16 julho, 2009

PROFESSORES


Os professores portugueses em final da carreira são os mais bem pagos da União Europeia atendendo ao nível de vida do país, revela um relatório divulgado hoje pela Comissão Europeia em Bruxelas.

A edição 2009 dos Dados Essenciais da Educação na Europa apoia-se na análise de 121 indicadores para dar uma imagem do conjunto das tendências mais recentes (a maior parte dos dados utilizados são de 2006/2007) em matéria de organização e de funcionamento dos sistemas de ensino de 31 países europeus (27 da União Europeia mais Islândia, Liechtenstein, Noruega e Turquia.

Se o salário bruto de um professor português no início da sua carreira é de 97,3 por cento do PIB per capita (indicador do nível de vida de um país), essa percentagem aumenta para 282,5 por cento no final dos seus anos de trabalho, de longe o valor mais elevado dos países analisados.

Para os professores alemães, o país com maior percentagem depois de Portugal, recebem entre 108,9 (início de carreira) e 209,1 (fim de carreira) por cento do PIB per capita, enquanto em Espanha as percentagens são 115,2 e 187,6, respectivamente.

 

 

5 comentários:

Anónimo disse...

Esta observação, fora de contexto, só interessa a quem é contra os professores. De resto, os dados considerados para efeito de tais resultados, ao contrário do que parece para os menos esclarecidos, dão-nos outras indicações bem mais sérias que nada têm que ver com os professores.
Quanto ao vencimentos dos professores, de facto, no final de carreira até nem ganham muito mal. Mas um qualquer técnico superior, assessor ou coisa que o valha - para já não falar dos deputados, muitos deles sem a preparação académica a que um professor se obriga - ganham mais. E porque não se fala deles?
De resto, não faz sentido abordar-se a questão deste modo simplista e falacioso.
Eu, como professor com doze anos consecutivos de carreira, há muito tempo a poder ocupar, como efectivo, qualquer dos lugares para que tenho sido chamado, continuo, como milhares de colegas, sujeito ao regime de contratação, para que, deste modo só traga para casa, mensalmente, cerca de 1050 (mil e cinquenta) euros). Este valor é menor do que o que muitos trabalhadores da indústria e da contrução civil ganham. Trabalhadores que não tiveram de se consumir 4 ou 5 anos para adquirirem os seus cursos universitários, não assumem as difíceis responsabilidades inerentes à formação de seres humanos, nem têm necessidades tão onorosas como as dos profissionais do ensino.
Mas, pelos vistos, os professores é que ganham muito...
D.L.

Anónimo disse...

Pois, pois, se não fossem os outros trabalhadores, talvez este ilustre e letrado professor tovesse ue viver numa gruta. Bolas, sempre a conversa dos deputados e dos técnicos superiores.
De todo, ganham bem. Melhor, trabalham poucas horas.
Ambas, são verdade, por muito que lhes custe.
A opção de trabalharem na construção civil, poderá ser boa.
Mas será que saberiam fazer algo como carpinteiros, armadores de ferro, pedreiros ou estucadores?
Parem com a demagogia.
A garnde maioria já se convenceu que não consegue vender o seu "produto" da forma como os sindicatos o quizeram fazer.
Ou muito nos enganamos ou, no próximo ano lectivo, os encarregados de educação não vão ter tanta paciência com esta "casta" de trabalhadores.
Esperamos para ver.

Anónimo disse...

A proposito, quem trabalha na Contrução Civil, inicia o dia de trabalho às 8 horas e finaliza as 17 ou 18 horas.
Há diferença?
Quantas horas serão por semana?
E o vento e o frio. E o calor?
Parem com a demagogia.

Anónimo disse...

Produzi o meu 1º comentário de boa fé, procurando apenas elucidar quem costuma andar por aqui a ver o que vai..., como às vezes eu faço.
Parece que, para já, não fui entendido. É pena!
Os dois comentadores (ou apenas um com dois comentários) que tentaram rebater o que eu disse, nada mais fizeram do que mostrar que não sabem interpretar o que lêm e confirmaram a sua ignorância sobre aquilo a que se referiram.
Podia eu nem sequer ligar ao que aqui escreveram, mas sinto-me na obrigação de os informar do seguinte:
Oa trabalhadores da construção civil, com excepção de alguns carpinteiros, fazem o que fazem porque alguém - arquitectos e engenheiros - lhes dizem como devem fazer. Mas, sobretudo os que trabalham o cimento armado, não sabem porque fazem como fazem.
Os carpinteiros, nomeadamente os já velhotes, e aqui junto alguns pedreiros (pedreiros memsmo e não apenas de nome), tiveram formação, começaram desde crianças a trabalhar, ao lado dos oficiais que lhes transmitiam o seu conhecimento empírico mas mais ou menos certo. Esses eram artistas, mas desses já restam poucos.
Quanto às grutas, como recurso habitacional, viveriamos, sim, nesse estádio de desenvolvimento se o homem não evoluisse, se não houvesse estudiosos, cientistas, professores.
Acreditem se quiserem, mas tudo o que fazem os operários da construção civil eu também faria ou farei se necessário for. Com uma diferença: eu saberei porque terei de fazer como fizer. Eles não sabem.
Quanto às horas de trabalho, bem, eu só começo a trabalhar às 8.30, mas às vezes são 21 horas e ainda estou na escola.
D.L.

Anónimo disse...

Desculpem-me por voltar aqui, mas é só para mostrar a minha estranheza pelo facto do autor do 2º comentário se arreliar por eu ter falado nos deputados e nos técnicos superiores.
Será que o Caro Comentador ocupa algum desses cargos? Se ocupa, não será um cargo, mas sim um tacho, pois não mostrou capacidade para assumir tais responsabilidades.
É só.
D.L.