12 janeiro, 2010

Professores por José Niza

Por:
José Niza

Na educação e no ensino, como em qualquer outra classe, existem profissionais excelentes, muito bons, bons, razoáveis, medíocres, maus, muito maus e péssimos.

Num universo bastante superior a cem mil docentes do ensino secundário existe uma pirâmide profissional de base alargada e de cume estreito. Quanto mais se sobe, melhor é a qualidade. E quanto mais nos acercamos da base, mais nos deparamos com incompetência, laxismo e indigência.

A luta dos sindicatos dos professores contra o País – eles querem fazer crer que é só contra o governo, mas não é – tem um único objectivo: inverter a pirâmide, pôr-lhe a base para cima e o cume para baixo. Por outras palavras: transformar o universo de mais de cem mil professores num exército só de generais e com meia dúzia de soldados meio analfabetos a servir de figurantes.

Como é que isto se consegue?

Muito fácil. A manobra estratégica assenta em dois conceitos chave. O primeiro chama-se "avaliação". O segundo, "progressão na carreira".

E como é que funciona?

Também é muito fácil. Primeiro adopta-se um modelo de avaliação sem consistência, sem credibilidade, e sem obedecer a critérios rigorosos e exigentes que produzam resultados justos e acima de qualquer suspeita. Depois, o que acontece com esta simpática "avaliação", é uma coisa que não falha: uma incontornável e incomensurável generosidade. Uma generosidade tão generosa que, por golpes de magia, transforma quase todos os docentes em "bons" professores, num mundo educacional onde "não há rapazes maus".

A etapa seguinte – uma vez que quase todos os sotôres e sotôras foram sendo avaliados como excelentes, muito bons e bons – é a da exigência de salários mais altos, aos quais, tecnicamente, chamam "progressão na carreira".

Quando pela primeira vez ouvi falar desta exigência dos professores julguei que se tratasse de assegurar a legítima ambição de ascender a cargos ou a funções de maior relevo académico ou pedagógico, num contexto de maior enriquecimento profissional ou de dignificação da qualidade do ensino nas nossas escolas.

Enganei-me redondamente.

Na realidade, do que se está a tratar – pura e exclusivamente – é de dinheiro. Só de dinheiro. De mais dinheiro.

E já agora que falamos de dinheiro, vejamos qual é a outra face da moeda.

Tudo isto se passa num país onde o salário mínimo é de 475 euros, um dos mais baixos da Europa.

Tudo isto se passa num país onde os senhores professores e as senhoras professoras auferem dos mais altos salários europeus quando e se comparados aos dos seus colegas.

Esta é a realidade.

E dela se devia partir, de boa fé, para quaisquer negociações dignas desse nome entre sindicatos e governo. Ignorar essa realidade é uma afronta à dignidade e aos direitos sociais de milhões de portugueses que vivem – ou sobrevivem – abaixo da linha de água.

De um destacado militante comunista – como é o Secretário-Geral da Fenprof, Mário Nogueira – seria de esperar que, em matéria de dinheiros, tivesse mais em conta as necessidades de apoio financeiro e social aos mais de quinhentos mil desempregados, do que engordar os salários de mais de cem mil funcionários públicos, os quais, para além de já ganharem bem, têm ainda a valiosa garantia de não caírem no desemprego.

É que, os dinheiros do Estado – isto é, o dinheiro de todos nós – não chegam para tudo nem para todos. E a solidariedade ordena que se dê prioridade aos mais pobres e aos mais carenciados.

Entender, assumir, e praticar este princípio, seria uma atitude lúcida e patriótica que infelizmente ninguém está a ver em nenhum dos partidos da oposição.

E se, no Parlamento, se vier a ceder o que o governo não cedeu, a pergunta é: quem é que vai pagar a factura?

 PS – 1. Como entreguei este texto no dia 4, ignoro o que resultou da reunião que ontem se realizou entre os sindicatos e a ministra da educação. Gostaria de ter de vir a retirar o que aqui escrevi… mas não acredito em milagres.

2. O senhor professor Mário Nogueira já não dá aulas há mais de 20 anos. Foi alguma vez avaliado? Quem o avaliou? E que classificação obteve? Ou será que a avaliação é só para os outros? O Ribatejo

26 comentários:

Anónimo disse...

