Publicado por JoaoMiranda em 11 Novembro, 2008
Onde está a independência intelectual e o espírito crítico dos professores?
Como é que é possível que 100 mil professores adiram a uma mesma manifestação? Não existem divergências de opinião entre eles?
Como é possível que 100 mil professores aceitem ser liderados por um personagem como Mário Nogueira e manipulados indirectamente pelo PCP? Ninguém se demarca? Já agora, Mário Nogueira é professor de quê?
Alguém conhece algum movimento de professores que exija reformas do sistema de ensino e que não seja corporativo?
Existe algum movimento de professores que reconheça os vícios e que critique determinados comportamentos e atitudes dos restantes colegas? Será que esses vícios não existem?
Levantei aqui o caso de um professor que se queixa em público de não conhecer programas que tem que avaliar, quando podia simplesmente lê-los. Porque é que todos os comentadores acham que essa atitude de desleixo é aceitável e normal?
Chamei aqui à atenção para o facto de o sistema de avaliação estar a ser complicado pelos próprios professores e pelas próprias escolas. Creio que só um professor é que reconheceu que as escolas estão mal organizadas e que os próprios professores contribuíram para complicar o processo de avaliação. Porquê? Será que as escolas são organizações exemplares? Não existirão por lá reuniões inúteis, procedimentos desnecessários e trabalho redundante?
Fiquei com a sensação que todos os professores concordam com a ideia de que um professor senior, com redução de tempo lectivo, só tem obrigação de conhecer a sua própria disciplina. A ieia de que a obrigação de um professor sénior é expandir as suas áreas de conhecimento e prestar serviços de coordenação em áreas alargadas é estranha às escolas portuguesas. Acreditam mesmo que é isso que acontece noutras profissões? Isto é, acreditam que, numa empresa, um profissional que sobe na carreira não tem que coordenar áreas de actividade mais abrangentes que aquelas em que se especializou?»
2 comentários:
Perguntas aos profesores. Considero no mínimo tendenciosa a colocação deste "post" nesta página.
Sou professor, não pertenço ao PCP nem sou sindicalizado. Considero-me de personalidade definida e consistente. Sinto-me consciente dos meus direitos e deveres tanto como de profissional como de cidadão que sou. Possuo capacidade de análise e de crítica. Não me considero liderado por ninguém para além de mim próprio. Aderi e aderirei a todas as manifestações que considere terem razão de ser, como teve essa tal.
Fico por aqui. No entanto, para todas as perguntas tenho resposta, respostas óbvias. Mas engana-se quem pensar que tais respostas seriam as esperadas por quem aqui colocou as questões.
Respostas, nem uma.
Os que são, os que dizem que não sãom e os que sendo ou não sendo, são assim, assim, utilizam a dialética do disse mas não disse, para fingir que dizem, mas não só não dizem como não sabem o que dizer.
E ficam-se assim. Assim, pelas meias palavras, pensando que quem os ouve ou quem os lê, é tolo.
Puro engano.
Apenas se estão a enganar a eles próprios.
Cada dia, cada momento que passa, ficam queimados na própria fogueira que ajudaram a acender.
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