Termina esta sexta-feira mais um ciclo anual do ensino básico – do 1º ao 4º ano de escolaridade.
As escolas voltarão a abrir em meados de Setembro.
Feitas as contas, até lá, restam os 10 dias que faltam do mês de Junho, Julho e Agosto completos e metade ou mais de Setembro.
Em dias, serão para aí, algo parecido com mais de 80 dias em que os professores não vão ter qualquer tipo de preocupações, para além de gozarem os seus merecidos 30 dias.
Não falamos nos descontos das Férias de Natal, Páscoa e Carnaval.
Os professores, comparados com muitos dos "seus colegas" da função pública, ganham muito bem.
Para além de ganharem bem, durante cada ano, trabalham muito menos que qaulquer da maioria dos seus colegas.
Bem, já não falamos da responsabilidade de "aturar" os superiores, situação que passa ao lado destes e não daqules.
Muito do dinheiro dos contribuintes esgota-se por aqui sem contrapartidas que aumentem o sucesso dos alunos, pois com tão pouco tempo de aulas, não se pode pensar que os alunos terão possibilidade de aprender algo mais que "o normal".
Não venham dizer que é inveja, como muitos professores pretendem camuflar a falta de argumentos para os diversos ataques que ultimamente têm vindo a ser alvo.
3 comentários:
Já esperava que algo viesse por aí a propósito dos professores. Tenho lido tanta coisa neste blog acerca da classe docente que também me atrevo a deixar aqui algo sobre o que penso sobre o assunto.
É referido neste "post", uma vez mais, a questão do nº de dias que os professores terão como que de férias se trate,«algo parecido com 80 dias» diz o autor do texto, não falando «nos descontos das férias de Natal, Páscoa e Carnaval».
Depois fala da «não responsabilidade de "aturar" os superiores».
Diz ainda que o «dinheiro dos contribuintes se esgota por aqui sem contrapartidas...»
No final tenta "limpar-se" ao sugerir que não é a inveja que o motiva a expressar-se assim.
Caro autor deste "post", como outros o têm feito neste blog, sugiro que se "apetreche" o melhor possível dos conhecimentos necessários sobre o assunto, para evitar falar por falar...
É que sem se ter dado conta tornou-se incongruente, escrevendo sobre o que não sabe.
Então pensa que as férias dos professores correspondem às dos alunos?
Acha que "aturar" os superiores é uma responsabilidade? Os professores "aturam-nos". Não sabia?
E quem é e que quer V.Exª, afinal, não ter superiores a quem deva obedecer e prestar contas? Nesse caso torne-se, Caro Autor do texto, Você mesmo superior. Mas não se esqueça do interessante e muito certo aforismo que o povo criou: «Não sirvas a quem serviu, nem peças a quem pediu». É que o povo ainda o sabe de cor...
Que contrapartidas pretende, afinal? Se calhar é um dos que não as quer. É que as contrapartidas só poderão ser mais educação, mais instrução, mais empenho dos alunos, mais responsabilidade dos respectivos encarregados de educação, mais exigência por parte dos professores, exames a sério e não a "fazer de conta...", etc., etc. Mas isso certamente não lhe interessará, como nisso não estão interessados a ministra da educação e o 1º ministro, totalmente ignorantes nestas áreas (e não só), inventando "novas oportunidades" para enganar toda a gente.
Quanto à inveja a que se refere como uma opinião dos professores sobre quem deles fala, não será mesmo inveja? Pense bem! A não ser que não saiba o que isso seja.
Caro Autor deste "post", creio que tentou salvaguardar a sua posição ao referir-se apenas aos professores do 1º ciclo. É que eu também sou professor, mas do 2º e 3º ciclos do Ensino Básico. E se se virasse para este lado a conversa seria outra...
Mas se pensa que os professores primários gozam de tantos dias de férias e têm altos vencimentos (o que até nem é exactamente assim), acha que a culpa é deles? E os inúteis dos deputados? E a "casta" dos juizes?
Quanto aos profissionais do Ensino primário, pela parte que me toca só tenho uma exigência a fazer: Que ensinem, exijam e não permitam que haja alunos a transitar de ano e sobretudo de ciclo sem estarem devidamente preparados, por forma a que quando chegarem às minhas mãos saibam ler, escrever e interpretar, fazer contas, raciocinar, compreender o que se lhes diz e pede. só assim poderão prosseguir com sucesso a escolaridade obrigatória.
Mas também tenho de reconhecer que o ministério não permite que assim se faça, porque ao contrário do que afirmam os nossos governantes, tenham eles a cor que tiverem, importa um zé-povinho atrasado, para que eles mais facilmente se governem a si próprios.
A defesa dos argumentos dos professores continua igual desde sempre - manter tudo na mesma. Será uma classe profissional que não se quer adaptar?
Querem continuar fechados na sua própria concha, entendendo e dando a entender que só os seus argumentos são válidos, correctos, sérios e honestos?
Porque não contrariam a ideia que são dos trabalhadores melhor pagos deste país?
Que menos responsabilidades assumem directamente sobre a suas hierarquias ( se as há)., etc, etc.
"Classe profissional que não se quer adaptar? Adaptar a quê? Ao "faz de conta"?
A isso não quer, de facto, adaptar-se, mas às exigências dos tempos, no que de positivo essas exigências consubstanciam, sim. Talvez seja mesmo a classe profissional que mais quer andar para diante. O problema é que quem manda, ou melhor, quem desgoverna, não deixa.
"Continuar fechados na sua própria concha"?
Não seja maledicente. Na concha do atraso quer permanecer quem está contra a classe docente!
Os professores "são dos trabalhadores mais bem pagos do país"? Pense bem e não faça comparações indevidas. Se eu trabalhasse numa câmara municipal, num ministério ou numa grande empresa privada, exercendo funções compatíveis com as minhas habilitações académicas e restantes conhecimentos, ganharia muito mais do que ganho como docente e teria, de certeza, menos responsabilidade às minhas costas Não sabia? Então informe-se.
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