Na passada Sexta-feira, dia 12 de Setembro, foi publicado em Diário da República a Lei nº 75/2014, diploma que faz com que os cortes salariais da Função Pública tenham entrado em vigor no Sábado. Esta Lei reintroduz cortes de 3,5% a 10% para salários superiores a 1500€. Os partidos que suportam o governo (PSD/CDS) aprovaram no passado dia 2 de Setembro as reduções aplicáveis a partir dos 1500€ até Dezembro de 2015, a única versão autorizada pelo Tribunal Constitucional, que vetou a aplicação desta medida até 2017. A aplicação destes cortes salariais na Função Pública esteve dependente da decisão do Presidente da República e comandante supremo das Forças Armadas.
Curiosamente esta lei é publicada em Diário da República no mesmo dia em que, em Peniche, numa intervenção na "escola de quadros" do CDS-PP, o Professor Adriano Moreira desafiou os jovens centristas a dirigirem um manifesto à ministra das Finanças lembrando que o fundador da nacionalidade, D. Afonso Henriques, não pagou ao Papa as onças em ouro que lhe prometeu. Na sua intervenção criticou ainda os "incitamentos à separação entre velhos e novos, entre funcionários públicos e trabalhadores privados, sobretudo, entre ricos e pobres" pois, no seu entender é isso que "impede muito daquilo que hoje se chama de uma maneira muito eloquente o consenso", quando, como também afirmou "é tao fácil descobrir qual é o problema essencial hoje dos portugueses, para os unir: é pão na mesa e trabalho, esta coisa simples", contrariando os arautos do regime quando considerou que a melhoria de indicadores não mostra uma verdadeira melhoria das condições de vida.
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