Oficial da PSP "Xanana está envolvido em casos de corrupção e há provas"
O oficial da PSP que foi expulso de Timor garante que Xanana Gusmão está “envolvido em vários casos de corrupção” e assegura que tem provas contra o primeiro-ministro timorense. Em declarações ao Expresso revela ainda que foi ameaçado pelos “capangas” de Xanana.Em entrevista ao Expresso garante que foi expulso da antiga colónia portuguesa porque o seu trabalho “os estava a incomodar” e revela que foi “ameaçado por capangas do Xanana”.
“Muitos deles [capangas] polícias que treinei e com quem tinha uma boa relação pessoal e profissional”, assegura.
José Brito foi para Timor em 2009 integrado numa missão da Organização das Nações Unidas. Um ano depois passou para a Comissão Anticorrupção criada pelo governo timorense. Estes anos de experiência no território dão-lhe segurança para afirmar que a “corrupção em Timor é endémica”.
“Desde os mais variados serviços do Estado, como a polícia ou a construção, até ao topo do Governo”, refere, acrescentando que Xanana Gusmão está incluído na vasta lista de atividades corruptas.
“Xanana? Não tenho dúvidas de que está envolvido em casos de corrupção. E tenho provas. Enviei-as num contentor para Portugal”, garante.
E é por estar na posse destas provas, apesar de estar agora em Banguecoque a viver com a mulher, que lança um desafio ao primeiro-ministro de Timor.
“Desafio publicamente Xanana Gusmão para nos defrontarmos num tribunal arbitral fora de Timor para ver se estou errado. Já sei que vai dizer que não”, aponta.
O oficial da PSP do comando do Porto revela ainda que denunciou casos de corrupção que “não foram investigados”, como os apartamentos em Lisboa que terão sido oferecidos a Xanana Gusmão e a Lúcia Lobato, ex-ministra da Justiça que foi condenada a cinco anos de prisão.
Mas não só. José Brito diz ainda que “há vários casos com Xanana. Como os contratos de arroz com a filha e os negócios do combustível com o sobrinho”.
“O sistema está de tal maneira corrupto que tudo dá em desastre. As obras não têm qualidade, os projetos são maus e usam e abusam da emergência para fazer ajustes diretos”, conclui.