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COMENTADORES A CRISE E AS PENSÕES
- A guerra da informação
vista da trincheira
dos explorados
vista da trincheira
dos explorados
Tudo aquilo que provoque reflexão, análise, crítica, indignação ou revolta – ainda que plenamente justificadas – é banido dos grandes meios de comunicação social. O controlo da informação substitui, nas chamadas democracias, a polícia política e a censura das velhas ditaduras. E de forma muito mais barata e eficaz. Estupidificar o povo, em vez de agredi-lo, é a melhor maneira de o submeter.
O império dos comentadores da TV
Não há crise para quem a comenta
«O império dos comentadores onde quem manda são os políticos» é o título de artigo no Público, que contém alguns números estonteantes.
Para começar este: «Se aos quatro canais generalistas se juntarem os canais de informação portugueses no cabo (RTP Informação, SIC Notícias e TVI24), é possível assistir a 69 horas de comentário político por semana. O equivalente a quase três dias completos em frente à televisão.» Que ninguém se queixe de falta de interesse das televisões pela política: mais do que isto, só futebol!
Dos 97 comentadores com presença semanal na televisão, 60 são actuais ou ex-políticos. Sem espanto, em termos de número de comentadores, o primeiro lugar do pódio é ocupado pelo PSD, seguido pelo PS e pelo CDS. E embora o PCP tenha mais deputados na Assembleia da República do que o Bloco, este está quantitativamente melhor representado.
Mas os números de facto impressionantes, se verdadeiros, são alguns (poucos) que são divulgados quanto à maquia que estes senhores levam para casa. E se não me suscita qualquer aplauso o facto de José Sócrates ter querido falar pro bono na RTP, considero um verdadeiro escândalo que Marcelo Rebelo de Sousa ganhe 10.000 euros / mês (mais do que 20 salários mínimos por pouco mais de meia hora por semana a dizer umas lérias), Manuela Ferreira Leite metade disso e que Marques Mendes tenha preferido passar para a SIC por esta estação ter subido a parada da TVI que só lhe propunha 7.000. Claro que estamos a falar de estações privadas, em guerras de concorrência. Mas algo de muito estranho e esquizofrénico se passa num país quando o valor de mercado destes senhores é deste calibre. Estaremos em crise, mas comentá-la compensa e recompensa ? E de que maneira!
Pergunta-se:
- Se a maioria já teve – ou tem – altas responsabilidades governativas ou partidárias, por que carga de água é que sabe, do pé para a mão, como resolver os problemas nacionais?
- Será que ninguém percebe que o que estão está a fazer é criar uma falsa ilusão de debate e esclarecimento, que esconde o grande propósito dos seus comentários: manter ostatus do actual sistema político, económico e (anti)social, como se ele não fosse o grande responsável por tudo aquilo que nos está a cair em cima? Que é tudo puro ilusionismo?
ainda mais qualquer coisa
À semelhança dos debates políticos, também os programas desportivos (trio de ataque, o dia seguinte, prolongamento, contra golpe, etc.) têm comentadores que defendem interesses próprios e da sua seita, a par de interesses instalados. Análises honestas e isentas, tal como nos comentários políticos (partidários), é coisa que não existe.
Para além disso, a maioria dos comentadores estrategicamente colocados auferem uma média de 1.250 euros por programa de uma hora, ou seja, 5.000 euros por mês.
Não há crise para quem a comenta
«O império dos comentadores onde quem manda são os políticos» é o título de artigo no Público, que contém alguns números estonteantes.
Para começar este: «Se aos quatro canais generalistas se juntarem os canais de informação portugueses no cabo (RTP Informação, SIC Notícias e TVI24), é possível assistir a 69 horas de comentário político por semana. O equivalente a quase três dias completos em frente à televisão.» Que ninguém se queixe de falta de interesse das televisões pela política: mais do que isto, só futebol!
Dos 97 comentadores com presença semanal na televisão, 60 são actuais ou ex-políticos. Sem espanto, em termos de número de comentadores, o primeiro lugar do pódio é ocupado pelo PSD, seguido pelo PS e pelo CDS. E embora o PCP tenha mais deputados na Assembleia da República do que o Bloco, este está quantitativamente melhor representado.
