Joseh Stiglitz critica o enfoque excessivo dos governos europeus em relação aos défices e a aposta na austeridade como forma privilegiada de resolver os problemas dos países da zona euro.
Sobre as reformas estruturais, que estão a ser implementadas em vários países, o economista considera que também não deverão resolver os problemas da crise do euro nos próximos anos "porque levam tempo" a surtir efeitos.
Além disso, o professor de Columbia nota que algumas reformas estruturais podem enfraquecer a economia ao penalizarem a procura, apontando, a este nível, a descida de salários. "Baixar salários durante uma recessão agrava a contracção da economia", frisou Stiglitz, nomeadamente porque assim as pessoas têm menos rendimentos disponíveis e não fazem compras.
No mesmo sentido, Stiglitz também considera que as privatizações não são a melhor estratégia dos governos em alturas de recessão económica. "As recessões profundas não são a melhor altura para privatizar, acaba-se por vender ao desbarato", referiu o Nobel da Economia em 2001, durante o IV congresso da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), que terminou hoje em Lisboa."
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