20 novembro, 2014

O Embondeiro, gigante da Savana, a Árvore Sagrada de Angola...

 

 

 

 

O Embondeiro é considerado uma árvore sagrada, inspirando poesias, ritos e lendas.
Segundo uma antiga lenda africana, por exemplo, uma vez que um morto seja sepultado dentro de um embondeiro, a sua alma irá viver enquanto a planta existir.
Também se diz que a alma dos mortos se pendura nos seus ramos.
Curiosamente, essa árvore tem uma vida muito longa, podendo chegar até seis mil anos.
Só a sequóia e o cedro japonês podem competir com a longevidade do embondeiro.
Cabe salientar que esta planta foi amplamente divulgada no século XX, através da obra O Pequeno Príncipe, do escritor francês Antoine de Saint-Éxupery.

O seu nome científico é Adansonia Digitata, mas é também conhecida como Baobá Africano.

O embondeiro possui um tronco muito espesso na base, chegando a atingir até nove metros de diâmetro.

O seu tronco vai-se estreitando em forma de cone e apresenta grandes protuberâncias.

As folhas brotam entre os meses de Julho e Janeiro.

Em geral, o imbondeiro floresce durante uma única noite, apenas, no período de Maio a Agosto.

Durante as poucas horas da abertura das flores, os consumidores de néctares nocturnos – particularmente os morcegos -, procuram assegurar a polinização da planta.

Tudo no embondeiro serve para a sobrevivência do ser humano.

Vale ressaltar que esta árvore também se constitui em uma fonte preciosa de medicamentos..

As suas folhas são ricas em cálcio, ferro, proteínas e lípidos, para além de serem usadas como um poderoso anti-diarreico e para combater febres e inflamações.

Um pó feito de folhas secas vem sendo utilizado para combater a anemia, o raquitismo, a disenteria, o reumatismo, a asma, e é usado, ainda, como um tónico.

O seu fruto é denominado Múcua.

A casca do fruto, é utilizada pelas pessoas como tigelas.

A polpa e a fibra de seus frutos são capazes de combater a diarreia, a disenteria e o sarampo.

O cerne da fruta combate a febre e inflamações no tubo digestivo; as sementes estão repletas de óleo vegetal, podendo ser assadas, moídas e consumidas como uma bebida que pode substituir o café.

Derrubar um embondeiro é um sacrilégio em Angola.

No que diz respeito à construção e carpintaria, ele só é utilizado quando não há um outro material mais adequado.

A sua madeira serve para a construção de instrumentos musicais e o seu cerne rende uma fibra forte usada no fabrico de cordas e linhas.

 

 

 

 

 

 

 

 

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