A doença terminal de Fernando Nobre consiste numa infecção que em política é incurável: a contradição. Se rectificar – reduzir algo à dimensão exacta que deve ter – é de sábios, contradizer-se – afirmação e negação que se opõem e reciprocamente se destroem – é de tolos. E Nobre não rectificou todas as suas opiniões sobre a política, os políticos e os partidos: a sua candidatura ao parlamento (em forma e conteúdo) contradiz as posições anteriores; e, com a mesma falta de jeito com que as publicitava, adere agora às actuais (leiam-se e ouçam-se as entrevistas). Nobre é já um cadáver político. Requiescat in pace.
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