
Tem servido de albergue em toca, como pagamento, a serviços prestados a partidos ou associações similares concorrentes a eleições autárquicas.
Porto Salvo, um dos mais flagrantes exemplos de compadrio político entre militante e amigos políticos da mesma cor.
A Junta de Freguesia de Porto Salvo, muito pouco contribui para o bem estar material das populações.
As suas actividades administrativas bem podiam ter a sua base na Câmara Municipal ou até em posto de atendimento fixos ou móveis, com aberturas e horários do conhecimento generalizado das populações.
O orçamento da Junta, incluindo os ordenados dos "políticos" e os dos  seus funcionários, bem podia ter uma aplicação prática mais saudável e honesta se fosse gasto em benefício directo das populações.
Para além das festas, feiras e "romarias", alguns arranjos e ajudas muito limitadas e quase insignificantes  às populações, para que serve esta Junta de Freguesia?  Para dar "asilo" a uma propaganda eleitoral continuada, tendo em  vista a eleição dos mesmos protagonistas em futuras eleições.
Esperemos que tal situação, possa acabar antes das próximas eleições para as autarquias.

Flores... da minha rua

Governo

Lá diz o velho ditado popular: poupa-se na farinha, gasta-se nos farelos.

"Tudo o que seja poupar e aumentar a eficácia do governo merece um elogio e por isso alguém se apressou a passar para a comunicação social que com a redução dos ministérios serão poupados 1,3 milhões de euros. Para quem ganha quinhentos euros esse montante é uma fortuna, mas ao lado da despesa pública é um montante irrisório.
A questão não se limita a saber quanto poupa mas também quanto ganha ou perde em eficácia. Um exemplo, ao juntar três pastas no ministério da Agricultura poupa-se muito, mas será que a futura ministra sabe o que vai fazer em pastas em que é notória a sua total ignorância e ausência de aptidões para além das aptidões políticas que Portas lhe vê?
Além disso resta saber quantos mais secretários de Estado terão de ser nomeados para substiuir as pastas eliminadas, bem como o número de adjuntos e assessores ou a origem destes. O governo pode poupar muitos mais milhões se em vez de recrutar os assessores nas jotas e nas empresas de consultores e escritórios de advogados optar por escolher funcionários públicos reconhecidamente mais competentes do que os fedelhos que habitualmente enchem os gabinetes ministeriais."
(O Jumento)

19 junho, 2011

CGD - mas que administradores

Professor Marcelo entrevista o seu antigo colega Santos Ferreira e hoje presidente do BCP.
Relemebrei de imediato a perseguição que foi feita a Vara, administrador da CGD e que chegou aqui, depois de ter começado como empregado de balcão daquele banco.
Alguem se recorda de daquela senhora do CDS que não se sabe porquê, foi nomeada para adminiostradora daquele Banco?

Jose Niza


Somos um país onde a terra acaba e o mar começa.
Somos um estado de espírito, um estado de alma. Temos dias.
Somos força, coragem, invenção, inteligência, criatividade.
Somos um pequeno país europeu com 866 anos de História encravado entre a Espanha e o mar. Os espanhóis entraram cá, mas corremos com eles. Napoleão também tentou, mas aconteceu-lhe o mesmo.
Que países – além de Portugal – tiveram navegadores que dessem tantos mundos ao Mundo como, Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral ou Fernão de Magalhães? Nenhum!
É um erro fatal esta nossa doentia obsessão de olhar para o Passado, só para o Passado, como se não houvesse, nem Presente, nem Futuro.
Falemos então do Presente.
Um Presente em que – como escreveu Manuel Alegre – já “não é possível suportar tanta mentira, tanta gente de esquerda a viver à direita: falta aqui o verbo ser/ e sobra o ter”.
Criou-se – por miopia e mal-dizer – a ideia de que os nossos políticos não prestam.
E então Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia?
E então Mário Soares, o mais conhecido e reconhecido líder político português em todo o mundo?
E Jorge Sampaio, representante do Secretário-Geral das Nações Unidas para as questões mundiais da saúde?
E José Cutileiro, secretário-geral da UEO – União da Europa Ocidental?
E António Guterres, Alto Comissário das Nações Unidas para os refugiados?
E Vítor Constâncio, vice-presidente do Banco Central Europeu?
E Freitas do Amaral, presidente da Assembleia Geral da ONU?
Ou será que santos de casa não fazem milagres?
Que pequenos países têm artistas da dimensão universal de uma Amália, de um Zeca Afonso, de um Carlos Paredes?
Que países têm na sua História poetas como Luis de Camões ou Fernando Pessoa?
Quantos pequenos países do mundo têm prémios Nobel como Egas Moniz ou José Saramago?
E, para além de Siza Vieira e Eduardo Souto Moura, quantos arquitectos do mundo ganharam o prémio Pritzker, o Nobel da arquitectura, há dias entregue por Barak Obama ao criador do estádio de Braga?
E o futebol? E os Jogos Olímpicos?
Eusébio, Figo e Cristiano Ronaldo, os melhores do Mundo.
Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro, Nelson Évora, só para falar em medalhas de ouro.
E o Mourinho?
E os campeões europeus de futebol, o Benfica e o Porto, duas vezes cada um?
E que país – além de Portugal – tem mais Patrimóno classificado pela UNESCO em todo o mundo? Nenhum!
E que país da dimensão de Portugal vê a sua língua falada por 270 milhões de pessoas – a quinta mais falada em todo o mundo – 27 vezes mais do que a sua população? Nenhum!
E que outro país do mundo – hoje como há 500 anos – tem tantas e valorosas gentes espalhadas “por toda a parte”, da Tailândia e do Japão, ao Canadá e aos Estados Unidos, da Índia ao Brasil, de Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe e Timor-Leste, à França, à Suíça, à Alemanha, ao Luxemburgo? Nenhum!
Como se vê, não somos assim tão maus como nos pintam. Ou como nos pintamos.
Precisamos de olhar para nós, olhos nos olhos. Com coragem.
Precisamos de mais juízo, de mais esperança e de mais paciência.
Precisamos de trabalhar melhor e de rabujar menos.
Precisamos de tudo isto. Urgentemente.
Temos de ser capazes. V
Vamos ser capazes.

