O Jumento terá razão?

"Pedro Passos Coelho quis jogar com José Sócrates e perdeu, pressionado pela queda nas sondagens e pelas intervenções assassinas de Cavaco Silva enveredou por uma estratégia de terra queimada do tudo ou nada, pouco se importando com a imagem que o país dava aos mercados. Quando Cavaco se "descuidou" e disse aos jornalistas que estava confiante nas negociações que estavam a decorrer em torno do OE o líder do PSD começou a ameaçar com o chumbo fazendo duas exigências.

Quando em vésperas do conselho nacional Cavaco "mandou" Marcelo anunciar a sua recandidatura justificando a data com a certeza de que o OE seria aprovado, o líder do PSD endureceu a posição e em vez de duas exigências fez sete, estilhaçando a tranquilidade dos economistas e investidores convencidos da aprovação por parte do PSD.

Passos Coelho já não pensa no país, no seu partido e muito menos na candidatura presidencial de Cavaco Silva, luta desesperadamente pela sua sobrevivência política usando o poder do cargo para transformar o debate orçamental num jogo de matraquilhos. Passos Coelho já morreu politicamente e a única dúvida que subsiste é a data do funeral, isso se não for cremado no dia da aprovação do orçamento, começa a ser mais do que provável uma rebelião no grupo parlamentar do PSD.""