Investigações de magistrados portugueses indiciavam ajustes directos para obras públicas que terão beneficiado empresas de familiares de ministros.
As investigações desenvolvidas pelos sete magistrados portugueses expulsos de Díli revelaram que pelo menos oito ministros timorenses estariam a favorecer empresas de familiares seus em ajustes diretos para obras públicas. Este é mais um pormenor do emaranhado caso que começou a ser desenterrado há cerca de três anos pelos funcionários portugueses, segundo soube o DN junto de fontes conhecedoras do processo político. As mesmas identificam a situação como uma enorme teia de ligações de onde se extraíram suspeitas, ao mais alto nível, de crimes como corrupção, abuso de poder, participação económica em negócio e peculato (apropriação indevida de fundos e bens públicos).
Aliás, terá sido por causa das investigações tuteladas por magistrados portugueses que duas "cabeças" rolaram na hierarquia liderada por Xanana: Lúcia Lobato, ex-ministra da Justiça timorense condenada, em 2013, a cinco anos de prisão pela prática de um crime de participação económica em negócio; e Emília Pires, ministra das Finanças acusada de gestão danosa e participação económica em negócio, que ia começar a ser julgada na passada segunda-feira. Mas o julgamento foi adiado sine die, precisamente no dia em que Xanana Gusmão mandou publicar a ordem de expulsão dos sete magistrados portugueses e de um procurador cabo-verdiano (com dupla nacionalidade). ( DN )
1 comentário:
Quando a questao ficar esclarecida, os magistrados visados vao ter muito que explicar. Vao ter que dizer porque raio de razao poderam fazer erros tecnicos tao basicos que resultaram em decisoes tao bizarras. Os acordaos sao assinados pelos meretissimos e nao podem ser apagados nem negados.
Exijam ao governo portugues uma total transparencia ao publico sobre as explicacoes que lhe vao ser dadas pelas autoridades timorenses. Esta saga ainda nao acabou. Vai ficar provado que os visados estavam a causar um grande dano material ao povo timorense e grandes danos a boa relacao entre os nossos dois povos.
Nao se pode culpar o governo timorense por tomar uma medida decisiva para travar o despojo que as petroliferas estavam e continuam a estar intentas de causar a Timor.
A expulsao nao estava em vista. Foi forcada face a intransigencia de um sistema judicial infiltrado pelas multinacionais em nao aceitar as rezolucoes ou uma auditoria tecnica internacional para procurar encontrar explicacoes sobre as situacoes caricatas que ha muito tem vindo a pautar a justica em Timor.
Aguardemos com serenidade.
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