Seixal merece uma visita.
Para os Lisboetas, o barco, com saída mesmo no centro da urbe, na sua zona antiga, fica mesmo a calhar. O mesmo acontece para quem quiser fazer o passeio de autocarro.
A zona ribeirinha até à Arrentela e próximo da Torre da Marinha, que rodeia a sua baía, está toda recuperada, ajardinada e povoada com uma centenas de árvores que lhe dão um lindo aspecto. Não fora a forte nortada e o céu ligeiramente nublado e ontem teria sido um óptimo dia para o efeito.
Pela tarde, com a maré cheia, a baía apresentava um enorme lago, tingido com o espelhar saltitante das ondas impelidas por um vento forte e frio que soprava de Norte, onde ao fundo do horizonte a cidade grande de Lisboa se via em tons de cinzento.
Na zona antiga da cidade, são inúmeras as marcas da decadência da sua vida quatidiana. Lojas devolutas, casas de habitação degradadas e por habitar, embora se possa verificar que a limpeza urbana existe e faz-se notar.
As antigas instalações de uma das maiores fábricas de transformação de cortiça deste nosso país, a Mundet, lá continuam, como cartão de apresentação duma indústria que por aquelas paragens desde há muito que deixou de existir.
Por lá existem uns quantos restaurantes e outras tantas esplanadas viradas pra a baía que servirão certamente uns bons petiscos a quem quiser por lá "matar a fome".
Não muito longe da estação fluvial, que tem um enorme parque de estacionamento, está uma sucursal da "Catedral da Luz", ou seja, as instalações de treinos e jogos do Glorioso Sport Lisboa e Benfica, embora se saiba que muitos dos seixalenses, são devotos dos Belenenses
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