19 maio, 2016

“E SE DILMA…” por FRANCISCO COSTA (repassando)

         

 

 Estes brasileiros andam todos a disputar algum prémio do mais corrupto?

  

"E SE DILMA…"

 

E se Dilma tivesse vendido uma estatal, avaliada em mais de 100 bilhões, por 3,6 bilhões, como FHC (PSDB) fez com a Cia Vale do Rio Doce?

 

E se Dilma tivesse construído dois aeroportos, com dinheiro público, em fazendas da família, como fez Aécio Neves (PSDB)?

 

E se Dilma estivesse na lista de Furnas, junto com FHC, Geraldo Alkimin, José Serra, Aécio Neves(todos do PSDB)… Entre outros?

 

E se Dilma estivesse acusada de receber propinas da Petrobrás, como Aloysio Nunes (PSDB)?

 

E se Dilma estivesse sendo processada no STF, por ter recebido propinas da empreiteira OAS e ter achacado o Detran do seu estado, em um

milhão de reais, como Agripino Maia (Dem)?

 

E se Dilma tivesse sido denunciada como beneficiária do contraventor Cachoeirinha, além de estar sendo processada, por exploração de

trabalho escravo, em sua fazenda, como Ronaldo Caiado (Dem)?

 

E se Dilma estivesse sendo investigada na Operação Zelotes, por ter sonegado 1,8 milhão de reais e corrompido funcionários públicos, para

que essa dívida sumisse do sistema da Receita Federal, como Nardes (Conselheiro do TCU, ligado ao PSDB)?

 

E se Dilma tivesse sido manchete de capa no New York Times, por suspeição de narcotráfico internacional, o que gerasse diversas reportagens

na televisão norte americana, agentes do DEA, Departamento Anti Drogas, dos Estados Unidos, tivessem vindo ao Brasil, para a investigar, e

um helicóptero com quase meia tonelada de pasta de cocaína fosse apreendido em uma fazenda de amigo pessoal e sócio dela, em negócios

não muito claros, como Aécio Neves (PSDB)?

 

E se a filha da Dilma fosse assessora do presidente da CPI da Petrobrás e lobista junto a Nardes, um conselheiro do TCU, e tivesse uma conta

secreta no HSBC suíço, por onde passaram milhões de dólares, como Daniele Cunha, a filha de Eduardo Cunha (PMDB)?

Ou tivesse tido um único emprego, de assessora da mãe, e a revista Forbes a colocasse como detentora de um das maiores fortunas brasileiras,

caso da filhinha do Serra (PSDB)?

 

E se Dilma tivesse sido presa em 2004, por fraude em licitação de grandes obras, no Amapá, e tivesse sido condenada por corrupção, evasão

de divisas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, como Flexa Ribeiro (PSDB)?

 

E se Dilma, quando prefeito de Salvador, tivesse sumido com 166 milhões das obras do Metrô, como Antônio Imbassay (PSDB)?

 

E se Dilma tivesse 18 processos por corrupção, como José Serra (PSDB)?

 

E se Dilma tivesse 22 processos por corrupção, como Eduardo Cunha (PMDB)?

 

E se Dilma tivesse dado dois Habeas Corpus, em menos de 48 horas, a um banqueiro que lesou o sistema financeiro nacional, para que ele

fugisse do país; desse um Habeas Corpus a um médico que dopava a suas clientes e as estuprava (foram 37 as acusadoras), para que ele

fugisse para o Líbano; se fizesse uso sistemático de aviões do senador cassado, por corrupção, Demóstenes Torres (Dem); se tivesse votado

contra a Lei da Ficha Limpa por entender que tornar inelegível um ladrão é uma "atitude nazi-fascista" (sic), tendo a família envolvida em

grilagem de terras indígenas, como Gilmar Mendes (Ministro do STF)?

 

E se Dilma colocasse sob sigilo, por 25 anos, as contabilidades da Petrobras, Banco do Brasil e BNDES, como Geraldo Alkimin (PSDB) colocou

as do Sistema Ferroviário paulista, das Sabesp e da Polícia Militar, após se iniciarem investigações da Polícia Federal, apontando desvios

de muitos milhões?

 

E se Dilma tivesse sido governadora e, como tal, cassada, por conta de compra de votos na campanha eleitoral, corrupção e caixa dois.

Como Cássio Cunha Lima (PSDB)?