O Sotôr Niza que olhe para a sua classe e faça um exame de consciência! Mas faça-o clara e friamente se tiver essa coragem! Depois, tenha a honestidade de enviar um texto para o jornal "O Ribatejo"! Mas atenção,inteire-se junto de quem realmente sabe! E lembro-lhe que quem paga os ordenados à sua classe é o Estado! Não somos "nós", mas o Estado, com o dinheiro que nós descontámos como é nossa obrigação! O que nem sempre se passa com a sua classe! Pois não, Sotôr José Niza?!

Anónimo disse...

Senhores professores, contestem estas meia duzias de verdades.

Anónimo disse...

Não sou professor, mas aqui estou.
Mau Caro José Niza.
Desta vez falhou. Escreveu a pensar que iria dizer algo de novo, mas afinal...
Então trata-se de inverter a pirâmide, é?
E quem lhe disse, quem lhe garante que quanto mais se sobe melhor é a qualidade? Que raciocínio! Pensa que é mesmo assim?
Como se engana, meu Caro Dr. Se ainda faz medicina, estarão bem servidos os seus pacientes, com o médico a errar assim nos seus diagnósticos!
Eu percebo o objectivo da sua afirmação. Afirmação que é o ponto de partida para a que se lhe segue: o que os sindicatos querem é inverter a pirâmide. E tenta adornar esse seu dito com algumas metáforas sem sentido.
Vem, depois, com a já estafada ladainha da "avaliação", provando apenas que não entende nada do que se trata, portando-se como alguns comentadores que por aqui têm passado a pensar que comentam alguma coisa.
A respeito da "avaliação" tem o desplante de falar em critérios rigorosos e exigentes, esquecendo-se de que a ministra Lurdes Rodrigues e seu 1º ministro tudo fizeram para que a dita "avaliação" existisse sem critérios, sem exigência, mas à mercê de compadrios que iriam surgir de forma exponencial.
Isabel Alçada tembém nada adiantou, à parte o regresso à coerência de um Estatuto que vinha de antes, de uma classe profissional que não congrega técnicos, encarregados, capatazes, trabalhadores, ajudantes, etc. porque todos fazem a mesma coisa, o que não acontece em quase todas as outras áreas de actividade.
Depois chega à desfaçatez de utilizar os termos "sotôres e sotôras", actuando como grande parte da população que não sabe que, hoje, a quase totalidade desses professores é, pelo menos, licenciada, o que, à boa maneira portuguesa, esses profissionais têm direito a serem tratados por Srs. Drs.(Senhores Doutores, para que se perceba melhor), como o Senhor mesmo é tratado, dado possuir o mesmo grau académico. Essa sua consciente corruptela só revela mau gosto.
Ao contrário do que afirma, as exigências dos professores não têm que ver essencialmente com dinheiro, embora essa também se justifique, porquanto o dinheiro, que é importante na vida de toda a gente, na sua inclusive, faz-lhes falta. E já agora, se não sabe fica a saber que há professores com quase meia carreira cumprida a viver no limiar da pobreza, levando para casa, em cada mês, cerca de 1060 euros líquidos. Faça a sua vida só com essa mensalidade. Tente, Sr. Dr., para saber como é fácil!
Claro que quanto aos altos salários dos professores, a que se refere, há um ponto que não deixo de concordar consigo. Recebem um bom vencimento, mas no final da carreira, quando talvez não tenham necessidade disso. Era mais lógico e mais justo que os seus vencimentos a meio da carreira fossem substancialmente mais elevados, e não como o de muitos outros trabalhadores não qualificados. Mais lógico e mais justo, em prejuízo do salário dos últimos anos. Isto porque é dos 30 aos 50 anos de idade que o docente constitui família, assume as inerentes responsabilidades, procura adquirir habitação própria, continua, em muitos casos, a valorizar-se academicamente, investiga, publica, quando é caso disso, atravessa, em princípio, a fase da sua vida mais canseirosa.
Teria de ser, pois, por essa altura, que os salários dos professores passassem a merecer mais atenção por parte de quem governa, dos sindicatos, e da própria classe no seu todo. Um bom vencimento no final da carreira, para que servirá? Para passear? Não sou contra. Para distribuir pelos filhos ou netos? Só mesmo por necessidade destes, se não, que trabalhem como fizeram os pais ou avós. Para fazer caridade? Quando esta é necessária é sinal de que muita coisa vai mal.
Por fim, Sr. Dr. Niza, um conselho, se me permite: Não confunda sindicatos com professores, nem seja mais um a tentar empoeirar os olhos da opinião pública.
CLABE DE SOL

Anónimo disse...

