29 agosto, 2009

Santana Lopes

Para recordar

“PS acusa Santana de ser o rei das trapalhadas

A reacção do PS às acusações de Santana Lopes não se fez esperar. Apenas uma hora depois da conferência de Imprensa do líder do PSD, José Sócrates fez avançar o coordenador operacional da campanha socialista para dar uma resposta à altura: “Todos os portugueses sabem que ele [Santana Lopes] é o rei das trapalhadas. Deixo-lhe aqui um conselho: veja-se ao espelho primeiro, ouça e veja as declarações que já fez”. A este propósito, Jorge Coelho deu como exemplo um ponto do último Orçamento de Estado que previa criar entre 60 a 70 mil empregos no espaço de um ano.

Lamentando que a única medida que até agora o PSD tenha apresentado seja o choque fiscal, “uma proposta que já tem três anos”, Jorge Coelho recusou ainda que o PS tenha mudado de opinião no que diz respeito aos benefícios fiscais. Para o PS, o fim dos benefícios fiscais “é uma medida errada, que retira à classe média condições para colocar as poupanças”, mas, como o Orçamento de Estado já está a decorrer, “era irresponsável e irrealista retirar essa proposta”. Prometeu ainda que, caso os socialistas ganhem as eleições, o PS não vai “baixar nem aumentar os impostos”.
Jorge Coelho lastimou também as declarações de Santana Lopes dirigidas ao Presidente da República, frisando que o líder social-democrata “está obcecado em criticar sempre” Jorge Sampaio “de forma violenta e pouco correcta”.
A gota de água para a troca de acusações entre os dois partidos (na verdade, o duelo é entre os dois líderes, com a diferença de que José Sócrates fez avançar Jorge Coelho para preservar, certamente, a sua imagem), deveu-se ao anúncio de José Sócrates, ontem, na sessão de abertura do Fórum Novas Fronteiras, que o combate à fraude na Segurança Social é uma das prioridades do PS, caso o partido vença as legislativas.
As contribuições para a Segurança Social, o subsídio de desemprego e o subsídio de doença, serão as três áreas a ser fiscalizadas no âmbito do combate à fraude e evasão, que, segundo José Sócrates, permitirá “poupar 500 milhões de euros por ano”.
O líder do PS aproveitou ainda para esclarecer a proposta que anunciou esta semana de retirar cerca de 300 mil pensionistas da pobreza em quatro anos, através da criação de uma prestação extraordinária de 90 euros por mês, apenas possível, através de um investimento de 200 milhões de euros por ano.”

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