Professores

Ouvir o Chefe dos sindicalistas dos professores é um acto de paciência.
Os professores tem beneficiado de umas regalias que são de bradar aos céus.
A partir desta segunda-feira estão de férias.
Muitos deles, pouco ou nada tem que fazer até meados de Setembro.
Rever os pontos de exame, a 5 € cada era uma "mina".
Mas então a revisão dos pontos de exame não se enquadra na actividade normal dum professor?
Não será uma obrigação legal e moral dos professores fazerem esse trabalho?
Claro que há disciplinas que não tem exames, mas esses professores não tem outros trabalhos a fazer?

Flores... da minha rua

18 junho, 2011

Governo


Oito, mais um,  políticos de profissão, entre os melhores dos melhores.

Passos Coelho não aceitou ...

Muito pressionado por Portas, Coelho não aceitou que à "Agricultura" fossem acrescentados os "mercados, feiras, festas e romarias", umas das suas especialidades antes e durante a campanha eleitoral

Governo encolhido

Afinal, o que houve? Vamos lá entender o que este cavalheiro diz.
Relvas, um "master" na venda da já muito antiga "banha da cobra"

"Num debate com Francisco Assis, Miguel Relvas garantiu que não haverá redução no número de ministérios. O número dois social-democrata explicou que “não há concentração de ministérios, antes os ministros passam a ter mais responsabilidades”."

Advogados e Economistas

Para quem não gosta destas profissões na política, não augura um bom presságio para o novo governo.
Ter um bom e entenso curriculo académico, pode não significar um bom político.  Pior, pode significar um desconhecimento das realidades. Daqueles que vivem o dia a dia
Vamos esperar.
Nem se pode duvidar do novo Primeiro Ministro - são os melhores entre os melhores.

Paço de Arcos

Praia e Farol do Bugio

Justiça a que temos direito - continuação


"A notícia de que candidatos a magistrados foram apanhados a copiar num teste do Centro de Estudos Judiciários e que a turma foi corrida a 10 valores causou já várias reacções indignadas. Desde logo, do bastonário dos Advogados, um profissional da indignação que às vezes até tem razão, do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público e até do Conselho Superior de Magistratura. É bom que haja, sobretudo no seio do "sistema judicial", quem se indigne com coisas destas; precisamos de evidências de que o corporativismo não sequestrou o Estado de Direito e que os magistrados estão dispostos a avaliar-se uns aos outros pelo menos com a mesma severidade com que são supostos julgar os erros do comum dos mortais.
A reacção do Sindicato, porém, corta cerces tais ilusões. Responsabilizando "o governo em funções" pelo que apelida de "descredibilização do actual modelo de formação, muito conveniente a algumas entidades", conclui que o caso, "injustificadamente, mancha a honra de todos, prejudica os melhores, e premeia os casos, que constituem excepção, de prevaricadores". Ou seja: estava tudo bem com a formação de magistrados, e, claro, com os magistrados em geral, até ter chegado este terrível Governo (que, valha-nos deus, está de saída).
Assim se explica que no que respeita a certificação de mérito os juízes e procuradores portugueses sejam todos de excelência, e ninguém se recorde, assim de repente, de um magistrado castigado em sede de processo disciplinar - a não ser Lopes da Mota, claro, o malvado que "pressionou" os colegas. Desagradável é que tanta gente, de repente ou com vagar, se lembre de tantos casos em que magistrados incumpriram as suas obrigações. Um exemplo? O de Aida dos Santos, cuja morte, em Novembro de 1995, na Cruz Vermelha, originou um processo de homicídio por negligência do qual os arguidos, dois médicos, foram absolvidos em Junho de 2003. Em Outubro de 2004, o Tribunal da Relação, em resposta a um recurso dos filhos da morta, anulava a sentença, considerando que esta não estava fundamentada - ou seja, estava mal feita - e ordenava a sua reformulação. A juíza responsável, por acaso, fora entretanto promovida, nem mais nem menos que para o Tribunal da Relação, onde se apreciam sentenças e acórdãos alheios. Quiçá pela exigência das novas funções, em Maio de 2007 ainda não tinha tido vagar para acatar a decisão dos seus colegas desembargadores. Mas, em 48 horas, arranjou-o, após o DN inquirir o Conselho Superior de Magistratura sobre o escandaloso atraso. A nova sentença suscitaria novo recurso para a Relação, que respondeu, em Março de 2008, informando que o processo prescrevera em 2006.
Casos como este são excepcionais? Acreditemos que sim. Mas para tal não podem ser tratados como se fossem a norma. E um copianço num teste não pode ter mais consequências e suscitar mais discursos indignados que a denegação culposa da justiça. " (Fernanda Cancio) - DN