Proença de Carvalho, advogado que representou José Sócrates em vários assuntos legais, criticou o juiz Carlos Alexandre por querer ser um “herói dos tablóides”. “Gosta tanto de estar naquele tribunal e compreende-se. O poder é tão grande”, afirmou, num comentário para a TSF.
Proença de Carvalho, que na qualidade de advogado foi diversas vezes o representante de José Sócrates, não se coibiu de atacar o juiz que determinou a prisão preventiva do ex-primeiro-ministro.
Num comentário para o programa ‘Pares da República’, da TSF, o presidente da Controlinveste (que detém títulos como a referida TSF e o Jornal de Notícias) acusou Carlos Alexandre de querer ser um “herói dos tablóides”.
“Todos estes casos são apreciados por um único juiz. O Ministério Público basta que coloque a investigação no departamento central da investigação criminal que necessariamente o juiz é sempre o mesmo. Este juiz já podia ter sido promovido à Relação, mas ele gosta tanto de estar naquele tribunal”, afirmou.
“Compreende-se, o poder é tão grande. Esse é o herói dos tablóides”, reforçou Proença de Carvalho.
O advogado considerou “ridículo” que o Tribunal Central de Instrução Criminal refira o perigo de fuga de José Sócrates como pressuposto para a prisão preventiva: “Parece ridículo. Se não quisesse comparecer não tinha feito a viagem para Lisboa, por ventura tinha feito para outro país. Acho caricato invocar esse fundamento”.
Sobre o argumento da prisão preventiva para não perturbar a investigação, Proença de Carvalho respondeu: “Mal vai a investigação se o Ministério Público se atrever a prender se não tiver na sua posse elementos fundamentais de uma acusação”
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