 

E se Dilma, em sociedade com Mário Covas (PSDB) tivesse comprado uma enorme fazenda no município mineiro de Buritis, em pleno mandato,

e recebesse um aeroporto de presente, construído gratuitamente, de uma empreiteira, constatando-se depois que foi essa empreiteira a que

mais ganhou licitações no governo FHC (PSDB), sócio de Covas?

 

E se Dilma declarasse à Receita Federal e ao TRE ter um patrimônio de 1,5 milhão e a sua filha entrasse na justiça, reclamando os seus direitos

sobre 16 milhões, só parte do seu patrimônio, como aconteceu com Álvaro Dias (PSDB)?

 

E se Dilma estivesse sendo acusada de ter recebido 250 mil de uma empreiteira, na Operação Lava Jato, como Carlos Sampaio (PSDB)?

 

E se Dilma tivesse comprado um apartamento no bairro mais nobre de Paris e, dividindo-se o valor do imóvel pelos seus rendimentos, se

constatasse que ela teria que ter presidido este país por quase trezentos para o ter comprado, caso de FHC (PSDB)?

 

E se Dilma fosse proprietária da maior rede de televisão do país, devendo quase um bilhão de impostos e mais dois bilhões no sistema

financeiro, e tivesse o compromisso de proteger corruptos e derrubar a presidente, em troca do perdão da dívida com o fisco e financiamento

do BNDES, para quitar as dívidas da empresa, como no passado, caso dos irmãos Marinho, proprietários da Rede Globo de Televisão?

 

E se Dilma tivesse sido denunciada seis vezes, por seis delatores diferentes, na operação Lava Jato, e fossem encontradas quatro contas suas,

secretas, na Suíça, alimentadas por 23 outras contas, em paraísos fiscais, e o dinheiro tivesse sido bloqueado pelo Ministério público suíço,

por o entender fruto de fonte escusa, e tivesse mandado toda a documentação para o Brasil, com a assinatura dela, como aconteceu com

Eduardo Cunha (PMDB)?

 

 

Certamente Dilma, investigada noite e dia, em todas as instâncias, sem um indiciamento, sem sequer evidências de crimes, no dizer do

promotor da Lava Jato e de um dos advogados dos réus, "uma mulher honrada", não estaria com os citados pedindo o seu impeachment.

 

O seu crime? Chegou o dia de pagar aos carentes da Bolsa família e o tesouro não tinha dinheiro. A Caixa Econômica Federal pagou e recebeu

três dias depois. Isto é pedalada e por isso todos os citados acima a querem fora do governo.

 

Porque é desonesta ou porque é um risco para os desonestos?

 

Para apressar a tramitação dos processos em curso ou para os arquivar?

 

 

 

Nota - Este texto foi enviado pelo argonauta Camilo Joseph.

 

 

09 maio, 2016

Carta de uma mãe (INVERSÃO DE VALORES RTP1)

 

 

INVERSÃO DE VALORES - CARTA DE UMA MÃE PARA OUTRA MÃE (ASSUNTO VERÍDICO).

*Carta enviada de uma mãe para outra mãe no Porto, após um telejornal da RTP1:

De mãe para mãe...

Cara Senhora, vi o seu enérgico protesto diante das câmaras de televisão contra a transferência do seu filho, presidiário, das dependências da prisão de Custóias para outra dependência prisional em Lisboa <http://isboa/> .
Vi-a a queixar-se da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que vai passar a ter para o visitar, bem como de outros inconvenientes decorrentes dessa mesma transferência.
Vi também toda a cobertura que os jornalistas e repórteres deram a este facto, assim como vi que não só você, mas também outras mães na mesma situação, contam com o apoio de Comissões, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, etc...

Eu também sou mãe e posso compreender o seu protesto. Quero com ele fazer coro, porque, como verá, também é enorme a distância que me separa do meu filho.
A trabalhar e a ganhar pouco, tenho as mesmas dificuldades e despesas para o visitar.
Com muito sacrifício, só o posso fazer aos domingos porque trabalho (inclusive

aos sábados) para auxiliar no sustento e educação do resto da família.

Se ainda não percebeu, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou cruelmente num assalto a uma bomba de combustível, onde ele, meu filho, trabalhava durante a noite para pagar os estudos e ajudar a família.

No próximo domingo, enquando você estiver a abraçar e beijar o seu filho, eu estarei a visitar o meu e a depositar algumas flores na sua humilde campa, num cemitério dos arredores...

