22 junho, 2009

PCP

"ASSIM SE VÊ A FORÇA DO PÊCÊ

É conhecido o interesse estratégico do PCP pleas forças de segurança e pelas magistraturas, sectores onde nos últimos tempos tem beneficiado da preciosa ajuda do PSD que espera beneficiar eleitoralmente da estratégia de terra queimada de Jerónimo de Sousa. Com o poder crescente do fisco é natural que o PCP também se interesse por este sector, todavia, tem tido dois obstáculos, a existência de um sindicato independente fortemente implantado na DGCI e a fraca implantação sindical nos trabalhadores das Alfândegas onde uma comissão de trabalhadores tem substituído a influência sindical.

Mas o fisco não só tem um peso crescente no plano da investigação com, através das bases de dados, tem informação estratégica da maior importância. Com os impostos "blindados" à influência da CGTP restava ao PCP tentar as alfândegas. Derrotado nas eleições para a liderança da CT optaram pela estratégia da sarna, durante meses fizeram a vida negra aos membros da Comissão de trabalhadores, até houve uma personagem que durante meses se armou em defensor oficioso dos trabalhadores, quando não em comissão de trabalhadores oficiosa.

Perante a oposição da CT o sindicato oficial do PCP para o sector chegou ao ridículo de chamar a si a negociação dos vínculos com Governo apesar de entre os trabalhadores das Alfândegas os sindicalizados pouco mais serem do que meis dúzia de gatos pingados. O estatuto oficial permite ao sindicato reporesentar os trabalhadores sem ouvir a opinião destes, orientadno os conflitos segundo os seus objectivos. Chegou mesmo a protestar por o director-geral reunir com a CT em vez do sindicato invocando que a CT, eleita pelos trabalhadores, não ser sua representante.

A partir do momento em que a estratégia da sarna conseguiou levar a maioria da CT à demissão tomaram conta desta, apesar de não representarem a maioria dos trabalhadores e aí sim a CT passou a ser representativa, a reunir com o sindicato e a divulgar os seus documentos. A CT oficiosa desapareceu e o sindicalista (um artista que não cumpre horário mas de forma oportunista recebe subsídios de turno) promoveu rapidamente uma mini reunião de trabalhadores para convocar uma greve de três dias, isso mesmo, três dias pois num mês de subsídio de férias nada como os trabalhadores das Alfândegas para alimentarem o calendário político de Jerónimo de Sousa.

Estes representantes da treta dos trabalhadores sabem muito bem que há negociações em curso e que até há abertura do Governo para encontrar uma solução para os trabalhadores do fisco, solução que só ainda não foi encontrada porque os "betinhos" da DG da Administração Pública são vítimas de uma doença bem nacional, a dor de corno, tudo fazendo para que os trabalhadores da DGCI e DGAIEC percam o estatudo que têm há muitas décadas.

Mas é óbvio que seja na Autoeuropa, nas polícias, nas magistraturas ou nos professores a estratégia do PCP passa pelo conflito, melhor ainda se esse conflito puser fim a qualquer possibilidade de acordo e desembocar em lutas de rua e manifestações ou, como o Mário Nogueira gosta muito, em esperas fascistas a membros do Governo. O que o PCP pretende é o inverso do que desejam os trabalhadores das Alfândegas, que não haja qualqur acordo, que o conflito saia para as ruas, levando os trabalhadores do fisco a substituir os professores e outros grupos profissionais que já se cansaram.

É preciso alimentar o conflito, a bem dos resultados eleitorais do PCP, porque é assim que se vê a força do pêcê!

Não faço greve, nem que Jerónimo de Sousa me endosse o cheque de algumas centenas de euros que me custaria uma greve de três dias com objectivos que apenas servem a estratégia eleitoral do PCP. Mesmo sem lei do financiamento às medidas do PCP a verdade é que a campanha política da CDU é a mais cara do país, só que é suportada pelos trabalhadores que pensando defenderem os seus direitos se deixam cair no regaço de sindicalistas profissionais, como o tal que recebe subsídio de turno (deve ser por fazer turnos entre o sindicato e o partido), que estão mais interessados em cumprir as directivas políticas que recebem do que em defender os trabalhadores." - «In O Jumento»

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