A economia e a governação
A história demonstra que há mais governos que prejudicam a economia do que os que contribuem para o seu crescimento.
Diz Nuno Fernandes Thomaz numa parte do seu artigo
". . .Uma parte da nossa sociedade, seguramente a mais consciente, não alimenta grandes ilusões sobre a bondade da relação entre a governação e a economia.
Primeiro, porque a história demonstra que há muito mais governos que prejudicam a economia do que os que contribuem para o seu crescimento.
E depois, no nosso caso, porque ainda está viva a lembrança das oportunidades perdidas pelos governos do eng. Guterres e do dr. Durão Barroso, para não falar da não-oportunidade do governo do dr. Santana Lopes.
Ninguém negará ao governo actual alguns méritos: a defesa do rigor orçamental, marcando o fim da aversão dos socialistas à disciplina das finanças públicas; a reforma da Segurança Social; a simplificação administrativa; e, de um modo geral, a atenção dedicada a algumas áreas que mexem com o status quo político e social.
Só que algumas das reformas anunciadas (como a da saúde e, sobretudo, a do Estado) foram perdendo coragem com a aproximação das eleições – e os simulacros de reformas são o pior serviço que se pode prestar às reformas"
De facto tem razão, mas convém sublinhar que Sócrates ainda tem estado a fazer alguma coisa, por muito que o tenham querido lançar nas diversas fogueiras da inquisição que das mais variadas partes têm vindo a lançar achas com que o pretendem queimar.
Na verdade a economia, o desenvolvimento não pode melhorar apenas com a varinha mágica dos Governos.
Muitos, a grande maioria dos nossos empresários, nem são dignos de usar esse nome. Grande parte dos portugueses sabem-no bem. Contactam com as suas mentalidades no dia a dia das empresas onde trabalham.
O lucro rápido, por vezes obsceno, na filosofia e na prática, é o fim primeiro da maioria deles.
Infelizmente não se podem substituir como se muda um pneu de um qualquer camião.
Ao fim de 30 anos, a grande maioria dessas mentalidades em nada melhoraram.
O problema está afinal em parte deles se terem sentido bem com a integração na CEE e na UE. Receberam, gastaram e nada investiram, nem nas pessoas, nem nas coisas.
Esqueceram-se, sendo tão espertos para umas coisas e tão pouco para outras. Hoje, tal como ontem, um alfinete ou uma agulha de cozer tem que ser importada.
Um dos melhores exemplos, como paladino dessa mentalidade, terá sido Durão Barroso. Será difícil entender porquê ?
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