Quando se vê e ouve em directo nas TV´s, no interior dum hospital público, uma responsável da Ordem dos Enfermeiros declarar com um sorriso nos lábios as percentagens de adesão á greve e regozijar-se com isso, está a omitir e a tentar ocultar os prejuízos causados a quem espera por uma cirurgia e no dia em que tinha a hipótese de a fazer, vai voltar a ter que esperar por nova data, não sabendo quando.
Há ou pode haver greves e greves.
Estas colidem com algo importante - a saúde cada um. E, para isso, para os profissionais de enfermagem, os doentes não contam.
Alem de que, para quem, pretende acima de tudo receber mais ao fim de cada mês, talvez cada dia de greve que lhe é descontado no recibo de vencimento pouco importa... e não será tão pouco como isso.
Neste país, as greves são apenas no sector público, pois aí há emprego vitalício e assegurado. Poucas são as greves no sector privado.
Já há uns milhares de enfermeiros nos hospitais e clínicas privadas e aí, de greves nem falar.
Não haverá por aí alguém que accione judicialmente os responsáveis daqueles que deixaram de prestar um serviço de saúde publica por razão duma greve?
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