Pode ficar tranquila, que o Estado se encarregará de tirar parte do meu magro salário para custear o sustento do seu filho e, de novo, o colchão que ele queimou, pela segunda vez, na cadeia onde se encontrava a cumprir pena, por ser um criminoso.
No cemitério, ou na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante dessas "Entidades" que tanto a confortam, para me dar uma só palavra de conforto ou indicar-me quais "os meus direitos".

Para terminar, ainda como mãe, peço por favor:
Façam circular este manifesto! Talvez se consiga acabar com esta inversão de valores que assola Portugal e não só...

Direitos humanos só deveriam ser para "humanos direitos"

.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

21 março, 2016

Cristas - ESMIUÇANDO O BURACO DA CRISTAS

 "ESMIUÇAR O BURACO DA CRISTAS"

Para não haver qualquer dúvida sobre a fidelidade das fontes, informa-se que os factos seguintes vêem no insuspeito Expresso de  27 de Fevereiro, em local escondido (pág. 10, à esquerda, no fundo).


1. A Cristas deixou um "buraco" de 340 milhões de euros no Ministério da Agricultura ;

2. A Cristas assume que deixou uma herança que inclui o pagamento futuro de 200 milhões mas que Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque conheciam;

3. A Cristas esgotou num ano (de eleições, recordemos) os milhões de verbas da UE para cinco anos e até excedeu as verbas em 296 milhões de euros;

4. Da dotação global de 576 milhões para ajudas "agro-alimentares", a gastar entre 2015 e 2019, a Cristas "comprometeu" 872 milhões logo em 2015!

A saga poderia continuar (20 milhões de euros de seguros por pagar, 24 milhões de obras no Alqueva...) mas basta isto para medirmos a irresponsabilidade de quem distribuiu milhões em ano de votos, enchendo os bolsos dos amiguinhos da CAP e não só.

Afinal andamos a ser aldrabados por quem esbanjou num dia o que fará falta nos anos seguintes. Esta senhora, refinadamente reaccionária, quer agora dar lições de moral e de boa gestão. E quer chefiar um partido! Valha-nos a senhora do "grelo e da chaputa"!



15 março, 2016

Preço dos combustiveis verso transportadores

/Então é agora que os transportadores vão fazer manifestações por causa do preço dos combustíveis?

Ora vejamos:
15 de Março de 2013
Gasolina - €1,645/l
Gasóleo - €1,456/l
14 de Março de 2014
Gasolina - €1,587/l
Gasóleo - €1, 387/l

13 de Março de 2015
Gasolina - €1,484/l
Gasóleo - €1,287/l

11 de Março de 2016
Gasolina - €1,375/l
Gasóleo - €1,151/l

Máximo histórico do preço da Gasolina - €1,775 em 13 de Abril de 2012
Máximo histórico do preço do Gasóleo - €1,547 em 31 de Agosto de 2012
(fonte: www.maisgasolina.com)

Portanto de ou são parvos ou querem fazer de mim parvo!!!
Leiam bem e com atenção!!
Ou será que a cara de uns é mais jeitosa que a cara de outros??!!

Pinto da Costa e os mafiosos

/ Durante cerca de uma hora, os associados tomaram o púlpito e deixaram críticas aos "oportunistas que rodeiam o presidente", chegando mesmo a pedir "uma limpeza geral" aos "mafiosos que estão com Pinto da Costa".

 

Paulo Portas


À saída do congresso do CDS, Paulo Portas não conteve as lágrimas. Se a genuinidade do choro levanta algumas dúvidas, poucos acreditarão que a despedida seja irrevogável.
Os últimos quatro anos deitaram por terra a credibilidade de um político que renegou todos os compromissos para repartir o pote com Passos Coelho, revelando quão cínicas eram as efabulações do "partido dos reformados" e do "partido dos contribuintes" com que enganou os portugueses.
Se fosse pessoa de bem, Paulo Portas deveria pedir desculpa e chorar baba e ranho, não por deixar de ser líder do CDS, mas por ter participado no pior governo do Portugal democrático, por ter cortado salários e pensões e por ser cúmplice do maior aumento de impostos de que há memória.
Se fosse pessoa de bem. In A Forma e o Conteúdo

 


14 março, 2016

Paulo Portas um sem vergonha

“Quem ia morrendo afogado nas suas lágrimas de afecto foi o próprio Paulo Portas, que agora parece ter ganho a mania de chorar.

Corou que nem uma Madalena arrependida ao pedir desculpa à família por se ter dedicado tanto ao CDS. parece que Paulo Portas está a ficar piegas com a idade, conseguiu evitar choros quando levou tanta gente à miséria com a reformatação económica do país iletrada pelo iletrado Passos Coelho, não chorou quando viu portugueses morrer á portas das urgências, não verteu uma lágrima quando cortou os rendimentos dos pensionistas, os tais que tinham no CDS os seu partido.

