Quem lê a notícia que vem a seguir e vê os notíciários das diversas estações de Tv, tem que chegar a uma tristíssima conclusão.
Estamos próximos do PREC. Muitos já não estarão recordados do que se passou em 1975.
O curioso é que um deputado, fala para as camaras da TV com um despudor, uma insensatez e uma falta de respeito pela verdade objectiva do que se está a passar, com uma calma e descontração que de facto demonstra que o seu vencimento, pago pelos impostos dos portugueses, até dá lhe dá o "direito" de não falar verdade.
Ninguem poe em causa o direito à greve. Os trabalhadores têm razão, certamente para fazerem greve.
Mas os que não tem nada a ver com a greve, não podem trabalhar ?
Então em que ficamos ?
Que prática de direito à liberdade é esta ?
"Valorsul: MAI desmente carga policial sobre grevistas
O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, declarou hoje que não existiu nenhuma agressão nem carga policial sobre os trabalhadores da Valorsul em greve desde terça-feira e que a GNR se limitou a actuar com eficiência.
«Não houve absolutamente nenhuma agressão, houve a garantia de que não eram encerradas, o que seria ilegal, instalações de uma empresa» e não houve «carga policial», disse o ministro Rui Pereira, à margem da reunião ministerial «Euromed sobre Migrações».
Esta madrugada, a GNR afastou uma centena de grevistas que bloqueavam a entrada dos camiões que iriam descarregar lixo no aterro sanitário de Mato da Cruz, concelho de Vila Franca de Xira. A greve dos trabalhadores da Valorsul começou terça-feira passada.
O ministro da Administração Interna garantiu que a GNR actuou no «âmbito das suas competências e no respeito escrupuloso pelos direitos, liberdades e garantias, incluindo o direito à greve e respeitando os princípios de proporcionalidade».
Segundo Rui Pereira, a Guarda Nacional Republicana (GNR) limitou-se a «assegurar a livre circulação».
«Não é legítimo no âmbito do exercício do direito à greve não permitir o acesso a instalações de uma empresa e o que a GNR tem feito, a pedido da administração da empresa, é garantir que os camiões podem entrar no aterro sempre que seja necessário», referiu o governante.
«Considero que são absolutamente injustas e infundamentadas quaisquer críticas à GNR. Todos os trabalhadores portugueses têm direito a fazer greve e a constituir piquetes para esclarecer os trabalhadores sobre quais são os fundamentos e objectivos do exercício do direito à greve», defendeu o ministro.
Rui Pereira reiterou, contudo, que «um piquete de greve não pode vedar o acesso a instalações de uma empresa, e quando isso acontecer, naturalmente as forças de segurança, com pleno respeito pelos direitos liberdades e garantias, actuarão como sempre e foi isso que fez com eficiência e sem merecer qualquer crítica».
Cerca da 01h00, três unidades motorizadas transportando elementos da GNR em uniforme de intervenção chegaram ao aterro e afastaram o piquete de greve que se encontrava junto aos portões do aterro.
Segundo Delfim Mendes, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Centro, Sul e Ilhas (SINQUIFA), «os membros do piquete foram empurrados, arrastados e esmurrados», classificando a acção policial como «ilegal e desproporcionada»."
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