Os últimos desenvolvimentos do caso TVI fazem-me lembrar a anedota do compadre que foi convidado para dar um passeio num avião de acrobacias. Terminado o passeio o coitado lá contou a sua experiência: “Quando o avião subiu, já estava à espera de fazer xixi. Quando desceu a pique já estava `espera de me borrar pelas calças abaixo. Mas do que não estava à espera era que o avião desse uma pirueta e a merda e o xixi me caíssem em cima”.
Ora, no caso Freeport não fui apanhado de surpresa como o compadre, já estava `espera que a TVI e o SOL dessem a volta à “merda” para fazê-la cair novamente em cima em cima de Sócrates. Toda a gente sabe que o SOL pertence a um alto dirigente do PSD e do ódio que a família Moniz nutre pelo primeiro-ministro, nem uns nem os outros poderiam perder a oportunidade de usar este caso durante as eleições e muito menos aceitar que o mesmo tivesse a sua conclusão antes do acto eleitoral.
Com a Ferreira Leite a afundar-se depois da escolha de acusados para candidatos a deputado e exclusão de destacados militantes e com a economia a dar sinais de retoma era necessário pegar no que já se disse sobre o caso Freeport e lançar de novo a confusão, era necessário fazer esquecer que há uma investigação em curso e evitar que a mesma seja concluída.
É evidente que o PSD não toma posição, atolado no caso BPN não pode correr riscos, se no caso Freeport ainda não foi produzida prova, já no BPN todos os portugueses sabem que foi cometida a maior fraude na história de Portugal. E esta fraude foi cometida por gente grada do PSD, gente que criou um banco para se amanhar e nem o cidadão Cavaco Silva se escapou de obter alguns lucros com um estranho negócio de acções.
É evidente que os dirigentes do PSD é gente muito bem educada e não toca nestes assuntos, os seus militantes é que mandam milhões de mais e o jornal de um dos seus dirigentes, por sinal um homem da SLN, é que faz o trabalho sujo.
Há muito que aqui disse que esta campanha eleitoral seria uma das mais duras na história de Portugal, a direita aposta tudo na sua sobrevivência e no sonho de deter a Presidência da República e op governo. Sem uma candidata credível e com dimensão para o cargo resta o recurso ao golpe sujo.
Ainda por cima a evolução da economia tem desmentido as teses de Manuela Ferreira Leite, da mesma forma que as últimas decisões de Manuela Ferreira Leite desmentiram a sua tese da verdade. Uma dirigente que escolhe um candidato a deputado que no dia em que ia fazer um exame à PJ teve uma tromboflebite só pode estar a gozar com a própria verdade.
Todavia, esta campanha vai ter a vantagem de forçar muita gente a definir-se, a dizer de que lado está, a afirmar os princípios ou a fazer exercícios de oportunismo eleitoral
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