"Era uma proposta sua, de há 11 anos, mas nunca foi para a frente. Luís Marques Mendes deixou este domingo uma “sugestão para o futuro”: corrigir aquilo que diz ser uma “lacuna na lei”, que permite que pessoas condenadas por crimes de fraude e corrupção serem candidatos a eleições. É, por exemplo, o caso de Isaltino Morais, que se recandidata a Oeiras, depois de ter cumprido quase dois anos de prisão por fraude fiscal, abuso de poder e corrupção.
“As pessoas condenadas por crimes especialmente graves, como corrupção, branqueamento de capitais, fraude fiscal, não podem, não deviam, ser candidatas a eleições. Deviam ser impedidas por lei de serem candidatas por um período, por exemplo 10 anos”, disse o ex-líder do PSD no seu habitual espaço de comentário na SIC, acrescentando que há uma “contradição” no facto de alguém que está insolvente não poder ser candidato a um cargo numa autarquia, mas alguém que foi condenado por corrupção ou fraude no exercício de funções públicas não tem qualquer impedimento."
Quem, no uso da sua actividade política comete crimes, pelos quais vem a ser condenado, não importa a gravidade, deveria ficar sem poder candidatar-se durante um largo período de tempo.
Mas, quem faz as leis, que é?