Vara pode ser destemido, temerário, verdadeiro ou falso, mas fez o que muitos dos que ficaram envolvidos na teia e na trama da Justiça se acobardaram em fazer.
A Justiça mete medo. O tom sombrio e negro da justiça é medonho.
Não é assim para aqueles que vivem e convivem com ela.
A Justiça tem vivido por debaixo duma enorme manta de retalhos que tem dado para cobrir e encobrir muitos dos que se recolhem no sem ambiente acolhedor.
Nos dias de hoje, a manta tem ficado curta, encolheu de tantas tesouradas que tem sido sujeita. Cobre a cabeça, descobre os pés. O frio começa a ser o padecimento daqueles que vivem do seu abrigo.
Hoje já não se acredita na justiça e nos seus intervenientes como outrora. Desconfia-se da rectidão e da cegueira dessa estranha criatura de espada empunhada e venda nos olhos.
Esse esteriotipo de figura, passou a ser olhado com desconfiança e muitas vezes com desdêm, tantas foram as diatribes que tem deixado que aconteçam.
Vara deixou em suspenso a ideia de que mais um pedaço da manta da justiça foi recortado com mais uma enorme e incisa tesourada-
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