Esta noite tivemos um sonho, melhor dito, um pesadelo.
Fomos forçados a um valente beliscão para saber se estavamos ou não a viver um sonho ou a realidade.
Deparámos com a imagem de uns milhares de professores do primeiro ciclo, doentes, suando as estopinhas, andando pelas ruas ou dentro de casa de um compartimento para outro, outros tomando sedativos incontrladamente, pegando no telefone e ligando para familiares e amigos, para ouvir uma palavra de conforto.
O nosso acordar foi assim, como se estivéssemos acabado de estar ao sol abrasador a reparar uma qualquer avaria num camião ou a montar uma máquina numa unidade industrial.
Mas não.
Foi um pesadelo
Momentos antes deste acordar sobressaltado, tinhamos ficado a saber que todo este cenário era fruto do problema que os professores passaram a ter com o trabalho que iriam ter, a estudar, a actualizar, a investigar as matérias e novas soluções pedagógicas para as lições do próximo ano lectivo.
Então ficamos mais contentes. A calmia regressou aos nossos espíritos, mesmo tendo uma licenciatura ou experiência profissional comprovada, sempre é muito melhor trabalhar a recibos verdes, com contratos a termo certo e com o futuro apoiado na base de uma piramide ou num cone invertido do que ter aquela malfadada, ingrata e trabalhosa profissão de professor.
Que sorte para uns e que azar o dos professores.
Voltamos a adormecer profundamente
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