"O Magalhães foi uma pedrada no charco no mundo educativo. É inquestionável a mais-valia e o potencial desta ferramenta tecnológica. Depois do ano de lançamento nas escolas portuguesas, é tempo de aprofundar o conceito educativo que lhe está subjacente: modernizar o modelo de aprendizagem usando as novas tecnologias." (Oje)
7 comentários:
Uma maravilha! Com o "magalhães" computador os alunos vão ficar a saber bem a tabuada, a língua de Camões, resolver problemas bicudos, a serem verdadeiros geómetras, desenvolverem a capacidade de discernimento, etc. etc.
Finalmente Portugal inverterá a sua caminhada...
Francamente! Ganhem juízo que já têm idade parea isso!
MFCS
Os apaixonados pelos tempos da "pedra lascada" continuam a usar em suas casas os candeeiros a petróleo, lavar a roupa à mão e utilizam a chaminé para com lumr de lenha cozinhar as refeições.
A propósito, será que não usam telemóvel? Ou usam uma "galena" para ouvir as notícias?
É obvio que o Magalhães não vem resolver todos os problemas de ensino, MAS sem duvida permite a muitas crianças terem acesso a um computador de uma forma mais económica e iram desbravando o mundo das novas tecnologias.
foi uma ideia bem SUCEDIDA!!
Sobre o "Magalhães" "Colombos" ou "Gamas", a questão que levanto é:
um computador é um brinquedo ou uma peça de ferramenta?
Se é um brinquedo, tudo bem. Até os adultos gostam de brincar e não vejo nenhum mal nisso. Mas é um brinquedo estranho e de duvidosa utilidade que, ao contrário dos brinquedos do meu tempo de criança, não favorecem o imaginário da nossa catraiada. É algo que está feito,friamente elaborado, de onde se aproveita o que os outros querem ou permitem.
No meu tempo, quem não tinha acesso a brinquedos, como eu, tentava construí-los, e às vezes saíam coisas fantásticas. Foi essa gente que cresceu criando, imaginendo,inventando. Foi essa gente que, pior ou melhor, construiu o país, trabalhando e goistando do seu trabalho. Foi essa gente que ganhou afeição, amor, às coisas do seu mundo.
Ainda hoje, se vejo um desses brinquedos produzidos em madeira ou em chapa, eu,que já sou velho, procuro adquiri-lo. Ali, em Évora, os encontro, às vezes. Parece que são feitos lá para cima, no Norte. E como me sinto feliz por poder ter o que no tempo certo não pude.
Porém, não vejo nem sinto no brinquedo computador nada que faça uma criança sonhar, que a prenda à beleza natural da vida.
CONTINUA
CONTINUAÇÃO
Mas se o computador é uma peça de ferramenta, e para mim é, um instrumento de trabalho de extraordinária importância, não faz sentido que a criança faça uso dele, sob pena de entrarmos em contradição se tivermos em conta os direitos dos mais novos.
Ora as ferramentas são e devem ser usadas por quem trabalha. Logo tal ponto de vista, que está correcto, pode levar-nos até ao tão repudiado trabalho infantil.. Não necessariamente àquelas funções para ou por conta de certas empresas,o que infelizmente acontece assustadoramente por esse mundo fora, mas simplesmente a certas ocupações que eu diria pedagógicas, em casa ou no campo, ajudando os pais nos afazeres domésticos ou nas lidas da lavoura familiar, onde cedo começam a compreender que a vida nem sempre é fácil. Ou mesmo na escola, onde a pretexto de aquisição de certas competências, em actividades curriculares ou fora delas, os alunos podem ser chamados a colaborar.
No caso do trabalho doméstico, há sempre quem não concorde com tal "sacrifício". No exemplo das ocupações na escola, muitas vezes são os próprios encarregados de educação a impedirem que os seus educandos correspondam às actividades programadas, com o argumento de que se trata de trabalho infantil.
Então é de perguntar se um computador na mão de uma criança é ou não uma peça de ferramenta.
Não posso ser contra o facto de os jovens trabalharem com computadores. Mas na altura certa, quando o nível de escolaridade e as perspectivas de vida tal impliquem.
Um computador não vê, não ouve e sobretudo não pensa. Há, pois, primeiro, que preparar a gente nova nos vários domínios do saber da vida, onde o pensar e o discernir se apurem.
Depois que venham as tecnologias, se for caso disso e na medida das necessidades de cada um.
Daí que eu tenha de dar razão ao primeiro comentário assinado MFCS,não deixando, de certo modo, de concordar com a síntese do último comentador, sem prejuízo do meu ponto de vista.
Lamento que o segundo comentário fale no «tempo da pedra lascada» como que isso tenha sido algo de somenos importância. Esse comentador nem se apercebe de que não andaria por cá se a actividade desses valentes da remota antiguidade não tivessem existido. E mal de nós se tais obreiros tivessem acabado. Nem computadores haveria. Não percebeu que o nosso tempo também será da «pedra lascada» se a humanidade ainda existir daqui a alguns milhares de anos!
CIDADÃO ATENTO
Porra, andam por aí uns gajos que têm a mania de que só eles é que são os "maiores". Que se danem. Continuem a trabalhar com os ábacos ou com as "Facit". Será que não se podem enreter com isso?
Olha, olha, este "gajo" da porra não entendeu nada!
Mas atreve-se a vir para aqui "dar leis"!
Francamente!
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