Mas os números de facto impressionantes, se verdadeiros, são alguns (poucos) que são divulgados quanto à maquia que estes senhores levam para casa. E se não me suscita qualquer aplauso o facto de José Sócrates ter querido falar pro bono na RTP, considero um verdadeiro escândalo que Marcelo Rebelo de Sousa ganhe 10.000 euros / mês (mais do que 20 salários mínimos por pouco mais de meia hora por semana a dizer umas lérias), Manuela Ferreira Leite metade disso e que Marques Mendes tenha preferido passar para a SIC por esta estação ter subido a parada da TVI que só lhe propunha 7.000. Claro que estamos a falar de estações privadas, em guerras de concorrência. Mas algo de muito estranho e esquizofrénico se passa num país quando o valor de mercado destes senhores é deste calibre. Estaremos em crise, mas comentá-la compensa e recompensa ? E de que maneira!
Pergunta-se:
- Se a maioria já teve – ou tem – altas responsabilidades governativas ou partidárias, por que carga de água é que sabe, do pé para a mão, como resolver os problemas nacionais?
- Será que ninguém percebe que o que estão está a fazer é criar uma falsa ilusão de debate e esclarecimento, que esconde o grande propósito dos seus comentários: manter ostatus do actual sistema político, económico e (anti)social, como se ele não fosse o grande responsável por tudo aquilo que nos está a cair em cima? Que é tudo puro ilusionismo?
ainda mais qualquer coisa
À semelhança dos debates políticos, também os programas desportivos (trio de ataque, o dia seguinte, prolongamento, contra golpe, etc.) têm comentadores que defendem interesses próprios e da sua seita, a par de interesses instalados. Análises honestas e isentas, tal como nos comentários políticos (partidários), é coisa que não existe.
Para além disso, a maioria dos comentadores estrategicamente colocados auferem uma média de 1.250 euros por programa de uma hora, ou seja, 5.000 euros por mês.
O Tribunal Constitucional alemão considera que as reformas são um direito dos trabalhadores idêntico à detenção de uma propriedade privada, cujo valor não pode ser alterado. Tribunal Europeu dos Direitos do Homem segue a mesma linha.
O Tribunal Constitucional alemão equiparou as pensões à propriedade, pelos que os governos não podem alterá-las retroactivamente. A Constituição alemã, aprovada em 1949, não tem qualquer referência aos direitos sociais, pelo que os juízes acabaram por integrá-los na figura jurídica do direito à propriedade. A tese alemã considera que o direito à pensão e ao seu montante são idênticos a uma propriedade privada que foi construída ao longo dos anos pela entrega ao Estado de valores que depois têm direito a receber quando se reformam. Como tal, não se trata de um subsídio nem de uma benesse, e se o Estado quiser reduzir ou eliminar este direito está a restringir o direito à propriedade. Este entendimento acabou por ser acolhido pelo Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
Seguindo esta filosofia, taxar de forma continuada uma pensão, de forma a reduzi-la, de facto, para além de ser uma habilidade, configura uma imoral e desumana violação dos direitos humanos.
Risco de perda de pensões é bem real. A iniciativa partiu de Victor Gaspar, ou seja, do PSD. Victor Gaspar , e António José Seguro ainda não exigiu a revogação da medida.
De facto, está em curso o roubo da Segurança Social, através dos fundos depositados pelos trabalhadores e entidades patronais e geridos pelo IGFSS. Neste momento, 40% desses fundos estão aplicados em dívida pública portuguesa. E o Victor Gaspar, como presente de saída, deixou o diploma que vai autorizar – ou melhor, vai obrigar – o IGFSS a vender 50% aplicados noutros fundos e comprar mais dívida pública portuguesa.
Ou seja, 90% do dinheiro que entregámos ao Estado para gerir as nossas reformas, vai passar a ser garantido por dívida pública de Portugal.
Ou seja, em caso de perdão da dívida… lá se vai a massa. Nada mal pensado.
Se esta decisão se fosse tomada por um gestor de uma seguradora, seria motivo para processo judicial, dado que, como se sabe, as reservas das seguradoras – garantia do cumprimento das suas obrigações – têm regras rígidas de aplicação. E são fiscalizadas pelo ISP.
Aliás, qualquer economista, logo no 1.º ano, aprende que aplicar 90% de reservas de garantia no mesmo produto, qualquer que ele seja, é suicídio económico. E em dívida pública na actual situação, pior ainda.
Na verdade, tudo isto acontece porque os políticos portugueses e Europeus, “SABEM” que o Povo Português é de uma ignorância e passividade à prova de bala.
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