Agora chora baba e ranho por tudo e por nada.” In “ O Jumento”

04 março, 2016

Deutsche Bank


De há uns tempos a esta parte o Deutsche Bank tornou mais agressiva a sua campanha para captação de poupanças dos portugueses. Recusar tais ofertas será neste momento o mais sensato.
O investir contra o orçamento português por parte de personalidades da nomenclatura da EU também pareceu estar a esconder outra coisa por tão despropositado que era.
Para compreender as razões desta atitude, recuemos a algum tempo atrás, com a ajuda do Blog de Marco Antonio Moreno, em posts dos últimos dias.

O Maple Bank, alemão, seria quase desconhecido internacionalmente se não tivesse desempenhado um papel numa das batalhas de aquisição mais espetaculares na história da Alemanha: a tentativa, que acabou por fracassar, do fabricante de carros desportivos Porsche engolir a sua muito maior rival Volkswagen, em 2008.
Os gerentes financeiros da Porsche fizeram transações complexas e fraudulentas com derivados financeiros para a empresa com sede em Stuttgart para se apropriarem da empresa com sede em Wolfsburg. Este fato foi considerado uma criminosa manipulação de mercado. A investigação ainda está em curso.
Se bem que o Maple Bank não tenha "importância sistémica" e, portanto, não constitua uma ameaça para a estabilidade financeira, vai afetar milhares de clientes, principalmente institucionais, que não podem retirar de lá o seu dinheiro. Cerca de 2.600 milhões de euros de passivos representam apenas uma pequena parcela dos depósitos de clientes individuais.
Se a BaFin (autoridade reguladora financeira federal) determinar a compensação, o dinheiro é protegido pelo Fundo de Protecção de Depósitos da Associação de Bancos Alemães até 100.000 euros por cliente. Isso pode significar uma perda de impostos para a Alemanha de mais de 1.000 milhões de euros.
O encerramento do Maple Bank é até agora a ação mais dura na Alemanha contra um banco em virtude de operações duvidosas, e passa a ser um aviso para outros bancos e fundos que têm manipulado o mercado inflacionando o valor de algumas acções ou afundando outras.
Depois disto o Deutsche Bank começou a tremer: O maior banco privado na Europa tem 80 biliões (milhões de milhões) em derivados financeiros que se vão afundar como um castelo de cartas.
Desta vez, sim, haverá risco sistêmico: é mais de 20 vezes o PIB da Alemanha e quase cinco vezes o PIB dos EUA e o Deutsche Bank pode desencadear um novo caso Lehman Brothers.
As ações do banco caíram 40 por cento, até agora neste ano, e mais de 95 por cento desde 2008, ficando à vista as nuvens negras e as tempestades que pairam sobre a Europa.
Os problemas do Deutsche Bank não vieram à tona em 2013. Ficaram escondidos, porque o que importava para os dirigentes da UE salientar era a crise grega, "a mãe de todos os problemas europeus", com a troika (FMI, BCE, CE), e mais recentemente também Portugal.foi atingido. 
As autoridades financeiras da zona do euro começaram a fechar bancos por fraude e lavagem de dinheiro, logo o Deutsche Bank é abanado nos seus próprios alicerces.
O maior banco privado na Alemanha, e também o maior da Europa, teve de confessar perdas de 6.890 milhões de euros em 2015 (dos quais 2.000 milhões foram no quarto trimestre) e anunciou que irá despedir 35 mil trabalhadores!.
O Deutsche Bank foi multado em 2.500 milhões de dólares pelas autoridades do Reino Unido e dos EUA, na sequência de uma investigação de sete anos sobre o seu papel na manipulação das taxas de juro.
A empresa alemã vai ser forçada a abandonar vários países e o seu novo presidente teve que reconhecer que só um milagre (uma guerra?, digo eu) poderia salvar o Deutsche Bank.
Por esta altura, e depois de sete anos de apoios do BCE, as metástases do problema têm-se expandido.
Tudo o que algumas teorias económicas negaram durante décadas que pudesse acontecer, aconteceu nestes oito anos de crise.
Se em 2013 os media preferiram ignorar o colapso do banco alemão para dar prioridade à crise grega, era apenas para dar tempo para o Deutsche Bank recuperar. Mas a realidade económica e o passado criminoso do banco agravaram a situação que se torna impossível de recuperar.
O Deustsche Bank é talvez o exemplo mais claro do antes e depois de um banco depois da crise financeira. À euforia de empréstimos fáceis, seguiram-se as trevas da deflação e estagnação do crédito.
Se as injeções de liquidez bilionárias do BCE não recuperarem o banco e derem dinamismo à economia real, é porque o sistema entrou em colapso. E então há que o assumir, em vez da Alemanha disparar contra os riscos de não cumprimento dos déficites de outros países de economias mais débeis.
Os derivados financeiros não só distorceram toda a economia por via dos preços, como incubaram bolhas financeiras para cobrir posições e ganhar tempo. Mas eles não esperavam pela armadilha deflacionária porque, de acordo com o atual modelo económico, esse termo não existe.
O que hoje o Deutsch Banca representa é um enorme esquema Ponzi, com o desmoronamento da pirâmide criada nos anos 90 com a desregulação financeira mundial que nunca levou em conta os riscos reais.
A crise, fermentando, estava sob os narizes de todos, porque enquanto Merkel, Schäuble, Juncker Lagarde e Dijsselbloem argumentavam que o problema era dos bancos na periferia (Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha), eles não queriam revelar o verdadeiro problema da enorme dívida tóxica do Deutsche Bank, o maior banco privado da Europa!.
O colapso do Deutsche Bank está a agitar todo o sistema financeiro mundial. Nas primeiros seis semanas do ano, o Deutsche Bank perdeu 40 por cento do seu valor mas não ficou sozinho nas perdas. O Citibank caiu 25 por cento, o Bank of America, o UBS e o Crédit Suisse 23 por cento, o Goldman Sachs 20 por cento e o JP Morgan 18 por cento. O sistema financeiro está em queda livre.
Só que desta vez, nem os bancos centrais nem os governos têm quaisquer munições, a menos que saceiem raízes e façam desaparecer os fundos de pensões
.A economia mundial parece estar presa numa espiral de morte.