Não é necessario tanto palavreado para justificar o que não tem justificação. partte dos argumentos invocados são sempre os msmos e tem origem na mesma filosofia de vida daqueles que querem ganhar muito e fazer muito pouco

Anónimo disse...

Ao último comentador.
Pregar aos peixinhos é bem mais salutar, vale bem mais a pena.

Sr. último comentador, vê-se que não entendeu nada, mas mesmo nada, do que eu escrevi.
O que vai valendo a este pobre país são as pessoas capazes de me entender. Criaturas como VÓS não contam...
CLABE DE SOL

Anónimo disse...

Creio que este "palavreado" de CLAVE DE SOL, não lhe era dirigido, como provável leitor! Quando não se consegue interpretar o que está escrito e duma maneira tão clara, muito desviada anda a sua inteligência! Se percebeu e fez que não percebeu, então o seu caso é mais grave - tem que se encontrar consigo mesmo! Pode ter outra opinião, pode sim senhor! Mas vá mais além e não se limite a uma resposta tão básica! Isto, se tiver capacidade, claro!...

Anónimo disse...

Sr. Dr. José Niza: Encontra alguma razão para que a sua classe receba um elevado bónus, para tratar doentes no interior? Não consta, nem deve constar, que os Professores, por exemplo, tentam este tratamento! Então, os Médicos não são pagos pelo Estado? Ó Sr. Dr. Niza, seja racional e cooerente quando escreve sobre os Professores! Ou será que vai dizer que os Médicos não estão a ser aliciados com bónus altos para trabalharem no interior do País?
Existe explicação para isso? Qual?

Anónimo disse...

CLAVE DE SOL acrescenta:

Então eu é que não entendi nada?
Coitada desta gente!!!

CLAVE DE SOL

Anónimo disse...

voltamos ao problema de base, os Senhores Professores, nunca fizeram nada de jeito neste pais e viviam á sombra das excelentes regalias que tem.
Agora apertaram um pouco as exigências e pronto, passaram a querer serem uns desgraçadinhos.
Quem são os Funvionários Públicos deste pais que ganham o que eles ganham e tem as FÉRIAS que eles tem?
Tenho muita pena......chega de BOA VIDA!

Anónimo disse...

O Dr. Niza foi alguma vez avaliado? Quem o avaliou? E que classificação obteve?

Anónimo disse...

RESPOSTA AO PENÚLTIMO COMENTÁRIO

Eu Sr. comentador. Eu que sou funcionário público, possuo também diploma universitário, mas ganho bastante mais do que a maioria dos professores.
Não sabia? Então informe-se para poder falar com consciência.
POUCA CONVERSA BASTA

Anónimo disse...

Ganha mais? Faça as contas ao numero de horas que trabalha por semana, ao numero de dias de férias que tem por ano e às responsabilidades que lhes são pedidas pelos seus superiores.

Anónimo disse...

Já que está aí à espera, aqui vai a resposta:
Estou nos serviços 35 horas por semana, mas trabalho em média menos de 30. (Atenção que isto não quer dizer que não haja quem trabalhe mais de 35).
Quando venho para casa esqueço o meu gabinete.
Tenho normalmente 30 dias de férias.

