23 setembro, 2012

GOVERNO, vai-te embora

A informática tem destas coisas.
Escrevo sempre ao correr da pena, tenho preguiça e não gosto de rever
aquilo que escrevo. O que ficou escrito ficou escrito e já está. É o
fruto do meu pensamento mais intimo naquele momento. Não é a primeira
vez que acontece, mas o Facebook deixou de responder quando estava
mesmo na parte final do "O que estás a pensar" e lá se foram as minhas
palavras rabiscadas ao saber da inspiração do momento. Claro que tenho
a ideia do que escrevi, mas não vai sair a prosa igual à de então.
Todavia aqui fica um esforço para que aquilo que pensei e escrevi
fique próximo do que se perdeu.
Nos dias de hoje, já se nota que os mais acérrimos defensores deste
actual Primeiro Ministro e do Governo, estão no terreiro para a sua
defesa. Lamentavelmente vão utilizando argumentos que em nada fazem
ocultar a verdade da péssima governação que temos assistido.
Este Governo, dirigido, temos dúvidas aí, mas passemos por cima deste
conceito, por um Primeiro Ministro mentiroso quando das eleições e que
lamentavelmente continua a mentir a cada momento, tem deixado o país
pelas ruas da amargura. As sua políticas, que agora muito apaniguados
querem fazer ocultar e camuflar com argumentos falaciosos, fizeram com
que o país esteja bem pior de que quando da aplicação das receitas da
troika.
Aquele velho ditado de que não há pior cego do que aquele que não quer
ver, aplica-se aqui perfeitamente.
E, não vale, o argumento de que a responsabilidade é toda do ou dos
governos anteriores, deste ou daquele primeiro ministro, pois, será
bom recordar que o actual Primeiro Ministro, para argumentar a sua
campanha eleitoral, pediu o conselho aos mais eminentes econo0mistas
do seu partido e estes lhes garantiram que com o PSD a governar tudo
seriam facilidades - nada de aumento de impostos, cortes de pensões,
etc, etc.
O que aconteceu, todos já o sabemos - Passos Coelho mentiu e quando
chegou ao Governo, pôs em prática tudo ao contra´rio que tinha
prometido.
Hoje, face ao descalabro da economia, à miséria que grassa por todo o
país, aos milhares de desempregados que esta política tem produzido,
com o apoio e a conivência da troika, que apenas quer ver de regresso
o capital e os juros astronómicos que nos está a cobrar, sente-se que
o Governo não sabe o que fazer, os ministros, apenas pensaram em
exportar pastéis de nata ou aliviar a factura da energia nos
ministérios,reduzindo as vestes no verão e no inverno, levar uns
cobertores para não se aumentar as verbas da energia com o
aquecimento.
Hoje que não há ministro ou secretário de Estado que não seja vaiado e
apupado a cada saída, passou a sentir-se, aquilo que estava reprimido
no intimo da maioria dos portugueses,à flor da sua pele - a
contestação, a revolta e a ira contra aqueles que os tem enganado e
colocado na miséria. mais grave, porque sentem que os governantes não
querem mudar de rumo, antes procurando a cada momento continuar a
abusar das mesmas políticas.
A revolta popular teve o seu ponto alto na maior manifestação popular
havida em Portugal após o 1º de maio de 1974, aí, o governo tremeu.
Tremeu o Governo e tremeu Cavaco Silva, pois para este, o remanso da
Quinta da Coelha, de Belém ou das suas visitas de estado pelo país,
também passaram a ser alvo de contestação.
Tudo isto é grave, mas mais grave vai passar a ser. Não faltará muito
tempo para que não haja ministro na rua, em fábrica ou Universidade.
Vão ficar re3duzidos a despachar nos seus gabinetes e talves até, com
umas unidades especiais da polícia à porta dos ministérios e das suas
residências.
A culpa não será do Povo, será isso sim daqueles que os tem enganado a
cada dia e que os querem continuar a enganar.
Cavaco Silva, que tanto falou quando do governo anterior, hoje, pouco
ou nada fala. Tem remorsos, problemas de consciência? Não cremos.
Tem isso sim, aquilo a que vulgarmente chamamos de "culpas no
cartório" Hoje, não tem moral para falar muito.
A última prova do seu desespero e da sua fragilidade como político,
foi a convocação do Conselho de Estado. Nada foi produzido, Cavaco
ficou a saber que os milhares de portugueses que tiveram a paciência
de estar em Belém, lhe levaram o recado de que quase tudo está mal
neste país e que ele também é responsável por grande parte desta
actual situação.
Não vai ser nada fácil sair desta desgovernação, com "pitinhos" destes
a presidir ao Governo e fazerem parte dele, não se augura um final
feliz para a maioria dos portugueses.
Passos Coelho, aconselhou os portugueses a emigrarem, hoje talvez seja
bom que oiça o que os portugueses lhe estão dizer: que emigre de S
Bento, para Massamá, o que já seria muito bom.
Hoje, aqueles que fazem a sua defesa, utilizando os argumento mais
disparatados e mal urdidos, que não se esqueçam que a paciência tem
limites e que a velha máxima de Pinheiro de Azevedo quando disse "o
Povo é sereno", pode a qualquer momento se alterar.
Já não faltará muito

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