Será que todos os que querem ser professores, os "contribuintes" tem que lhes pagar os vencimentos?
Pelo menos
11 800 docentes têm lugar garantido,
pois já pertencem aos quadros, mas ainda não ficaram colocados.
Com base na previsão do Governo, 27 mil dos candidatos a um lugar de quadro devem ficar de fora, mesmo na 2ª fase, uma vez que a tutela só prevê a contratação de 38 mil dos 65 mil que pretendiam dar aulas no Estado.
Dos contratados, entre oito e dez mil devem ficar ligados às escolas durante quatro anos.
8 comentários:
QUE PERGUNTA ESTÚPIDA!!!!
Se eu fosse professora respondia-lhe, mesmo que não valesse apena.
A pergunta a negrito é, como disse a autora do anterior comentário, estúpida, no mínimo, porque me apetecia qualificá-la de outro modo.
Não deixo, porém, de afirmar que não é professor quem quer, mas quem pode e tem vocação para isso. E, quer queiramos quer não, são os contribuintes que lhes pagam. Ou querem que trabalhem de graça?
Em vez de andarem por aí a dizer asneiras acerca desses profissionais, deviam era estar contentes por terem quem os ensine a ser gente!
Prosseguindo: Quem pôs aqui a notícia, pelos vistos não sabe do que fala. O próprio texto é contraditório, confunde contratados com efectivos. Diz que pelo menos 11.800 docentes têm lugar garantido pois já pertencem aos quadros... Notícia falaciosa que só tenta enganar quem passar por este blog. Até parece que 11.800 professores tenham efectivado neste consurso, concurso que, segundo me é dado observar, não passou de mais uma aldrabice para tentar enganar toda a gente.
É que dos 11.800 docentes referidos, a grande maioria já era do quadro, apenas mudou de escola.
Entrar para os quadros, só uma pequeníssima percentagem o conseguiu, muito menos do que aqueles que deixaram os seus lugares por se terem aposentado.
Isto é justo? Não, isto é só mais uma das aldrabices do ministério da educação, como aldrabice, ou vigarice, melhor dizendo, é a história da estabilidade dos professores ao terem de ficarem 4 anos na mesma escola, ou seja: quem é de Estarreja e fique colocado, como efectivo ou contratado, numa escola de Castelo de Vide, tem de lá ficar 4 anos sem poder candidatar-se mais cedo a uma escola mais próxima de sua casa. Isto é bom para as escolas e para os professores e para as famílias dos professores? Responda quem for capaz.
Esta manhã recebi, na minha empresa um Amigo que é professor há já uma dúzia de anos. Não é do quadro, apesar de fezer falta nas escolas da sua área por lá ter andado desde início da sua carreira.
De acordo com os resultados já conhecidos deste pseudoconcurso, não ficou colocado como efectivo. Provavelmente ficará, uma vez mais, na 2ª fase do concurso, mas como contratado. Deste modo, só quando tiver 16 anos de carreira poderá candidatar-se de novo a um lugar do quadro. DEZASSEIS ANOS de carreira!
Tenho de reconhecer que o meu Amigo tem razão quando discorda das políticas do ministério. Só por isto tenho de ficar do lado dos professores.
Veio este meu Amigo pedir-me trabalho, confiante, porque sabe que aqui poderia exercer funções compatíveis com a sua formação universitária, uma vez que os 210 (ou 213?) contos, (ainda me ajeito a falar em moeda antiga) que leva para casa em cada mês é um pouco ou mesmo bastante menos do que levam alguns dos meus colaboradores. DUZENTOS E TREZE CONTOS para um licenciado que tem de fazer uma vida adequada à sua profissão, de gastar dinheiro em livros, de crescer culturalmente, enfim... é muito pouco. Pobre de mim se só ganhasse isso!
Fiquei aparvalhado, confesso, pois estava convencido de que a situação dos professores era diferente.
Afinal os professores têm razão!
E pena tenho eu de, no momento, não poder ajudar um bom Amigo. Mas o seu pedido ficou registado, e na primeira oportunidade aqui o terei.
Ao mesmo tempo tenho de lamentar que pessoas, profissionais, cidadãos como ele não sejam acarinhadas como merecem. O Estado devia beijar-lhes os pés.
Mas em Portugal é assim. Até eu tenho queixa de quem nos governa.
Desde quando é que este sistema está implantado?