29 fevereiro, 2016

Orlando Figueira e agora?

Podemos sempre dizer que a justiça está a funcionar porque um procurador do Ministério Público foi detido e ficou em prisão preventiva. Podemos dizer que os magistrados são humanos e errar é humano. Podemos dizer, e eu digo, que o procurador Orlando Figueira é presumivelmente inocente. Mas se relativamente aos políticos, dada a sua má reputação, ninguém se surpreende quando lhes são apontadas suspeitas de corrupção, um magistrado do Ministério Público, ainda por cima, especializado na investigação da corrupção, ser suspeito de corrupção e detido por perigo de fuga e de perturbação do inquérito, é um escândalo de proporções incalculáveis, capaz de arrastar indelevelmente a credibilidade da justiça. ( Vai e Vem)

Assunção Cristas vista por "O Jumento"





Compreende-.se a frustração da rapariga, contava passear a sua incompetência num ministério durante mais uma legislatura, mas veio o António Costa e estragou o negócio. Agora institucionalizou a raiva e a estupidez, uma estupidez pois já se sente no direito de escolher o futuro líder do PS e a raiva de quem não consegue digerir uma derrota política.

28 fevereiro, 2016

Nicolau Santos e o Novo Banco


Banca nacional: e ninguém cora de vergonha?

