Cada vez mais chega à lembrança alguns títulos de jornais dos anos sessenta e setenta.
Mesmo com a censura sempre pronta, existia uma casta de jornalistas que mereciam o respeito e a admiração dos leitores.
Os antigos títulos do Diário de Lisboa, Popular, Capital e República, o Século e o Diário de Notícias, tinham o crédito e o respeito dos seus assíduos leitores.
Hoje os títulos dos jornais, pouco mais servem do que vender papel a preço de notícia ou opinião.
Movimentam-se esses jornais, debaixo dos interesses comerciais mais imediatos de alguns grupos financeiros e até políticos.
Os operários dessa fábrica de factos e notícias, os ditos jornalistas, servos vendidos como Judas a interesses politicos e mercantilistas, tem vindo a contribuir para o minar dos principais alicerces da democracia.
Querem ser e são, na maioria das situações, os senhores poderosos da verdade pura, permitindo-se acolitar sob a capa do seu estatuto para a denúncia sem escrupulos de todo o tipo de situações que não são "obrigados" a provar.
O triste espectáculo que temos vindo a observar na Ass da Republica, na dita Comissão de Ética, não passa do espelho que reflecte o estado a que chegou a democracia representada por deputados que se sujeitam a observar a palhaçada que tem sido dada pelos diversos personagem que por lá estão a passar. O descrédito está implantado.
Exemplos como o de um jornalista que se diz honesto e respeitado que leva uma "camisa de dormir" para mostrar ou um outro que afirma que sofreu diversas pressões há anos atrás e que só agora as denuncia, ou outro que diz que sofreu igualmente há tempos atrás a "asfixia" financeira, nada provando, que créditos merecem.
Que se finem os jornais e os jornalistas.
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