01 novembro, 2008

Professores – Avaliação de desempenho, nunca

Última ronda negocial da FNE terminou sem acordo

Sindicatos rejeitam proposta em que desempenho seria factor na graduação dos professores

Os "profissionais dos Sindicatos", pagos pelos contribuintes, muitos deles, terão passado poucas horas pelas escola na sua função profissional de professores, rejeitam aquilo que é fundamental em qualquer profissão – a avaliação profissional.

Não querem ser avaliados.

Se se dizem profissionais competentes, etc, etc., qual o motivo que os amedronta tanto?

A invenção de que não tem tempo, que é complicado o sistema, complexo, moroso, etc, etc., são argumentos estafados que a maioria do "Zé Povinho", oas pais, os Encarregados de Educação e os familiares dos alunos, no fundo aqueles que lhes paga os salários, não entendem.

Os professores no activo, os que estão com baixa, os reformados, todas aqueles que andam a reboque e a mando dos sindicatos, hão-de reparar num próximo dia destes que os seus argumentos não colhem apoio da maioria dos portugueses

Estão fartos de saber que uma grande parte dos professores quer apenas defender o seu "tacho", a partir do meio da carreira dar meia duzia de aulas por semana e por volta do dia 22 de cada mês, conferir na conta bancária se o produto dos contribuintes já lá se encontra para seu uso e fruto.


3 comentários:

Anónimo disse...

O autor deste texto parece não estar por dentro do questão. Mas se está, ou pretende conduzir os leitores à reflexão sobre o assunto, o que acho louvável, ou então...
Este meu ponto de vista decorre da seguinte observação:
Porque haverão os professores de ser avaliados? E que professores, se o Ministério da Educação e a sua irresponsável não querem que esses profissionais existam?
Aliás a existência de professores só se justifica se houver quem queira aprender com eles, se houver alunos, e sem alunos os professores não são professores.
Mas também no âmbito do estatuto de aluno nem o Ministério nem a sua Dona autorizam que os jovenzinhos dos 6 ou 7 anos aos 15 se candidatem a esse estatuto, compensando-os com "magalhães" "quadros digitais", "internets" e outras coisas que tais. E os meninos até ficam todos contentes, porque para eles a brincadeira até é mais apelativa do que a canseira de estudar.
É que ser verdadeiramente aluno é estar motivado para querer aprender, é preparar-se para vir a entender o sentido da vida em sociedade, o mundo em que vive, adquirir saberes e capacidades no domínio do raciocínio, da filosofia, da crítica, da cidadania; é preparar-se para vir a ser firme no seu quer honesto, integro de ideal, valente no combate à hipocrisia. É preparar-se para poder um dia dizer NÃO! a quem confunde governação com oportunismo, humildade com prepotência, seriedade com fanfarronice.
É por isso que o Governo, o Ministério da Educação e a Senhora Ministra não permitem que haja alunos. E não havendo alunos, não há professores.
Então quem será, afinal, que o Ministério e a sua irresponsável pretendem avaliar?

É mais fácil comduzir um grande rebanho de ovideos do que um só pastor.
Tenho dito
Não sou professor.

Anónimo disse...

Este comentário merece a seguinte reflecção:
A avaliação não tem nada a ver com a disciplina e a autoridade dos professores para com os alunos, com os "Magalhães" etc.
Muito menos com a falta de alunos, pois sem eles não são necessários professores.
Tem a ver, tambem, com o facto de terem entrado para "professores" centenas, senão milhares de "profissionais" de ensino com habilitações mas sem aptidões para tal.
Ser professor, não é só uma profissão, é uma devoção.
Que é devoto à profissão, não tem medo de ser avaliado.
Todas as profissões devem ser avaliadas, por maioria de razão, aquelas que são pagas pelos contribuintes.
Aqui os professores, os profissionais sem vocação para a profissão, não querem.
Veja-se o curriculum do "professor chefe dos sindoicatos".
Alguma vez esse e os milhares que andaram anos e anos pelos sinsicatos a serem pagos pelos contribuintes e nem pelas escolas passavam. Erm sindicalistas profissionais e não professores de profissão.

Anónimo disse...

Da 1ª anónima ao 2º anónimo/a.
Caro/a comentador/a. Talvez não tenha entendido o meu comentário.
1º- Não pretendi defender os sindicatos, ainda que os considere necessários, por algumas razões, sejam quais forem as áreas profissionais a que respeitam.
Devo dizer-lhe que eu mesma fui co-fundadora de um sindicato, logo após o 25 de Abril - organização que já não existe - e dois ou três meses depois desvinculei-me dele por discordar das tendências (não necessariamente políticas) então prevalecentes. Portanto quanto a sindicatos tenho dito.
2º - Quando defende que a avaliação nada tem que ver com a disciplina nas aulas e com a autoridade dos professores, engana-se redondamente, ou então, se for ou fosse professor/a, as suas aulas devem ou deviam ser lindas. Imagine que eu era sua colega ou inspectora e cabia-me assistir a uma das suas lições. Acha que eu toleraria a bagunça por si permitida?
3º - Não se trata de falta de alunos, isto é, de jovens nas escolas, nas aulas, como supôs que eu tivesse pretendido dizer. Trata-se de falta de interesse pela escola, pela aprendizagem,por tudo o que de importante os professores possam ter para dar. Releia o meu 5º parágrafo.
4º - Os magalhães, os quadros digitais, a internet e outras coisas que tais, a que parece não dar importância - ou então dá, louvando o "choque tecnológico" que choca não pela tecnologia, mas pela intenção sub-reptícia que o envolve -,têm muito que se lhes diga, ou seja, não interessam para nada! Eu não quero que os meus netos saibam lidar com tais tecnologias. Quero que saibam fazer, com o compasso em mão, uma circunferência, ainda que eventualmente imperfeita, em vez de carregar num botão e a rodinha aparecer muito redondinha no grande quadro. Eu não quero que os meus netos procurem na net o que os manuais, as enciclopédias, as bibliotecas têm para oferecer, geralmente a partir de fontes mais fidedignas. Eu não posso admitir que os seus professores os obriguem a apresentar os seus trabalhos escritos a computador. Eu quero que os professores exijam a melhor apresentação, mas em caligrafia digna de se considerar como tal.
Eu não quero que os meus netos usem maquineta de calcular, mas saibam a tabuada de cor e salteado, compreendendo-a, aplicando-a em qualquer momento ou situação. Eu não quero que os meus netos cheguem à faculdade exímios em computação e não saibam o que escrevem ou que que lêem.
Mas não pense que sou uma VELHA DO RESTELO. Considero-me, modéstia à parte, muito adiante de do que por aí vai...
5º - Para não me alongar mais, aceito o seu ponto de vista relativamente ao seu 4º parágrafo, enbora tenha que dizer que a falta de preparação dos docentes também se deva às faculdades que os formam.
Com o seu restante texto tenho de estar e acordo.
Termino dizendo que o meu comentário anterior envolvia propositadamente alguma ironia. Parece que se justificou.
Cordiais saudações.