Pobreza diminuiu
São os números que o indicam
«José Sócrates considera que os dados oficiais provam que as desigualdades e a pobreza se reduziram em Portugal na última legislatura e que 120 mil idosos saíram da pobreza. «Cada vez que o PS passa pelo Governo a sociedade portuguesa fica com menos pobres e com menores desigualdades sociais porque há melhores políticas sociais no país», afirmou, citado pela agência Lusa.
Segundo o primeiro-ministro, a taxa de pobreza em Portugal era de 20 por cento no início da legislatura, em 2005 mas reduziu-se agora para 18 por cento. «Na comparação entre os 20 por cento mais ricos e os 20 por cento mais pobres, esse indicador desceu para níveis muito significativos. O nível de 2008 era de 6,1, quando em 2005 era de 6,9. Quer no respeita à pobreza, quer no que respeita às desigualdades, estes números são os menores desde 1995».
Sócrates considera que houve nesta legislatura uma «redução das desigualdades e da pobreza em Portugal». «Isto não aconteceu por acaso. Aconteceu porque houve um esforço do Estado ao nível da redistribuição e da justiça social», afirmou.
«A taxa de pobreza nas pessoas com mais de 65 anos era de 29 por cento em 2004. Neste momento é de 22 por cento, o que significa que houve uma redução de sete por cento. Temos consciência que a acção política deste Governo, com as transferências sociais que foi possível efectuar, retirou da pobreza mais de 120 mil idosos», disse.
José Sócrates passou depois ao ataque às forças da oposição, acusando-as de faltarem à verdade quando diziam que as desigualdades e a pobreza estavam a aumentar. «De uma vez por todas que cesse a demagogia e o embuste», declarou Sócrates.
«Aprendam com a história»
Sócrates apelou ainda aos eleitores de esquerda que «aprendam a lição da História» e lembrou que a fraqueza do PS resultou sempre em governos de direita em Portugal.
perante militantes do PS da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL), Sócrates defendeu que: «Está em jogo quem vai governar e só há duas forças que podem governar: ou o PS ou a direita, essa é a escolha».»
1 comentário:
SER OU NÃO SER POBRE...
A comparação entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres não passa de um truque, de uma habilidade para que os resultados a encontrar sejam os pretendidos.
É que essa habilidade aproxima, de facto, as situações, atendendo à média em cada uma das percentagens.
Só que os verdadeiros ricos são uma escassa minoria, enquanto o número de pobres aumenta a cada dia que passa.
Não estou a querer dizer que o governo é o culpado por haver mais pobres, até porque, muitas vezes, os pobres são-no por incapacidade de governarem a sua própria casa, a sua vida.
Mas o governo, as leis, o Estado são coniventes com o aumento da riqueza dessa tal minoria de bem instalados na vida. Disso não restam dúvidas.
De resto não parece difícil de compreender por que é que a imobiliária mais cara, os automóveis topo de gama e outros bens de alto custo continuam a ter clientela, ao mesmo tempo que os bancos alimentares fazem cada vez mais esforços para valerem a quem precisa e os refeitórios de caridade estão cada vez mais cheios.
Sobre o governo, ainda há pormenores que se ligam ao modo da actual governação neste domínio que denotam injustiças flagrantes:
1º - subsídios gratuitos a quem nunca descontou um centavo ou um cêntimo para a segurança social muito superiores a reformas de quem descontou 15, 20 ou 30 anos para o efeito.
2º - Subsídios ditos de inserção social ou de "rendimento mínimo garantido" a quem não quer trabalhar, mas anda de carro e de cigarro na boca, de café em café, enquanto muita gente anda por aí a sujeitar-se a qualquer trabalho, mesmo fora das sua área de conhecimentos, a ganharem muito menos do que os que recebem tais subsídios.
3º - Subsídios de desemprego a quem não aceita certas actividades, mas vai trabalhando clandestinamente, "ganhando a dois carrinhos".
4º - Subsídios de renda de casa atribuídos a quem vive com os pais em casa própria.
5º - Subsídios a familiares que cuidam dos seus idosos, sendo estes idosos ricos, com milhares de contos no banco, que podem muito bem, nestes casos, eles mesmos substituir-se ao Estado.
6º Subsídos no âmbito da escolaridade obrigatória para filhos de ricos, enquanto os de outros, pobres, mas trabalhadores por conta de outrem, não têm direito a nada.
Poderia continuar, mas não quero ser fastidioso.
Será isto justiça?
Reflectirá isto boa governação nestes domínios?
Claro que os governantes podem não ter exacto conhecimento destes casos. Mas em vez de criarem ASAEs com algumas das suas competências a não serem legítimas, que crie inspectores, fiscais ou outras entidades que estejam atentas às injustiças que, por querer ou sem querer, o governo tem cometido, para que eu não chore os impostos exorbitantes a que não posso fugir, sendo eu quase pobre.
Cidadão atento.
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