Convem recordar a estes arautos da verdade suprema, o seguinte. já lá vão uns anos e era uma bagunça no inicio de cada ano. Mentira. Claro que o Bom é inimigo do óptimo, em especial para quem, só saber dizer mal.
Este é o Portugal que temos.
Portugal dos Pequenitos
A propósito, o texto é cópia de um jornal diário como podem constatar, seguindo o link. E agora?
Não importa qual a origem do texto. Mas as regras exigem a menção das fontes.
Acabo de ser informado pelo meu amigo, a quem esta manhã fui pedir trabalho, do comentário que ele aqui deixara depois da conversa que tivemos. Obrigado F.R. pelas tuas palavras.
Agora sou eu que aqui coloco, pela primeira vez, alguns dados, para quem passar por este sítio saiba um pouco mais sobre quem temos a governar-nos.
Só ingressaram nos quadros de escolas e agrupamentos escolares 417 profissionais, digo QUATROCENTOS E DEZASSETE.
No entanto, nestes três últimos anos foram milhares os docentes que se aposentaram.
Dos que entraram agora, o maior número - 189 - é para ensinar espanhol. Não sei se serão mesmo espanhóis?! A seguir - 84 - para informática. Depois - 39 - para Educação Moral...; e 27 para electrotecnia.
Os restantes - 178 - distribuem-se pelas disciplinas de onde saiu o maior número para aposentação.
Dá para compreender? Claro que dá... Eu próprio, que tenho muita pouca gente à minha frente, fiquei de fora, como quase todos os que me antecedem em termos de graduação. Porquê?
É simples: é que o dinheiro que não nos pagam, por sermos contratados, vai parar ao bolso dessa corja que nada produz, vivendo à custa de quem luta para sobreviver. Mas lá chegará o dia em que as contas se acertarão...
ADENDA AO ÚLTIMO COMENTÁRIO
Soube agora que no 2º ciclo do ensino básico, a que tenho estado afecto há doze anos, só entraram para os quadros professores de Educação Moral e Religiosa Católica. Mas conheço muita gente das outras áreas disciplinares do mesmo ciclo que se aposentaram nos últimos três anos.
Por isso as turmas aumentam em nº de alunos, tornando cada vez mais difícil o trabalho dos professores que, em vez de poderem ensinar, são obrigados a passar de ano mesmo quem não tenha adquirido os conhecimento mínimos, sob pena de sofrerem penalizações.
Haver trabalho, é bom, haver emprego é bem melhor.
Se for ao virar da esquina, então é óptimo.
Quando os professores abraçaram a profissão, desde há muito que sabiam o que lhes podia acontecer.
Foram picados pelo bichinho da contestação quando lhes começaram a exigir mais trabalho e seriedade.
Então, agora, mesmo que os defeitos já tenham anos, tudo está mal.
Caríssimo, não misture as coisas. Para mim trabalho e emprego sempre foram a mesma coisa. Eu entendo-o bem, sei aonde quer chegar, porque decerto é um dos que têm emprego.
Quando abracei a profissão, sabia que iria encontrar pela frente dificuldades, quem não as encontra? Sempre procurei resolvê-las e tenho conseguido.
Mas a questão é outra. Não entendeu? Eu explico: Tenho cerca de uma dúzia de lugares à minha espera em escolas que de bom grado me recebiam para entrar nos seus quadros. Mas não ocupo nenhum desses lugares para que o Estado não me pague o que mereço. É só isto!
Quanto à exigência de mais trabalho, isso é uma falsa questão levantada por certos detractores com a finalidade de confundir a opinião pública. Aquilo que o Ministério tenta fazer não é dar mais trabalho aos professores. Eu sempre trabalhei muito, às vezes muito mesmo. O que o Ministério está a fazer é tentar conseguir que o nosso trabalho não dê frutos, se transforme em falsa actividade, como a da própria ministra e seus colaboradores directos. Aliás tudo o que este governo tem feito é nessa base. Como alguém já disse aí para trás, num comentário antigo que descobri, eles sabem bem que num país de néscios é bem mais fácil comerem à custa dos seus súbditos.
Por isso não lhes interessa que os professores trabalhem, ensinem, instruam, eduquem, enfim, contribuam para o engrandecimento de Portugal.
Ainda não cheguei aos 40 anos de idade. Se um dia me virar para a política... Ah Portugal, Portugal!
A reviravolta será total! Mas não me julgue "salvador de pátrias", à moda antiga, porque isso não serei.
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