24 novembro, 2009

Suiça - paisagem rural


As faces ocultas que eu gostava de conhecer

Agora que há quem defenda que as escutas ilegais e inúteis a Sócrates não devem ser destruídas porque podem vir a dar jeito para futuros combates políticos sinto que não será demais generalizar o critério a todos os líderes políticos e descobrir-lhes a careca, perdoem-me, queria dizer destapar-lhes a face oculta. Tal como a lua todos temos uma face oculta ou, numa singela homenagem aos inspirados magistrados que foram buscar o nome do caso a um bordel, diria mesmo que nesta grande “casa de putas de bigode” que é a vida política portuguesa o Sócrates não é o único que chumbaria num exame à virgindade.

Não faltam por aí faces ocultas que os portugueses gostariam de conhecer me refiro aos telefonemas do líder sindical dos proletários da magistratura do Ministério Público com os seus camaradas político. Se fosse possível ouvir as conversas de Jerónimo de Sousa com os seus camaradas da Autoeuropa a preparar os chumbos dos acordos da Comissão de Trabalhadores com a administração da empresa até eu vendia o burro numa rifa para ajudar a PJ a comprar o tal aparelho de escutas israelita todo XPTO que dá para escutar conversas pessoais dentro de gabinetes com paredes de um metro de largura. Aliás, o Jerónimo de Sousa daria para uma boa meia-dúzia de faces ocultas, as conversas com o Mário Nogueira a combinar manifestações espontâneas à porta do PS ou as esperas ao primeiro-ministro seriam muito interessantes.

Imagine-se como este país teria ficado a conhecer mais algumas faces ocultas se tivessem sido gravadas as conversas dos líderes do PSD quando se soube do financiamento da SOMAGUE ao PSD. Bem, só para gravar as conversas interessantes no PSD a BASF teria de produzir em exclusivo para Portugal durante um bom par de dias, só as conversas por causa do caso BPN ou das famosas escutas a Cavaco dariam para gastar muita fita.

E o que dizer de gravar todas as conversas do PSD a propósito dos submarinos ou dos sobreiros da Portucale? Cá por mim dava por mais papel do que as sessenta mil fotocópias que o Paulo Portas levou do ministério da Defesa para mais tarde escrever as suas memórias.

Mas, por aquilo que se vê desde magistrados a políticos da oposição só estão interessados no José Sócrates e isso até se compreende, os que eles queriam mesmo era excitar-se com alguma conversa picante entre o primeiro-ministro e a Fernanda Câncio, Montaram tudo isto para disfarçar o voyerismo. Ninguém ia querer ouvir as conversas de Jerónimo de Sousa ou do Francisco Louçã com as camaradas esposas, a Manuela Leite é parra que já deu uva e o Paulo Portas ainda não se decidiu. “”  (In o Jumento)

 

Jaime Gama

Depois de ter chamadao a atenção para as faltas dos deputados, agora tomou posição nas viagens de passeio dos deputados.

 

“Mais um passo na cruzada moralizadora de Jaime Gama - que alguns vêem na Assembleia como antecâmara de uma eventual candidatura presidencial: o presidente da AR recusou autorizar uma viagem de dois  deputados ao Uganda. Gama usou o argumentou de que nunca existiu um convite oficial. Os deputados visados desdramatizam a situação ocorrida”  (Diario de Notícias)

23 novembro, 2009

Será que não há poetas doentes?

“Traumatismos cranianos.

Uma certa direita está muito traumatizada. Motivo: os portugueses votam maioritariamente nos socialistas. «Há 14 anos que estão no poder» – dizem desesperados. Um homem de letras com pergaminhos firmados, Vasco Graça Moura, não é de meias tintas e diz, como quem escreve um poema: só os atrasados mentais votam nos socialistas e, de seguida, manda o pessoal assoar-se ao guardanapo. Dizem as línguas viperinas que tais desmandos se devem apenas a dores de cotovelo: Vasco Graça Moura ambicionava ocupar o cargo da senhora Canavilhas. Eu não acredito numa dor de cotovelo assim tão forte. Ele não é desses vaidosos e ambiciosos que por aí pululam. Aliás, estou convencido que Vasco Graça Moura foi para deputado europeu com o mesmo espírito de abnegação de qualquer soldado mobilizado para o Afeganistão. Uns trocos no vencimento não fazem a diferença. Agora (qualquer tema serve), apareceram por aí outras vozes – da direita, naturalmente – empolgadas contra a nomeação dos governadores civis. «O povo não o elege? Obviamente, nomeie-se» – dizem. E talvez com razão. Eles lembram-se daquele tempo de felicidade absoluta, em que Portugal era um paraíso, quando Cavaco Silva e Durão Barroso, enquanto primeiros-ministros, convocaram eleições para eleger os governadores civis. Foi, então, uma grande festa da democracia. Apesar disso, ainda há línguas maldosas que dizem que os governadores civis nessa altura foram escolhidos por Dias Loureiro, o antigo Conselheiro de Estado. Calúnias, suponho. E como estes dois exemplos, há milhares deles a «justificarem» o traumatismo craniano da direita portuguesa. “

 

Face Oculta: PSD exige explicações de Vieira da Silva

Como não foi criada uma comissão da praxe para estas situações e as outras que foram criadas deram “buraco” para o lado do PSD, chamam o Ministro para lhe darem umas “reguadas”


“O líder parlamentar social-democrata, Aguiar-Branco, declarou hoje que, no plano político, o PSD considera que o caso das escutas ao primeiro-ministro não está encerrado e exige explicações do ministro da Economia, Vieira da Silva, no Parlamento.

