Será que os novos dirigentes do PSD se esqueceram do que Durão Barroso e Santana Lopes fizeram e disseram sobre o tema.
Ou será que Sarmento se esquece que nós só teremos TGV (Veja o mapa) se os espanhóis trouxerem o deles até onde lhes interesse trazer ?
Sarmento diz que linha Lisboa- Madrid (Veja este mapa) é para questionar.
Nuno Morais Sarmento, um dos braços-direitos da nova presidente do PSD, esclareceu ontem as palavras de Ferreira Leite sobre os investimentos públicos e garantiu que “se tivermos que pegar num projecto [para questionar] será o TGV”.
Na sua estreia no programa Falar Claro, da Rádio Renascença, onde substitui a actual líder do PSD, Sarmento criticou duramente o Executivo Sócrates na negociação deste projecto: “não se entende um Governo que toma decisões com base nas opções dos espanhóis.
Que diz vamos investir milhões de euros num TGV que ligue Lisboa à fronteira e depois sabe-se que o governo espanhol vai reequacionar a ligação do TGV de Madrid a Badajoz.
É uma brincadeira de mau gosto”, avançou.
Com o PSD no poder, Sarmento garante que se acabam duas coisas: “esta crónica tendência faraónica do PS, própria de países subdesenvolvidos e uma receita de modernização baseada no investimento público”. Porque “o Governo não sabe o que anda a fazer e aquele ministro [Mário Lino] deve procurar outro modo de vida”.
Na sede nacional, o secretário-geral do PSD, Luís Marques Guedes, garantia ao mesmo tempo que a contestação do investimento em novas infra-estruturas “é uma prioridade” para a direcção social-democrata, por decisão da presidente do partido, Manuela Ferreira Leite, sublinhando que não é no longo prazo, mas sim “no imediato, no curto-prazo”.
Sem resposta ficou o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, que logo pela manhã tinha pedido clarificação: “Talvez fosse bom que a Dra. Ferreira Leite esclarecesse os portugueses sobre quais são os investimentos que ela acha supérfluos”.
No final da primeira reunião da comissão política nacional, Marques Guedes esclareceu, antes, que o objectivo daquele encontro não tinha sido “uma abordagem substantiva de dossiers de natureza política”, pelo que, para o “senhor ministro” não havia qualquer comentário. "
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