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16 julho, 2009

Manuela Ferreira Leite

O sorriso da "Velha Senhora"

PSD

Com uma vénia ao «O Jumento»

«Os partidos portugueses: O P"SD" (3)

Se o P”SD” fosse a marca de um produto alimentar há muito que a ASAE o teria retirado das prateleiras dos supermercados por designação enganosa, chamar PSD ao PPD é o mesmo que inscrever “Açúcar” num pacote de farinha de milho. Além de uma acusação por falsa designação os seus responsáveis deveriam responder por utilização abusiva de uma marca da concorrência.

O PSD não é, nunca foi e com os actuais dirigentes nunca será um partido social-democrata no sentido histórico e europeu da designação, tal como a extrema-esquerda se disfarçou num partido multicolor para esconder os seus símbolos e esqueletos ideológicos a direita nascida das cinzas da ANP disfarçou-se de social-democrata com vergonha da herança da direita portuguesa. Nenhum dos dirigentes do PSD à excepção, talvez, de Sousa Franco foi ou é social-democrata, Manuela Ferreira Leite é tão social-democrata como eu sou marroquino, com um pouco de praia fico mais escuro mas nunca deixarei de ser algarvio.

O PPD foi a solução encontrada pela direita portuguesa para disputar o poder, toda e qualquer refundação ou alterações programáticas são inúteis e desnecessárias, os dirigentes são escolhidos em função das expectativas de levar o partido ao governo. Ainda hoje o PSD é marcado pela forma como nasceu, uma ANP na província e a ala liberal na capital, o chamado cavaquismo suavizou este dualismo, mas os cavaquistas de hoje mais não são do que os membros da ala liberam do tempo de Marcelo Caetano.

O que une o P”SD” não é a ideologia ou o programa, é o poder, o P”SD” é um partido quando está no poder e é um saco de gatos quando está na oposição, sem poder desilude muitos dos que se unem sob a sua bandeira para chegarem às mordomias dos cargos políticos ou politizados, quando chega ao poder une-se em torno do líder que os levou à fortuna.

O P”SD” não tem projecto político como se tem visto com a liderança de Manuela Ferreira Leite, perante as situações difíceis, como o boicote às lotas ou as manifestações de camionistas, opta-se pelo silêncio, quando as corporações são mobilizadas pelo PCP promete eliminar as reformas incómodas, se o povo se manifesta revoltado com o rendimento mínimo promete rasgar as políticas sociais, se o povo sofre com os efeitos da crise económica acusa o governo de má aplicação das boas políticas sociais que adoptou.

Para conquistar o poder o P”SD” não recorre a um projecto político coerente, limita-se a explorar os sentimentos gerados pelas crises económicas que não teve de resolver, foi assim com Cavaco Silva, é com a mesma receita que a dupla septuagenária tenta reeditar a solução bem sucedida dos anos 80.»

09 fevereiro, 2009

Manuela, Manuela – a amenésica



Será que Manuela se esqueceu do que fez quando foi Ministra das Finanças?


Procurava a retoma e não a encontrava.


Para esse mal, não se lembrou da descida dos impostos e muito menos o fim do Pagamento por Conta que agora é a sua bandeira para a crise das empresas.


PSD: Líder propõe eliminação do pagamento especial por conta


Ferreira Leite avança plano contra a crise


O combate à crise económica em Portugal deve passar pelo pagamento das dívidas do Estado às empresas e pela extinção do Pagamento por Conta. A ideia é defendida por Manuela Ferreira Leite, que ontem apresentou o plano do PSD contra a crise.


"O PSD propõe que o Estado altere o seu procedimento quanto aos sistemáticos atrasos nos pagamentos às Pequenas e Médias Empresas (PME) e que pague as suas dívidas", afirmou a presidente do partido, sublinhado que o plano aprovado pelo Governo é "recheado de burocracia, o que faz com que o efeito prático não seja relevante".


Mas há mais: "É também para avaliar as dificuldades de tesouraria que propusemos o pagamento do IVA no momento da emissão da factura", acrescentou Ferreira Leite, que apelou à maioria socialista para aprovar no Parlamento as propostas sociais-democratas.


A líder do PSD propôs ainda o alargamento do Subsídio de Desemprego e a descida de 2% da Taxa Social Única e insistiu que os investimentos públicos, como o TGV, só vão aumentar o endividamento.