05 novembro, 2014

Governo e FMI - a grande confusão!!

OH !!! Governo, expliquem por onde vão “roubar” mais estas verbas?

“”O Conselho das Finanças Públicas alerta que o Governo tem inscritos 421 milhões de euros de medidas permanentes, cerca de 40% do total, na proposta de Orçamento do Estado para 2015 que não estão especificadas, a que acrescem pelo menos os 100 milhões de euros das poupanças previstas com pensões sociais que o Governo ainda não explicou como vai fazer. No parecer à proposta de Orçamento para 2015, a instituição liderada por Teodora Cardoso alerta para a dificuldade de avaliação destas medidas, da sua exequibilidade e do seu impacto, com a falta de especificação na proposta destes 421 milhões.”
FMI: Défice deve derrapar para 3,4% em 2015
“O FMI não só não acredita nas previsões do Governo, como é ainda mais pessimista que a Comissão Europeia. Economia deve crescer apenas 1,2% e o défice pode chegar aos 3,4% do PIB.”

FMI: a grande confusão está instalada

“O Fundo Monetário Internacional (FMI) diz que o ímpeto reformista de Portugal “parece ter estagnado desde o final do programa” de resgate e que o atual programa de reformas parece estar orientado para cumprir o mínimo, em vez de estar orientado para ganhos de competitividade. Washington duvida que o atual ritmo de crescimento do emprego se mantenha. Portugal já não negoceia com o FMI, como disse a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, mas o Fundo é credor de Portugal e recordou este estatuto num duro comunicado de cinco páginas que fecha a primeira revisão após o final do programa de ajustamento.

O primeiro alerta é que o crescimento da economia portuguesa esperado para o médio prazo é fraco e que a retoma tem sido fraca até para os padrões historicamente baixos da economia portuguesa. Este fraco crescimento, diz o Fundo, “é insuficiente” para reduzir os grandes problemas do mercado de trabalho português. O FMI considera que Portugal tem um problema estrutural em relação ao crescimento económico, que tem de ser resolvido atacando os dois principais constrangimentos: a baixa competitividade da economia face ao exterior e o elevado endividamento das empresas privadas.

Reconhecendo a grande dificuldade que é aumentar a competitividade face ao exterior, o FMI insiste que Portugal tem como único caminho a realização de reformas estruturais para melhorar a capacidade do setor transacionável, em especial reduzir a tendência antiga de alocar recursos aos setores não produtivos da economia, oferecendo-lhes “rendas” excessivamente altas e tendo eles pouca concorrência.

Fundo considera que o programa de transformação estrutural está, na verdade, mais focado em cumprir o mínimo e que devia antes estar orientado para conseguir resultados mensuráveis.

Para conseguir superar o baixo crescimento potencial da economia no médio prazo, Portugal tem de atacar estes constrangimentos “com mais energia e propósito”, diz o FMI, que diz que o ímpeto reformista do Governo português em áreas cruciais para a melhoria da competitividade face ao exterior tem estagnado desde que o programa terminou, lembrando o caso do aumento do salário mínimo nacional.

Em segundo lugar, o Fundo considera que o programa de transformação estrutural está, na verdade, mais focado em cumprir o mínimo e que devia antes estar orientado para conseguir resultados mensuráveis e ir ajustando o processo de reformas à medida que estas forem evoluindo.


Acresce, ainda, a necessidade de atacar o elevado endividamento do setor privado. Para o FMI, este problema não tem sido combatido de forma apropriada e está a colocar constrangimentos ao investimento das empresas, a prejudicar a sua produtividade e a colocar recursos em empresas que não são viáveis que podiam ser alocados em empresas viáveis. Uma das partes da resposta a este problema, diz o FMI, pode passar por reestruturação da dívida das empresas, algo que reconhece ser difícil porque vai implicar maiores perdas para os bancos.”

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