(Nicolau Santos, in Expresso, 27/02/2016)
O anúncio de que o Novo Banco registou prejuízos de €980,6 milhões em 2015 e que provavelmente só terá lucros em 2017 é estarrecedor. Se um banco, que nasceu com o conta-quilómetros a zero, como anunciou o governador do Banco de Portugal; se um banco que viu o seu passivo expurgado dos ativos tóxicos; se um banco que arrancou com um capital inicial de €4900 milhões, dos quais 3900 milhões garantidos pelos contribuintes; se um banco que no final de 2015 viu retirados das suas responsabilidades mais €1900 milhões de cinco emissões de dívida sénior, que passaram para o BES "mau"; se um banco que tem um presidente emprestado por uma das maiores instituições financeiras europeias, o Lloyds Bank; pois se um banco com todas estas condições, estes apoios e estas redes de proteção mesmo assim consegue apresentar prejuízos de quase mil milhões de euros, anunciados quase com desfastio e como se fosse normal pelo presidente Stock da Cunha, então o problema é muito mais fundo do que se pensava.
E o problema não é apenas o Novo Banco mas, como começa a ser ululantemente óbvio, o sistema financeiro português, onde quatro dos cinco maiores bancos estão a viver situações muito difíceis. A Caixa Geral de Depósitos necessita de um aumento de capital, na casa dos €1400 milhões, além de ainda não ter pago as ajudas públicas de €900 milhões que recebeu; o BCP já pagou parte mas ainda deve €750 milhões; o Novo Banco tem lá €3900 milhões garantidos pelo Estado e já se sabe que vai precisar de um novo aumento de capital; e o BPI vive uma situação de grande tensão acionista, que o pode levar a ter de vender a posição maioritária que detém no Banco de Fomento de Angola, de onde vêm cerca de 80% dos seus resultados.
O descalabro da banca portuguesa é o reflexo do descalabro da economia nacional após quatro anos de austeridade e sequelas profundas sobre o tecido produtivo. Perante este quadro, qualquer cidadão se interroga como foi possível os bancos portugueses terem passado por sucessivos testes de stresse conduzidos pelas autoridades europeias, saindo sempre aprovados; e como foi possível o Banco de Portugal garantir sucessivamente que o nosso sistema financeiro era sólido e seguro.
Perante este quadro, qualquer cidadão, que já paga mais de €2500 milhões pelo caso de polícia que foi o BPN, que já encaixou perdas de 2100 milhões com o Banif e que vai pagar provavelmente esses dois valores somados pela resolução do BES e pela venda do Novo Banco, qualquer cidadão, dizia, se interroga sobre quando chegará ao fim este filme de terror. E se ninguém — Juncker, Draghi, Constâncio, Carlos Costa, Passos, Maria Luís — cora de vergonha.
Uma coisa é certa: o descalabro da banca portuguesa é o reflexo do descalabro da economia nacional após quatro anos de austeridade e sequelas profundas sobre o tecido produtivo. E a prova, mais uma, de como o ajustamento foi errado tecnicamente e mal conduzido politicamente.

João Almeida - o "Puto" que brinca à Política?

Passos Coelho... mas que azia!

No mais íntimo do seu ser, Passos vê-se ainda como primeiro-ministro e também por isso usa na lapela, qual amuleto, a bandeirinha nacional que mandou fazer quando era primeiro-ministro. Na sua cabeça ainda não entrou o facto de o seu governo ter sido chumbado no Parlamento pela maioria dos deputados democraticamente eleitos. Quando afirma que António Costa lhe “usurpou” o poder e que esse poder não foi conquistado “por direito próprio”, Passos Coelho está a negar ao Parlamento a função que a Constituição lhe atribui de aprovar ou rejeitar o programa do governo. Passos nega, pois, o nosso regime constitucional, ao considerar que a única “fonte de autoridade” do governo emana de eleições. Queria ser primeiro-ministro mesmo depois de o seu programa de governo ter sido rejeitado pelo Parlamento.( vaievem )

Cristas a nova "rainha" do CDS



Mas será que alguém acredita que esta senhora pode impor condições depois de ir a votos?

Carlos Costa do Banco de Portugal



Questionado acerca da possibilidade de se demitir, Carlos Costa recusa essa hipótese. “Seria curioso que qualquer pequeno incidente determinasse uma perda de vontade de alcançar os objectivos que tenho de prosseguir”, declarou ao semanário, concluindo que isso “seria obviamente atribuir um significado que não tem a uma declaração”.» [Público]

Pacheco Pereira escreve assim...

Há uma certa tristeza nisto tudo, mas as coisas são como são. O PSD referve de raiva, como se vê quando Passos Coelho abre a boca. Tornou-se mais revanchista do que o CDS, e não tem outra estratégia que não seja garantir que haja eleições a curto prazo. Já teve melhores condições para as ganhar, hoje cada dia tem menos. A metamorfose “social-democrata” parece a toda a gente como oportunista, a começar pelos neoliberais que Passos reuniu à sua volta, para quem o PSD é um instrumento de acesso ao poder, mas que gostam mais do CDS.» [Público]

25 fevereiro, 2016

Moody´s diz que sim... e agora?

A Moody's considera que a aprovação da versão revista do Orçamento do Estado (OE) de 2016 melhora a credibilidade orçamental de Portugal e atribui ao país um crédito positivo.Numa nota divulgada esta manhã, a Moody's, que mantém ainda o rating português na categoria lixo, considera que Portugal, com a aprovação do Orçamento, demonstra a capacidade do Governo em reverter o rumo até aqui seguido, ao definir um novo percurso mais realista, em termos orçamentais.

A Moody's realça ainda que fica de fora o risco de novas eleições.