Requeremos a audição do ministro Vieira da Silva na 1ª Comissão. É nesse enquadramento que a questão se coloca neste momento», defendeu José Pedro Aguiar-Branco, em declarações aos jornalistas, no início das jornadas parlamentares do PSD, em Espinho.

Confrontado com a posição manifestada pela presidente do PSD sobre esta matéria, Aguiar-Branco disse que «a doutora Manuela Ferreira Leite referiu que do ponto de vista político esta situação não ficava encerrada».

 

Caso BPN – sem fugas ao segredo de Justiça...

 

“O banqueiro José Oliveira Costa viu hoje prorrogada a prisão domiciliária a que está sujeito no âmbito do primeiro dos dez inquéritos relacionados com a bancarrota da instituição de que foi fundador”

Santo António de Lisboa - Annecy


Santo António em Annecy - França

21 novembro, 2009

Guilherme de Oliveira Martins

Quem não se recorda dos “brados” de toda a Oposição sobre a sua nomeação?

Agora, todos calados.

 

“O Presidente da República, sob proposta do Governo renomeou para mais um mandato à frente do Tribunal de Contas, Guilherme d’Oliveira Martins.” (Publico)

20 novembro, 2009

Democracia para que te quero...

Assim mesmo, por inteiro de “ O Jumento”

 

Mau tempo na democracia

O que me impressiona em tudo o que está a suceder já deixou de ser a hipotética gravidade dos factos, como, por princípio e formação democrática, desconfio das polícias espero por julgamentos e pela oportunidade de os visados se defenderem para tirar conclusões. O que me incomoda e indigna é a veleidade com que tanta gente embarca em informações dadas por maus polícias ou maus magistrados a maus e duvidosos jornalistas, abdicando de qualquer capacidade crítica e dando tudo por verdadeiro e merecedor de condenação sem qualquer julgamento.

A debate político em Portugal deixou de ter qualquer nobreza, os militantes dos partidos que estão na oposição, hoje sãos uns e amanhã serão outros, dispensam-se de respeitar os mais elementares princípios éticos para aproveitarem todas as oportunidade para achincalhar os adversários políticos.

Apesar dos graves problemas que o país enfrente os que querem chegar ao poder já nem se dão ao trabalho de pensar sobre as soluções para esses problemas, aguardam que algum magistrado mal formado manipule a informação de processos judiciais de motivação duvidosa, que os criminosos promovam uma orgia de crimes como a que sucedeu no Verão passado, que o Verão seja quente e arde mais uma boa parte da floresta ou que a gripe A saia do controlo das autoridades de saúde. Assim sendo não importa questionar nem reflectir, desata-se de imediato a usar informação tal como foi soprada para condenar o adversário.

Abro os jornais e vejo distintas intelectualidades que há anos davam um ar muito sério na suas crónicas a optar por textos que chegam a ser ofensivos para a inteligência do cidadão comum, depois os militantes mais assanhados enviam esses textos para milhares de pessoas por via mail. A democracia portuguesa deixou de ter opinião pública, o debate foi subsituído por um imenso tribunal da Santa Inquisição.

Dizia-me um amigo que é lamentável que os agentes da justiça promovam julgamentos na praça pública. Respondi-lhe que era bem pior do que isso, esta actuação manhosa de gente que vive muito acima da média dos que pagam os impostos para que sejam tratados como verdadeiros abades é a negação da própria justiça, se a justiça exige é precisamente para evitar os julgamentos sumários na praça pública. Mais do que a imagem dos políticos e, pelo que viu nas notícias, do próprio país, o que estes fascistas cobardes estão a fazer é detruir a justiça e minar a democracia.

Hoje o Público noticia que afinal não há escutas que provem que Vara pediu dez mil euros aos sucateiros, isto depois de muitos jornais terem explicado tudo em pormenor e até noticiaram os meios sofisticados com que a nossa polícia fez escutas de conversas pessoais dentro de gabinetes do BCP.

Agora que o visado já não é Armando Vara deixa-se cair a mentira, porque essa mentira já serviu os seus propósitos, levar o processo até Sócrates. Ainda vamos descobrir que as escutas a Vara não passaram de um estratagema para escutar ilegalmente José Sócrates pois qualquer conversa de um primeiro-ministro supõe uma decisão e, por conseguinte, sugere tráfico de influências. A escolha foi brilhante, é evidente que tivesse elegido António Vitorino ninguém acreditava, mesmo assim se fosse o ex comissário europeu teria muito cuidado a usar telefone, todo e qualquer cidadão que fale com Sócrates é suspeito neste país. Bem, do mal o menos, se fosse há uns anos atrás seria suspeitos de pedofilia, sempre há progressos na nossa justiça.

