Quem passa por um qualquer supermercado e procura nesperas, chega a esta conclusão – só espanholas. Portuguesas, nem vê-las.
A economia portuguesa está comparada às nesperas espanholas e portuguesas.
As nossas, aquelas do que "é nacional é bom", raramente são comercializadas, são mais doces,mas minorcas e cheias de "ferrugem". As arvores estão votadas ao abandono, por quintas e quintais, sem serem tratadas. A fruta, a nespera, cresce e amadurece apenas sob a ordem da natureza. Não existe para com ela, uma mãozinha de ajuda. Não há poda, tratamento contra os fungos ou pestes. A apanha acontece por casualidade ou por necessidade. Acontece.
As nesperas espanholas, são enormes, bem parecidas, menos saborosas e doces que as portuguesas, mas as suas arvores e os frutos foram tratados e os frutos resultaram. Postas no mercado, à falta de melhores são comercializadas e compradas. No final dão lucro a quem as produz.
Agora que se faça a comparação com a nossa agricultura, com a nossa indústria, com a nossa economia.
A culpa da nossa nespera não se comercializar, de quem é?
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