07 novembro, 2018

A PRESIDENTA

"Não é preciso ficares sorridenta!"


À Senhora D. Pilar del Rio não valeu de nada estar casada tantos anos
com José Saramago. No fundo, o que mais irrita, são certos
"estrangeiros" virem dar ordens no modo como se fala e escreve
PORTUGUÊS. Já não chegavam os próprios degenerados nativos da Língua
tentarem impor (aos parvos subservientes) uma nova ortografia, sem pés
nem cabeça!...
Que desgraça a nossa!!!
Aqui vai uma explicação muito pertinente para uma questão actual:
A jornalista Pilar del Rio costuma explicar, com um ar de catedrática
no assunto, que dantes não havia mulheres presidentes e por isso é que
não existia a palavra "presidenta". Daí que ela diga, insistentemente,
que é Presidenta da Fundação José Saramago e se refira a Assunção
Esteves como Ex-Presidenta da Assembleia da República. Ainda esta
semana, escutei Helena Roseta dizer: «Presidenta!», reagindo ao
comentário de um jornalista da SIC Notícias, muito segura da sua
afirmação.
A propósito desta questão, recebi o texto que se segue, o qual
reencaminho. Uma belíssima Aula de Português. Foi elaborado para
acabar, de uma vez por todas, com todas e quaisquer dúvidas sobre a
questão supracitada.
Existe a palavra: PRESIDENTA? Que tal colocarmos um "BASTA" no
assunto? No português existem os particípios activos como derivativos
verbais.
Por exemplo: o particípio activo do verbo "atacar" é "atacante", o de
"pedir" é "pedinte", o de "cantar" é "cantante", o de "existir" é
"existente", o de "mendigar" é "mendicante", etc. Qual é o particípio
activo do verbo "ser"? O particípio activo do verbo ser é "ente";
aquele que é: o ente; aquele que tem entidade. Assim, quando queremos
designar alguém com capacidade para exercer a acção que expressa um
verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos "-ante", "-ente"
ou "-inte". Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não
"presidenta", independentemente do sexo.
Diz-se: capela ardente, e não capela "ardenta"; estudante, e não
"estudanta"; adolescente, e não "adolescenta"; paciente, e não
"pacienta".
Um bom exemplo do erro grosseiro seria:
"A candidata a presidenta comporta-se como uma adolescenta pouco
pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada
representanta.
Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta
dirigenta política, de entre tantas outras suas atitudes
barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só
para ficar contenta".
Por favor, por amor à Língua Portuguesa, repasse esta informação


Carlos Dionísio
Recebido por email








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