Meu irmão, mais velho do que eu, é professor. Licenciado, pertencendo aos quadros de zona pedagógica (agora parece que têm outra designação), tem mais de 13 anos de carreira e cumpre semanalmente, na escola, 22 horas lectivas mais 4 não lectivas, mais em média 2,5 em reuniões. Total: 30,5 horas semanais na escola.
Em casa, 1 a 2 horas diárias. Aos fins de semana de 5 a 10 horas.
CONCLUINDO: Eu trabalho cerca de TRINTA horas por semana; meu irmão em média QUARENTA E CINCO.
Quanto a férias tem as mesmas que eu: TRINTA DIAS.
Não venha o comentador com o falso argumento dos dias em que estão em casa pelo Natal e Páscoa. Porque para isso acontecer, ele tem de trabalhar, nos dias anteriores, de 12 a 14 horas/dia.
Chega ou quer mais?
POUCA CONVERSA BASTA

Anónimo disse...

Alguém, abusivamente, se intitulou de CLAVE DE SOL para acrescentar, perguntando: «Então eu é que não entendi nada?»
Esse sintético "comentário" não é meu.
CLAVE DE SOL

Anónimo disse...

Que pena.
Por alguma razão, mesmo quando havia por aí "trabalho" à farta, esses moiros de trabalho a uq se dá o nome de professores, não quizeram nem querem mudar de profissão.
A demagogia deles e de quem os defende já não colhe os frutos que colhia há uns anos atrás.
Quem os conhece, quem vive os problemas das escolas com os filhos ou netos, sabe que isso não é verdade.
É mentira que trabalhem tanto, muito mais em casa no dia a dia e muito menos nos fins de semana.
Já não enganam ninguem, alguns professores, pela simples razão de que ano após ano leccionam as mesmas disciplinas e muitas dessas disciplinas nem sequer "obrigam" à preparação das aulas.
Nas aulas do 1º Ciclo, que preparação é precisa?
nas aulas do 2º ciclo, idem.
Podem querer que alguem acredita nas suas mentiras por as quererem dizer milhentas vezes, mas a verdade é que os professores mentem - trabalham muito menos do que dizem.

Anónimo disse...

Pouca Conversa Basta, mente, omite, usa a falácia para esconder a verdade.
As aulas acabam a meados de Junho para a grande maioria dos professores - o que fazem até meados de Setembro?
Entre o Natal e o Ano Novo, o que fazem?

Anónimo disse...

Mentiroso, bronco, imbecil, e o resto que não me apetece dizer, és tu.
Cresce, pobreza mental! Cresce para ver se algum dia chegas a entender alguma coisa!
POUCA CONVERSA BASTA

Anónimo disse...

Se considerasse minimamente os Professores, teria aprendido com eles e não viria para aqui ridicularizar-se com essa conversa absurda! Odeia os professores, vá lá saber-se porquê e deve ter odiado o Ensino! Foi pena, porque podia ter, hoje, outro nível de cultura! Assim, anda para aqui a babar-se! Sinto pena porque deve ser muito infeliz!

Anónimo disse...

O Sr. Sr. José Niza sabe bem que nunca o trataram por Sotôr! Nem mesmo quando estava na tropa, deixaram de o tratar com todo o respeito! Ou o Sr. Dr. está esquecido dos tempos idos? E sabe também que sempre foi muito considerado, precisamente por ser Sr. Doutor! Algum companheiro seu o tratou por Stôr ou Sotôr?! Sabe bem que não e também sabe muito bem que sempre esteve num pedestal na guerra de África! E, por acaso, o Sr. Dr. era mesmo "Doutor"?! Também sabe que não, pois sabe Sr. Doutor e não Sotôr! Também se lembrará muito bem das suas requintadas instalações para poder descansar, enquanto colegas seus, alguns mais letrados, carregavam com a mochila na mata! E até esses lhe chamavam Doutor e não Sotôr!
No mínimo, pela sua formação, não recorra ao enxovalho, porque lhe fica muito mal! Não acha que sim, Sr. Doutor e não Sotôr?!
COM CONSIDERAÇÃO

Anónimo disse...

Os professores não tem que ser odiados ou idolatrados. Tem que ser considerados como tal. Não podem é mentir, enganar, fazer crer aos incautos aquilo que não são. Isso não tem nada a ver com odio, tem a ver com a reposição da verdade sobre essa classe profissional, sugadora dos impostos duma grande maioria do Povo. A verdade custa. Por isso os seus apaniguados usam e abusam de todas as artimanhas e mentiras para fazerem crer que a unica verdade que existe na discussão dos problemas dos professores, é a versão que é por eles apresentada.
Essa não é a verdade. Essa é uma grande mentira e já foi desmascarada e continuará a sê-lo, quer eles queioram ou não. A verdade custa muito a entrar na cabeça dos "mentirosos"

Anónimo disse...

