Que maravilha.
Uma dieta para baixar o volume das suas barrigas.
Todos os dias em "dieta" sairia muito mais barato aos contribuintes.
Se podem almoçar "fora" um dia por greve, tambem o poderão fazer todos os dias e sempre ajudavam bastante o PEC.
Mais uma classe que admite ter o direito a regalias "muito especiais".
Que se cuidem pois o Zé começa a estar enjoado com estes tipos de reenvidicações.
Estes militares não sabem o que é passar 2 anos nas matas de Àfrica, pois de outra forma não teriam muita vontade de faltar ao ranchoSerá que uma constipação "militar" é diferente duma constipação "civil"?
"Milhares de militares preparam-se para não almoçar nas unidades, na próxima quarta-feira, como protesto às reformas que o Governo visa introduzir no seu sistema de saúde." (CM)
5 comentários:
Quando cumpri o Serviço Militar em Angola, durante quase 27 meses paguei a minha alimentação e estava em zona 100% operacional.
Até aos dias de hoje, e talvez porque eu seja burro, nunca percebi porque razão há funcionários do Estado que comem quase de borla. E não é só no exército!
Na Segurança Social acontece o mesmo e ainda mais escandaloso! Muitos funcionários levam os filhos para almoçar à conta do "orçamento". Mas mais grave ainda é que depois de reformados continuam a ir buscar o almoço ao refeitório da Segurança Social. Levam uma tacinha, ou duas, ou três, e vêm carregados de comida para toda a familia. Eu nunca acreditaria se não me tivesse sido contado pelos próprios. Ah..., e visto com as respectivas taças.
Fiquei indignado, mas se calhar sou eu que estou errado, ou então sou invejoso sem saber.
Mas afinal quem paga todas estas regalias? Mas serão mesmo regalias ou devo chamar-lhe abusos?
Mas ainda falando das matas de África, ainda bem que vão para lá.
Naquelas terras penei muito e estive quase dois meses a arroz com arroz! E como eu tive medo que ele me faltasse algum dia. Ainda hoje, qualquer prato de arroz é um autêntico pitéu. Até pode não ser, mas ao lembrar-me dos outros comidos à 36/37 anos.....meu Deus!!!
Senhor Comentador Anónimo,
Quando fala do que passou em Angola, com a comida a que teve de se sujeitar, estou consigo. Mas não diga que teve de a pagar. A menos que estivesse autorizado a comer fora do seu aquartelamento - sinal de que não estava tão isolado como outros combatentes que permaneceram em zonas onde apenas existia o seu quartel .
Quanto aos funcionários do Estado (Segurança Social, etc) que comem quase de borla, como diz, não, não está errado nem é invejoso. Simplesmente não sabe do que fala. Informe-se.
C.A.
Caro C.A.
Então o caro comentador está a dizer-me que eu não paguei as minhas refeições quando prestava Serviço Militar em Angola?! Essa agora!!! As minha refeições eram todas pagas e tudo devidamente contabilizado pela secretaria do Comando de Batalhão. Quero dizer-lhe que como Alferes, tal como os Sargentos, paguei toda a minha farda e a minha alimentação durante os quase 27 meses que durou a minha comissão. Informe-se, porque aqui é o Sr. o mal informado. Verá que tenho razão!
Não tive o privilégio sequer, de ter um quartel. Fomos nós, Oficiais, Sargentos e Praças que o construímos, de madeira. E fomos também nós que escavámos as valas,com pás, para nossa proteção. Quartel?! Qual quartel, caro comentador?! Mas se o Sr. não andou por lá, não vale a pena explicar porque não vai entender. É que só entende quem por lá andou.
Mas sempre lhe vou adiantando que as minhas deslocações se limitavam às Operações no mato.
O único "passeio" que nós fazíamos à povoação mais próxima, era para fazer reabastecimento de comida. Era nessa altura que aproveitávamos para comer frango, quando tal nos era concedido. Tive azar com o meu destino de comissão, mas mais azar tiveram os amigos que não voltaram. Desses, ainda lhe recordo a voz e o sorriso!
Mas ainda bem que tudo isto teve um fim, para que as outras gerações não passassem por estas privações. E por outras bem mais dolorosas!
Quanto ao tema da Segurança Social, devo dizer-lhe que estou devidamente informado e que é exactamente como eu descrevi. Não disse, nem poderia dizer, que na generalidade é assim. Seria desonesto da minha parte, afirmar o que desconheço. Mas que na Segurança Social da minha cidade é isto mesmo, afirmo-o categóricamente. Meu caro, há ex-funcionários, reformados em 2004, que continuam a ir buscar o almoço com a "marmita"! Informado estou eu, e até há coisas que se calhar devíamos desconhecer.
Meu Caro ex-Alferes
Peço que me desculpe, mas pensei que, no comentário anterior, estaria eventualmente a dirigir-me a um "simples" soldado ou 1º cabo, como fora o meu caso. Nós, praças, não estávamos sujeitos a isso, como sabe (era o que faltava, pois o que recebíamos mal dava para a cerveja e correio!).
Quanto a conhecer a realidade de então, em Angola, também lá fui parar, em 1965, e a zona que me coube - QUIBALA NORTE - não era do agrado de ninguém.
Relativamente às refeições, comer "quase de borla", como disse o Sr. no seu 1º comentário, talvez tenha sido força de expressão, assim entendo. Mas é verdade que se come a preços bem menores do que o que é corrente na restauração privada. Eu próprio tenho familiares que se valem desse sistema. Mas não se veja isso como comer "à conta do orçamento", como sugere o Sr. Se assim fosse eu próprio seria frontalmente contra. Trata-se, sim, de uma filosofia diferente. Basta que para o respectivo organismo não haja prejuízos.
Há que considerar o tempo em que os vencimentos do funcionalismo público eram nitidamente inferiores aos do privado, e essas "cantinas" tinham um objectivo compensatório. Mas o tempo passou, a situação é diferente e não faz sentido esse tipo de concorrência prejudicial ao ganha-pão de quem tem e/ou trabalha em restaurantes privados.
Caro ex-Alferes, gostei desta troca de palavras amigáveis. Não sou muito dado a comentar o que por aqui vai aparecendo, mas como o assunto se encaminhava para aqueles outros tempos em que fomos forçados a vestir o camuflado, e sobretudo Angola, que, apesar de nos ter dado do pão que o diabo amassou, nos prendeu a todos um pouco, não resisti em "meter o bedelho onde (se calhar) não era chamado".
Um cordial abraço.
SÁ
Caro Sá:
Estes comentários, no fundo, servem para expressar opiniões e o editor não se importará que os façamos.
Congratulei-me com o facto de colocar aspas em "SIMPLES".
Quanto às refeições, entendi perfeitamente o seu ponto de vista.
Mas continuo a não concordar que uma pessoa reformada continue a "abastecer-se" no refeitório da ex-entidade empregadora. Acho estranho e fora do comum. Mas lá está, é mais um ponto de vista.
Também o meu cordial abraço.
Sousa
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