Recordo os meus bons tempos de leitor de jornais diários.
A saudade dos tempos em que só ao Domingo era dia de comprar o jornal.
Nas férias tinha o pr1vilégio de ler o jornal todos os dias. Havia até um folhetim que era lido por muita gente, religiosamente. Recortava-se a folha e guardava-se como se um livro fosse.
Eram dessa altura, o Diário de Notícias e o O Século, os matutinos aqui do Sul, para o Norte, creio que já existiam o 1º de Janeiro e o Jornal de Notícias.
Dos desportivos, recordo A Bola, o Record e o Mundo Desportivo
Pela tarde, lá estavam nas bancas, A Republica, A Capital e o Diário Popular. Cada título com leitores quase sempre fixos.
Havia ainda a assinatura. Os jornais chegavam pelo correio no dia seguinte, sempre a horas.
Os produzidos em Lisboa, quase todos no Bairro Alto, eram distribuidos por carrinhas até ao centro e sul do país. A passagem para a margem sul, fazia-se apenas de barco. Quantas vezes o barco esperava uns minutos para que os "fardos" com os jornais chegassem.
O futebol sempre levantou polémicas e pela segunda-feira de manhã, a venda dos jornais desportivos, aumentava sempre.
Ao tempo a volta a Portugal em bicicleta, alimentava a ansia de saber os resultados e as façanhas em que os ciclistas se tinham empenhado no dia anterior.
Eram os jornais que o lápis da censura de então deixava que existissem, alguns com alguma dificuldade.
Como tudo na vida se transforma, os então jornais generalistas, embora tendo um enorme peso na informação, passaram a especializar-se cada vez mais. Existem titulos para todos os gostos e actividades.
Os de "borla", lutam entre si e contra os outros, para apresentar os indicativos do que é mais lido.
Aqui fica a referência.
Este que tenho à minha frente é lido por, exactamente 774 mil leitores, nem mais um, nem menos um.
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