Algum falou em "babar-se", pois saiba que os cães raivosos se babam. Não seráo caso a quem se terá dirigido. Pode babar-se à vontade, pois essa sua baba pegajosa já não cosnpurca nada e ninguem. Essas mentalidades andrajosas já não são reconhecidas pela maioria dos portugueses.
Contente-se em babar-se ao esplho, só ou acompanhado, mas não tome por boa essa sua mé educação e desrespeito pelas ideias dos outros. Sujeite-se ao escrutinio da verdade, não tente tapar o Sol com a peneira da sua má educação e desrespeito pelo sentir do seu semelhante. Viva no embaraço da sua pseudo cultura e educação. Não queira que a sua bitola sirva por obrigação para todos os seus semelhantes que não concordam consigo. Sorve essa sua pseudo intelectualidade até ao tutano mas cuidade, não se engasgue da mesma maniera e modo como com ela já está embriagado.
Cuide-se. Por vezes para algumas situações doentias desse tipo, ainda há alguma terapia. Não cura a doença totalmente, porque esse tipo de doença é incurável, mas alivia o sofrimento de quem consigo convive mais de perto.

Anónimo disse...

O que custa é notar tanta ignorância junta! Desculpe que lhe diga, mas são baboseiras atrás de baboseiras! Espero que não o esteja a sustentar com o RSI e a pagar-lhe a Net!
Mera curiosidade: Pode dizer-nos qual foi o valor da sua avaliação? Espero que não nos diga que não foi avaliado!...
Quanto a "considerados", a sua cabecinha não entendeu! Eu escrevi considerados, como qualquer pessoa deve ser!
O seu ódio pela classe, fez questão de desviar o termo que usei! Não foi assim?!

Anónimo disse...

APETECE-ME NÃO VOLTAR A PASSAR POR AQUI!
Tem sido com as melhores das intenções que de vez em quando aqui deixo algumas palavras acerca da problemática dos professores. Tenho defendido e continuarei, em consciência, a defender essa classe de profissionais. A ela devo muito do que sou, e ficaria satisfeito se todos a considerassem como eu a considero.
Também li o texto do Dr. José Niza, e embora nada tenha contra essa pessoa pública, sinceramente não gostei nada do modo como ele se expôs ao escrever sobre os professores. Mas, por consideração, não liguei, embora me apetecesse fazê-lo.
Alguém se encarregou de o fazer por mim. E de entre os comentários que surgiram, valorizo bastante o de quem se assina por CLAVE DE SOL. É objectivo, apresenta opiniões com lógica, envolve um certo sentido pedagógico e, se não educa, pelo menos informa.
Os restantes comentários ao texto do Dr. Niza, geralmente mais sintéticos e contundentes, resultam, como se depreende, da não concordância com o que ele escreve; não concordância, com a qual eu me identifico, como acima anotei.
Outro comentário assinado por POUCA CONVERSA BASTA dá-nos um exemplo concreto do que se passa com os professores, pelo menos com a maioria deles, acrescento eu agora. Informativo, vem de encontro ao que também sei acerca da classe docente. Pena é o seu autor não "dar a cara", mas compreende-se porquê. Eu também não a dou.
Custa-me(?) é entender a razão que leva alguém a odiar tanto os professores, a ponto de até ofender quem os defende.
Relativamente à questão, este Blogue tem o mérito de nos mostrar como vai a educação, a cultura e o saber da nossa gente.
E para terminar, deixo um louvor ao responsável por esta página que tem permitido, por um lado, que muita informação séria de autores conscientes da realidade da escola portuguesa - professores e não professores - tenha aqui sido apresentada para quem, de boa fé, esteja interessado em conhecê-la melhor; por outro lado, que não nos esqueçamos que apesar de estarmos em 2010, ainda há criaturas que por maledicência, ignorância ou, quem sabe(?!) se por razões patológicas teimam em não contribuir para um diálogo frutuoso que a todos beneficiaria.
TENHO DITO

Anónimo disse...

