9.03.2015 00:30 por Magalhães e Silva - Advogado
Os media divulgaram, com o maior detalhe, o Acórdão da Relação que mantém a prisão preventiva de Sócrates. E por aí se vê que estão lá escarrapachados todos os factos que, desde 22 de novembro, escassas horas depois de o ex-PM ser detido, têm sido publicitados como estando no processo; logo, não se tratou de efabulações, mas de grosseiras e reiteradas violações do segredo de justiça. Porque passaram mais de quatro meses, e porque a publicitação de factos do mesmo tipo foi tendo lugar, esta semana, sou forçado a concluir que de duas uma: ou o DCIAP, estrutura de topo do Ministério Público, se revela incapaz, meses a fio, de evitar que o segredo de justiça se transforme em segredo de Polichinelo, ou então está em curso uma estratégia de comunicação que faz do segredo de justiça um meio de construção, na opinião pública, de uma opinião condenatória do ex-PM. Por mais perplexidades que os factos divulgados suscitem, nem Sócrates, nem o Procurador Rosário Teixeira, nem Você, leitor, nem eu, se formos arguidos, merecemos ser tratados assim.
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