31 julho, 2009

Sobre Pinto Monteiro e os Procuradores

«Se seguir um velho princípio muito apreciado e defendido pelos magistrados segundo o qual devemos confiar na justiça, terei de concluir que Fátima Felgueiras, que a acusação que lhe foi dirigida pelo Ministério Público foi uma falsidade ou um erro e que a autarca de Felgueiras foi vítima de uma perseguição por parte dos magistrados do Ministério Público. Isto se o princípio tanto se aplicar nos casos de culpa, como nos casos de inocência, embora alguns magistrados mais mediáticos o usem com mais frequência quando os cidadãos desconfiam dos processos.

Há outra interpretação possível do resultado do julgamento do Ministério Público, a de que Fátima Felgueiras é mesmo culpada e o Ministério Público foi incapaz de o provar. Nesse caso ou a autarca foi mais inteligente do que os magistrados ou estes foram incompetentes ou mais burros que Fátima Felgueiras. Como neste caso os sindicalistas não se queixaram de pressões, falta de meios e tentativa de influência por parte do poder político e o caso não envolvia teias complexas de offshores terei que concluir que os magistrados fizeram o que puderam. Pelos vistos não provaram a culpa da autarca o que significa que não tinham provas consistentes.

Começa a ser tempo de Pinto Monteiro se deixar de vaidades na comunicação social e explicar porque razão o Ministério Público falha tantas vezes, porque motivo ó Ministério Público condena tão facilmente cidadãos na praça pública e depois é incapaz de provar a sua culpa em tribunal.

Seria interessante saber quanto é que o Processo Fátima Felgueiras custou ao país, quando o senhor Palma vier falar de falta de meios atirávamos-lhe à cara o custos dos falhanços do Ministério Público.» In O Jumento

 

 

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