Para TENHO DITO:
Fui eu que iniciei as hostilidades para com o Sr. Dr. José Niza! Sei o que disse e porque o disse, com perfeito conhecimento de causa! Conheço-o de outras andanças e não consigo entender a razão que o leva a denegrir a imagem dos Professores! Aceitaria, sim, que o mesmo fizesse as sua críticas, mas não da forma como o tem feito! Ele sabe perfeitamente que a classe Médica está a ser levada ao colo, principalmente com esta história dos bónus para trabalharem no interior do País! Sobre este tema, não lhe li uma única palavra, mas gostaria de o ter feito! No mínimo, talvez viesse esclacerer alguma coisa que não se soubesse!
Agora imagine se esses bónus fossem atribuídos a Professores para trabalharem no interior! Acontece que os Professores não têm este bónus e também não o querem! Levam a lancheira e desenrrascam-se como podem!
Não sei se percebeu, mas este blog, que podia muito bem servir para esclarecer, tem um objectivo bem definido! Este objectivo é muito bem (mal) amparado por comentadores desprovidos de formação intelectual e, alguns até, moral! Basta reparar-se no ódio com que se exprimem, para se concluir!
Eu já tinha referido que não adiantava estar a bater em pedra dura! E não adianta mesmo!
Resta-me agradecer ao editor do blog, o trabalho que lhe dei com os meus comentários!
A si e a outros comentadores que se esforçaram para abrir mentes que teimam em manter-se fechadas, os meus agradecimentos.
Porque o ódio faz muito mal, prefiro estar bem longe de quem o sente! Quanto mais não seja, por uma questão de sanidade mental!
Bem hajam os comentadores que, de boa fé, aqui deixaram as suas opiniões e esclarecimentos.
Felicidades.

Anónimo disse...

Caro comentador.
Presumo que seja professor. Se o é, integra uma das classes profissionais mais importantes em qualquer pais, particularmente no nosso, onde quase há 36 anos os sonhadores de então acreditaram que a revolução dos cravos fosse acompanhada e emparada pela Revolução das Mentalidades.
Assim não aconteceu nem poderia acontecer. Esta é bem mais difícil de levar a cabo e morosa que chegue, obrigando a uma luta constante, a uma "guerra" permanente, "Guerra Santa", direi, em que, apesar dos obstáculos, ainda acredito que dela valha a pena ser soldado.
São-no os professores e todos os que acreditam que o Homem pode evoluir positivamente.
Por isso, Caro Comentador, acredite que não está só, que os professores não estão sós, como tanta vez se tenta fazer crer.
Importante é manter a serenidade, acreditar na profissão que se abraça, o que é mais fácil quando a vocação dá uma ajuda.
Sei, sabemos que em todas as áreas de actividade há gente que lá vai parar sem saber bem porquê. No Ensino também isso acontece, naturalmente. Mas o ser humano tem a vantagem de poder ser tocado por motivações de que "a priori" nem imagina que possa sofrer. Conheço colegas seus, se é que é professor, que, por força das circunstâncias, foram obrigados a enveredar por tão dignificante profissão. Hoje são profissionais de excelência!
Parece-me, pois, que o que há a fazer é continuar, nem que pareça que se rema contra a maré, por sabermos que a anti-escola - a sociedade de que fazemos parte - é mais poderosa do que a Escola. Mas há que ser perseverante, pedagogo e adequadamente exigente para se ter a certeza de que, apesar de tantos obstáculos, ainda é possível formar cidadãos inteiros.
Boa Sorte!
TENHO DITO

Anónimo disse...

Custa muito aos professores ouvirem e lerem as muitas verdades que obstinadamente procuram esconder.
Quem tem muitos telhados de vidro sujeita-se ao que está a acontecer.
Aqueles professores que defendem que apenas a "sua verdade" é que conta, terão que ter a honestidade de fazer uma auto avaliação aos argmentos usados, em especial, fazendo uma comparação com os muitos milhares de comentários qur circulam de boca em boca e pela Net e onde eses seus argumentos são rebatidos em por menor.
Que se aguentem. De um grande inchaço provocado pelas suas próprias queimaduras, jão não se livram.