Mas que importam os princípios ou a legalidade desde que ela sirva par derrubar Sócrates, para salvar as mordomias dos magistrados, para Manuela Ferreira Leite convencer os eleitores que não é tão má quanto parece ou para abrir caminho ao paraíso?

 

Annecy - a Veneza francesa


Annecy- Pela beleza dos seus canais, a Veneza de França

Geneve -


Pedinte numa rua de Geneve

19 novembro, 2009

Entidades Reguladoras

Entidades reguladoras - com  independentes

De qaundo em vez aparecem umas teses que só dão vontade de rir.
Assim, talvez os propositores deste novo conceito de independência, que se proponham os Comandantes dos Bombeiros, os Presidentes dos Clubes Recreativos, das Santas Casas de Misericórdia, da Associação de Moradores de Alguidares de Baixo para as diversas entidade reguladoras que funcionam neste país.
Claro que escolhidas pelo PR.
Talvez fosse bom recordar o alarido que PSD e CDS em especial, fizeram quando da nomeação para o Tribunal de Contas do seu actual Presidente.
Talvez seja um bom exemplo para que não façam tanto uso da hipócrisia política no dia a dia.

"As entidades reguladoras têm de ser independentes de partidos políticos, empresas ou Governo.

É suposto certas actividades e respectivos agentes públicos e privados serem regulados/fiscalizados por entidades comummente designadas por reguladoras.
Ora, as entidades reguladoras querem--se independentes do poder político, cuja administração também regulam e fiscalizam. Daí que os seus membros gozem de um conjunto de prerrogativas que supostamente visam garantir a sua total independência." por "Paula Teixeira da Cruz"

Deputados faltosos

Deputados gazeteiros  a ganharem os nossos dinheiros

"O debate, morno, prolongou-se por quase duas horas e, no fim, o hemiciclo de São Bento estava a meia casa. O Tratado de Lisboa, que entra em vigor a 1 de Dezembro, não entusiasmou os deputados portugueses, na véspera do Conselho Europeu, em Bruxelas (ver páginas 16 e 17). Algum calor na discussão só houve mesmo quando se falou do referendo ao novo tratado da UE, que não se realizou. Uma crítica em que se uniram BE, PCP e PEV. E até o CDS-PP recordou que os portugueses não foram chamados a dizer o que pensavam. " (Publico)

Professores

Professores
Avaliação?
Suspensão?
Substituição?
Não. Rrapidez na resolução.
Pois ou muito nos enganamos ou daqui a mais ou menos 30 dias, os nossos Professores, estafados de tantas aulas e avaliações, suspensões e substituições,  vão ter mais uns dias de férias (intercalares)

"Ministério da Educação, sindicatos dos professores e partidos da oposição parecem estar de acordo quanto ao futuro do modelo de avaliação docente ainda em vigor: já não deve surtir efeitos para o ciclo que começou em Outubro e se prolongará até 2011. Apesar desta base comum, a divisão instalou-se. Em causa está uma palavra. Suspensão. Amanhã os projectos da oposição vão a votos no Parlamento"  (Publico)

Professores e a Internet

Por onde anda o Magalhães?
Para tomar nota:

"Apenas um por cento dos alunos do ensino básico não usam Internet em casa ou na escola. A maioria tem computador, mas para um em cada cinco o acesso à Internet faz-se em casa de familiares, de amigos, na escola ou na biblioteca municipal.
...
 É nas aulas de Tecnologias da Informação e Comunicação que é mais usada e só um quinto das inquiridas usa nas restantes disciplinas. Os professores ainda não fazem uso desta ferramenta para publicar trabalhos ou comunicar com os estudantes, revela o estudo" (Publico)

Tratado de Lisboa

Presidente do Conselho Europeu e "Ministro dos Negócios Estrngeiros" da UE

Façamos votos para que nenhum deles seja Inglês.

"As esperanças de uma decisão rápida dos líderes da União Europeia (UE), hoje à noite, sobre o preenchimento dos dois novos cargos criados pelo Tratado de Lisboa esfumaram-se devido à acumulação dos candidatos e confusão generalizada em que o debate mergulhou." (Público)

Rio Tejo - Lisboa


Hoje
É desoladora a paisagem do Rio Tejo  a Norte ou a Sul da Ponte Vasco da Gama.
Não há à vista um único barco. A remos, à vela ou a motor.
Não somos já um país de marinheiros.
Talvez um Povo de Cacilheiros.
O espelho de água do Tejo,  a Norte desde Vila Franca de Xira, Alcochete,  até ao Barreiro e Seixal, passando pelo Mar da Palha até Xabregas e à Expo98, não passa de um deserto.

Portas - o Papa das Feiras


Coutos -Madrid